Maria do Carmo Barreto Campello
Maria do Carmo Barreto Campello de Melo (Recife, 21 de julho de 1924 - Recife, 23 de julho de 2008), foi uma poetisa brasileira. Figura entre as mais importantes poetisas pernambucanas contemporâneas.[1][2] BiografiaPassou a infância no engenho da Torre, cujo terreno deu origem ao atual bairro da Torre, no Recife. Filha do jurista e professor Francisco Barreto Campelo e de Lilia Araújo Barreto Campello.[1] Bacharel em Letras Clássicas e Licenciada em Didática de Letras Clássicas pela Faculdade de Filosofia do Recife, e pós-graduada com os Cursos de Especialização e de Aperfeiçoamento em Literatura e Língua Portuguesa, pela UFPE. Na década de 1960 trabalhou no Jornal do Commercio, onde era responsável por uma coluna de página inteira, intitulada “Nossa Página”, dedicada à arte e a temas gerais. Foi professora de Língua Portuguesa e Língua Latina e funcionária da antiga Sudene, onde se aposentou. Integrou a Academia Pernambucana de Letras, onde ocupou a cadeira nº 29, que tem como patrono Padre Gomes Pacheco, e acadêmica emérita da Academia Pernambucana de Artes e Letras.[1] ObrasTem 14 obras publicadas, agrupadas em 12 volumes.[1]
além de participar em diversas coletâneas. A qualidade de sua poesia mostra-se estável desde sua primeira publicação. Um motivo que certamente é responsável por essa característica é que sua estréia literária deu-se quando sua personalidade, assim como sua personalidade artística encontravam-se já plenamente desenvolvidas, de modo que em sua obra não há oscilações qualitativas. Sua poesia não segue padrões métricos. Seu verso é livre e a sonoridade é o fator determinante na composição. Seu método de composição não envolve um trabalho literário sobre um tema determinado, como compunha João Cabral de Melo Neto, por exemplo; antes, seus poemas surgem de uma profunda inspiração e em geral já lhe chegam à mente prontos, sendo submetidos apenas a pequenos tratamentos literários. Essa forma encarar a composição poética assemelha-se à dos gregos antigos, que viam a poesia como um dom das Musas; segundo a autora, a inspiração é um dom do Espírito Santo. A religiosidade católica é um dos principais temas na poesia de Maria do Carmo. Outros temas recorrentes são o “Eu”, o silêncio, a solidão, o amor conjugal e maternal, a família e os vegetais, em especial o flamboyant. Maria do Carmo Barreto Campello de Melo faleceu no dia 23 de julho de 2008, após sofrer um derrame cerebral e permancer internada por sete dias no Hospital Memorial São José Projeto "Arte e Vida"Participou do “Projeto Arte e Vida” como Coordenadora de Literatura. Esse projeto tem como objetivo tirar crianças e adolescentes da convivência com a violência e o tráfico de drogas por meio da arte e da valorização da autoestima e atua em três das mais violentas comunidades do Recife: a favela Coque, a favela de Santo Amaro e a favela do Pilar. O projeto auxilia meninos e meninas com idade entre 7 e 17 anos, que recebem aulas de reforço, teatro, literatura, música, dança e artes plásticas. Referências
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