Mata Nacional dos MedosA Mata Nacional dos Medos é um espaço arborizado localizado na freguesia da Charneca de Caparica, no Município de Almada, com aproximadamente 340 hectares de área. O seu nome deriva da designação dada aos montes de areia, tipicamente formados por acção do vento, junto ao mar ("medos" ou "médões"). De facto, devido à deslocação das areias das dunas existentes a Oeste, o rei D. João V de Portugal mandou plantar esta mata, no século XVIII, para evitar que estas invadissem os terrenos de génese agrícola situados a leste. Devido a ter sido mandada plantar pelo rei, esta zona era ainda conhecida pela designação Pinhal do Rei. O local foi classificado como reserva natural (botânica) em 1971 (Decreto 444/71, de 23 de Outubro), integrando ainda a Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica. FloraA mata é sobretudo caracterizada pela presença de pinheiro-manso, sendo constituída por comunidades de arbustos característicos de zonas mediterrânicas onde se faz sentir a influência do Atlântico. Outras espécies de ocorrência significativa incluem o pinheiro-bravo, a aroeira, o carrasco, o medronheiro, o rosmaninho e o tomilho. Ocorrem matagais de sabina-das-praias juntamente com pinheiros, matagais de carrasco, e também zonas de matos constituídos por tojo-chamusco e camarinha. Ocorrem ainda, com uma menos distribuição, a joina-das-areias e o sargaço. A mata possui 3 espécies que só existem em Portugal e 15 que só existem na Península Ibérica. FaunaAqui ocorrem e nidificam aves como a águia-de-asa-redonda, o mocho-galego e a coruja-do-mato. Em termos de mamíferos, ocorre o texugo, o ouriço-cacheiro e a gineta. Em termos de répteis e anfíbios ocorrem a salamandra-de-pintas-amarelas e a lagartixa-ibérica. FicçãoA mata inspirou um livro infantil com o mesmo nome[1], subsequentemente alvo de adaptação a teatro de marionetas e recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o quarto ano. Polémica e ameaça de destruiçãoA partir de 2008, na sequência do projecto de ampliação da Estrada Regional 377-2, parte da mata foi ameaçada de destruição e suspeita de ser alvo de especulação imobiliária, tendo protagonizado um movimento de defesa e litígio[2][3]. Referências
Ligações Externas
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