Mercedes Bustamante
Mercedes Maria da Cunha Bustamante (24 de setembro de 1963[2]) é uma bióloga, pesquisadora e professora universitária chileno-brasileira. Foi presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico e membro titular da Academia Brasileira de Ciências, Mercedes é professora associada da Universidade de Brasília.[3] BiografiaMercedes nasceu no Chile, em 1963. Fez sua carreira no Brasil.[4] Formou-se em 1984 em Ciências Biológicas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Fez mestrado em Ciências Agrárias na Universidade Federal de Viçosa (1988) e doutorado em Geobotânica na Universidade de Trier (1993).[3] Tem desenvolvido relevante atividade ligada à pesquisa do aquecimento global e é considerada uma das principais especialistas sobre o Cerrado brasileiro. É uma voz ativa na defesa deste bioma.[5][6][7] Participa de grupos de pesquisa e comitês nacionais e internacionais de alto nível.[6] Recebeu em 2007 o Prêmio Cláudia na categoria Ciências pelo seu trabalho com o manejo e preservação de áreas nativas,[8] e o título Mulher do Ano na categoria Ciências pelos seus estudos sobre o Cerrado.[4] Em 2009 recebeu o Prêmio Verde das Américas no IX Encontro Verde das Américas.[9] Participou do grupo internacional de pesquisa LAB, que estudou as relações da Amazônia com o equilíbrio do clima.[5] É membro do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), co-coordenadora do seu Comitê Científico,[10] co-coordenadora do Grupo de Trabalho "Mitigação" e coordenou o Volume 3 do 1º Relatório do PBMC.[5] Entre 2010 e 2013 representou a América Latina na International Nitrogen Initiative. Fez parte do Comitê Científico do relatório sobre o óxido nitroso do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e por cinco anos fez parte do Comitê Científico do Programa Internacional Geosfera-Biosfera do Conselho Internacional de Ciência. Foi coordenadora geral de Gestão de Ecossistemas e diretora de Políticas e Programas Temáticos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. De 2011 a 2014 integrou o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), co-coordenando o capítulo "Agriculture, Forestry and Other Land Uses" do 5º Relatório do IPCC.[3] Foi uma das coordenadores do primeiro estudo que demonstrou a ligação entre a emissão de gases estufa e a pecuária no Brasil.[11] É membro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência,[12] do Conselho Superior da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal[13] e conselheira do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia.[6] Em janeiro de 2023 foi anunciada pelo ministro da Educação Camilo Santana, como presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), fundação do Ministério da Educação que fomenta o desenvolvimento e implantação dos cursos de mestrado e doutorado (stricto sensu) no país. Desde 2007, o CAPES passou também a fomentar a formação de professores da educação básica.[14] Ver tambémReferências
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