Grão-Duque de Luxemburgo é o título do monarca soberano e chefe de estado de Luxemburgo. Luxemburgo tem sido um grão-ducado desde 15 de março de 1815, quando foi elevado a partir de um ducado, após ser colocado em união pessoal com o Reino Unido dos Países Baixos. Desde então, houve nove monarcas de Luxemburgo, incluindo o atual, Henrique.
Papel constitucional
A constituição do Luxemburgo define a posição de grão-duque
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O grão-duque é o chefe de Estado, símbolo da sua unidade, e garantia da independência nacional. Ele exerce o poder executivo em conformidade com a constituição e as leis do país.[1]
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O Luxemburgo é uma democracia representativa, liderada por um monarca constitucional. Nos termos da constituição de 1868, o poder executivo é exercido pelo grão-duque e pelo gabinete, que é composto de vários outros ministros. O governador tem o poder de dissolver o legislativo e restabelecer um novo, enquanto o Grão-Duque tem aprovação judicial. No entanto, desde 1919, a soberania tem residido na corte suprema.[2]
Depois de uma mudança constitucional em dezembro de 2008 decorrentes da sua recusa em assinar uma lei legalizando eutanásia, o grão-duque Henrique perdeu seu direito de assinar leis para sancioná-las.[3]
Originalmente, o Luxemburgo estava em união pessoal com o Reino Unido dos Países Baixos e o Reino dos Países Baixos de 16 de março de 1815 até 23 de novembro de 1890. Foi elevado ao status de grão-ducado e colocado sob o jugo do rei da Holanda. Todavia, seu valor militar para o Império Alemão foi um empecilho para que a lei fosse cumprida, e o grão-ducado ficou de fora do reino holandês. O forte foi tomado por forças prussianas, após a derrota de Napoleão, e Luxemburgo foi feito membro da Confederação Germânica, com o Reino da Prússia responsável por sua defesa.
O Luxemburgo permaneceu uma possessão dos reis holandeses até a morte de Guilherme III em 1890, quando o grão-ducado passou para as mãos de Casa de Nassau-Weilburg, devido à lei sálica.
Em um referendo realizado em 28 de setembro de 1919, 80,34 por cento votaram a favor da manutenção da monarquia.
Em 4 de março de 1998, o príncipe Henrique foi apontado como tenente-representativo por seu pai, assumindo assim a maioria dos poderes constitucionais do grão-duque João. Em 7 de outubro de 2000, imediatamente depois da abdicação do grão-duque João, Henrique ascendeu como "Grão-Duque de Luxemburgo" e fez o juramento constitucional ante a câmara de deputados, mais tarde naquele dia.
A linha sucessão ao trono luxemburguês era determinada pela lei sálica, como ditado pelo Nassau Family Pact, adotado pela primeira vez em 30 de junho de 1783.[1]
Em 2011, o Luxemburgo aprovou a primogenitura igual, o que significa que o filho mais velho do monarca, independentemente do sexo, tem prioridade na linha de sucessão. Luxemburgo tinha também anteriormente a primogenitura agnática, o que significa que apenas homens podiam herdar o trono.[1][4]
Nota: o Príncipe Luís, 3º filho do Grão-Duque Henrique, e seus dois filhos seriam os 6º, 7º e 8º na linha de sucessão, mas como Luís se casou sem a autorização prévia do Governo, ele teve que abrir mão, pela lei, de seu lugar e o de seus filhos na linha de sucessão. Já o Príncipe João, irmão de Henrique e que seria o 8º na linha, abriu mão de seus direitos e o de seus filhos em 1986.
Família grão-ducal luxemburguesa
A família grão-ducal luxemburguesa consiste na família do grão-duque do Luxemburgo e seu grupo de parentes próximos: filhos e netos. O Luxemburgo permaneceu uma possessão dos reis holandeses até a morte de Guilherme III em 1890, quando o grão-ducado passou para as mãos de Casa de Nassau-Weilburg, devido à lei sálica.
Há poucos dados sobre a popularidade da monarquia no Luxemburgo. O grão-duque é o chefe de Estado do Luxemburgo, e o símbolo da sua unidade, e garantia da independência nacional. Em um referendo realizado em 28 de setembro de 1919, 80,34 por cento votaram a favor da manutenção da monarquia.
O Palácio Grão-Ducal como residência oficial do grão-duque, o palácio é usado pelo soberano para o exercício das suas funções oficiais. Ele e a grã-duquesa, juntamente com a sua equipe, possuem os seus gabinetes no palácio, sendo as salas de aparato do primeiro andar usadas para uma variedade de encontros e audiências. Na noite de Natal, o grão-duque costuma ler uma mensagem a partir da Sala Amarela.
Os chefes de Estado estrangeiros são acomodados no palácio, como convidados do grão-duque e da grã-duquesa, durante as visitas oficiais ao Luxemburgo, servindo o Salão de Baile de cenário para os banquetes de Estado dados em sua honra. Ao longo dos anos, ocorreram no palácio muitas outras recepções, tais como a recepção de Ano Novo dada por membros do governo e pela câmara de deputados.
O Castelo de Berg é, actualmente, uma das duas propriedades cobertas por acordos semelhantes, sendo a outra o Palácio Grão-Ducal, na Cidade do Luxemburgo. O direito dos grão-duques em residir nestes dois palácios está inscrito no Artigo nº 44 da Constituição do Luxemburgo. É habitado, presentemente, pelo rrão-duque Henrique, pela grã-duquesa Maria Teresa e pelos seus filhos.
O Castelo de Fischbach é outra residência da família grã-ducal luxemburguesa sendo também um dos mais antigos castelos do Luxemburgo.
Devido à inadequação dos outros palácios reais, grã-duquesa Carlota continuou a viver em Fischbach depois da guerra e tomou gosto pelo local. Mesmo após a restauração completa do Castelo de Berg e do Palácio Grão-Ducal, a grã-duquesa Carlota permaneceu em Fischbach durante o resto do seu reinado. De facto, mesmo depois da sua abdicação, em 1964, em favor do seu filho, João, decidiu continuar a viver em Fischbach até à sua morte, ocorrida em 1985.
Dois anos depois da morte de Carlota, o príncipe Henrique e a sua esposa, a grã-duquesa Maria Teresa, mudaram-se para o castelo, onde viveram até que Henri sucedeu a seu pai, João, como "Grão-Duque do Luxemburgo", em 2000.