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Nefrite

Nefrite
Nefrite
Rins inflamados em exame de ressonância magnética (em azul).
Especialidade urologia, nefrologia
Classificação e recursos externos
CID-10 N12.0
CID-9 583.89, 583.7, 583.9
CID-11 1783829886
MeSH D009393
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Nefrite (do grego - nephrós - rim + itis - inflamação, pelo latim nephrite), também chamada nefroflegmasia (forma em desuso), consiste na inflamação dos rins, responsável por metade dos problemas renais.[1]

Resulta de processo de inflamação disseminado no Nefron que podem atingir os glomérulos (estrutura renal em forma de novelo e responsável pelo trabalho de filtração neste órgão[2]) (Glomerulonefrite), e tem por base uma reação imunológica ou outra infecção (como na pielonefrite).[3]

Classificações

A nefrite pode ser aguda ou crônica. As lesões ocorridas podem ser mínimas ou tão intensas que provocam esclerose total da parte atingida - quanto maior a lesão, maiores as manifestações do quadro clínico do paciente e sua identificação laboratorial.[1]

Em crianças, a forma aguda é curada entre 90 e 95% dos casos, percentual este reduzido nos adultos a 50%, quando então evoluem para a forma crônica.[1]

A progressão da destruição da parte afetada pode ser rápida, ou evoluir devagar - sendo que a forma cronificada da doença pode demorar até décadas para chegar a destruir o rim. Se os sintomas persistirem por seis meses, tem-se a certeza de que a forma aguda tornou-se permanente, ou crônica.[1]

Tipos

Conforme a parte renal afetada, a nefrite pode ser:[3]

Causas

Dentre as causas da nefrite a principal é o fenômeno imunológico, excessivo e anormal, quer decorrente de uma infecção, quer decorrente do processo de reação do organismo aos antígenos (corpos estranhos): atacados pelos mecanismos de defesa somáticos - anticorpos - ambos são transformados num complexo solúvel que, levados pela circulação sangüínea, se precipitam nos rins,[1] especialmente nos glomérulos, que então sofre lesões inflamatórias (chamada, então, de Glomerulonefrite) e ainda os túbulos, os tecidos em torno dos glomérulos (chamados de tubulointersticiais) ou os vasos (chamando-se então vasculite). Esta reação anormal imunológica pode, além da precipitação nos rins, decorrer da presença do antígeno atacando o próprio órgão.[3]

Destas causas infecciosas, podem decorrer de quaisquer microorganismos desencadeadores da reação imunológica anormal, tais como bactérias e vírus (como, por exemplo, do herpes).[1]

Das causas não infecciosas contam-se a reação imunológica medicamentosa a substâncias como o ouro, lítio e o captopril,[1] substâncias similares à aspirina, a heroína e penicilamina[3] e ainda a doença em outras partes do organismo,[1] dentre as quais o câncer, amiloidose, AIDS, diabetes, lúpus e outras.[3]

Sinais e sintomas

Embora as diversas manifestações tenham sintomas diferentes e específicos, a nefrite tem como principais efeitos[2]:

Casos leves costumam não ter sintomas até que se agravem, pela capacidade compensatória dos rins.[3] Já casos graves podem terminar em confusão mental e coma.

Nos casos crônicos, verifica-se a insuficiência renal crônica - sendo no Brasil a causa mais comum que leva à hemodiálise.[2]

Tratamento

O tratamento depende da causa primária. Nas infecções bacterianas pode ser necessário administrar antibióticos, se a infecção persiste.[1]

Restrição de sal e líquidos na dieta pode melhorar o inchaço e a pressão sanguínea elevada. Além disso, a restrição da proteína pode ajudar a controlar a acumulação de produtos residuais no sangue (azotemia) que causam os sintomas de insuficiência renal aguda. Em casos graves, diálises frequentes são necessárias.[4]

Terminada a fase aguda, deve-se tratar a inflamação e visa a redução da formação do complexo antígeno-anticorpo por meio de anti-inflamatórios. Na fase crônica o tratamento objetiva a manutenção do estado presente, impedindo o aumento das lesões.[1]

Ver também

Referências

  1. a b c d e f g h i j ABC da saúde, pesquisado em 5 de setembro de 2007, às 21:55
  2. a b c Pro-renal.org Arquivado em 29 de setembro de 2007, no Wayback Machine., artigo do Dr. M. C. Riella, pesquisado em 5 de setembro de 2007, às 21:57
  3. a b c d e f Manual Merck Arquivado em 29 de setembro de 2007, no Wayback Machine., consultado em 5 de setembro de 2007, às 22:00
  4. http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/spanish/ency/article/000464.htm
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