OpenSUSE
openSUSE é um sistema operacional baseado no núcleo Linux, desenvolvido pela comunidade openSUSE de forma gratuita. Após adquirir o SUSE Linux em janeiro de 2004,[1] a Novell, uma empresa norte-americana que na década de 1980 ficou famosa por seu sistema operacional de rede (Netware), após o sucesso lançou o SUSE Linux Professional como um projeto 100% código livre, envolvendo a comunidade no processo de desenvolvimento.[2] A versão inicial foi uma versão de teste do SUSE Linux 10.0. O openSUSE é dirigido pela comunidade OpenSUSE Project e patrocinada pela Novell, para desenvolver e manter os componentes das distribuições SUSE Linux. Depois da aquisição do SUSE Linux, a Novell decidiu fazer da comunidade uma importante parte do processo de desenvolvimento. Além da distribuição, o projeto openSUSE provê um portal web para o envolvimento da comunidade. A comunidade colabora com o openSUSE em desenvolvimento com representantes da Novell contribuindo com códigos através do openSUSE Build Service, escrevendo documentação, desenhando artes gráficas, criando discussões abertas em mailing lists e canais Internet Relay Chats (irc), assim como aprimorando o openSUSE através de wikis. Como a maioria das distribuições Linux, o openSUSE inclui diversos ambientes gráficos (padrão) no momento da instalação e o usuário pode escolher entre: KDE, GNOME, LXDE, Xfce entre outros. História
No passado, a companhia SUSE Linux tinha focado em um lançamento conjunto do “SUSE Linux Personal” e “SUSE Linux Professional”, incluindo extensiva documentação impressa que esteve disponível para vendas nas lojas. Embora o SUSE Linux tivesse sempre sido um produto de código livre com licença GPL, somente era possível analisar livremente o código-fonte do próximo lançamento, 2 meses depois de lançado. A estratégia do SUSE Linux foi criar uma distribuição Linux tecnicamente superior com um grande número de engenheiros empregados, que poderia fazer que usuários paguem pela distribuição em lojas. Desde a aquisição pela Novell em 2003 e com o advento do openSUSE isso estava sendo revertido: começando com a versão 9.2, 1 DVD não-suportado Imagem ISO do SUSE Professional esteve disponível para download também um Live DVD bootável. O servidor FTP continua a operar e tem a vantagem de instalação online: Apenas baixando pacotes que o usuário necessitava. O ISO tinha a vantagem de fácil instalação de pacotes, e a habilidade de operar mesmo se a conexão de rede do usuário não estiver Out-of-Box (pronta para usar), assim menos experiência era necessária. O inicial lançamento estável pela openSUSE Project, SUSE Linux 10.0, esteve disponível para download apenas após da versão comercial SUSE Linux 10.0. em adição, a Novell termina a “Personal Version”, renomeando a versão “Professional” para simplesmente “SUSE Linux”, e remarcando o preço o “SUSE Linux” para quase o mesmo da até então antiga versão “Personal Version”. Com a versão 10.2, a distribuição SUSE Linux foi oficialmente renomeada para openSUSE. Ao longo dos anos, o SUSE Linux foi uma distribuição com status que incluía software proprietário, com restritivas publicações atrasadas (2 meses de espera para aqueles que não compraram o produto sem ISO disponíveis, mas instalação disponível via FTP) e desenvolvimento fechado para um modelo livre de distribuição para todos de transparência e desenvolvimento aberto. Sua popularidade continua a crescer: como em maio de 2010, por exemplo, as estatísticas de downloads mostra mais que 2 milhões instalações únicas apenas do openSUSE 11.1 e 11.2, [10] com números altos na Alemanha (28%) e Estados Unidos (14%). Distribuição openSUSEO openSUSE é completamente e livremente disponível para download direto ou bitTorrent, e também vendido como DVD-Box para o público em geral. Para download, é possível escolher entre baixar o DVD de 4.7 GB, que possui uma grande coleção de software, ou usar a edição mínima, que ao invés de usar os pacotes no DVD, se conecta a rede para baixar o software que o usuário escolher.[3] SUSE StudioO openSUSE conta na sua pagina inicial com o SUSE Studio, que permite a fácil criação de sistemas baseados no openSUSE. A ferramenta permite criar Live CDs ou máquinas virtuais com base nas últimas versões do openSUSE e no SUSE Linux Enterprise, com pacotes personalizados.[4] Também é possível, atualmente, criar um arquivo para uso com a infraestrutura de nuvem da Amazon (Amazon EC2). ZypperO zypper é o gerenciador de pacotes por linha de comando do OpenSUSE, funcionando como o apt-get do Debian ou seja providenciando funções como acesso a repositórios, resolução de dependências entre pacotes, instalação de pacotes, etc...[5] Veja o exemplo de instalação de um pacote com o zypper: # zypper install mplayer
Também pode-se usar a forma abreviada: # zypper in mplayer
"in" é a abreviação de "install". Versões atualmente suportadas do openSUSEopenSUSE Leap 15.5O openSUSE Leap 15.5 oferece pacotes em versões mais recentes, tal como Mesa 22.3.5, com suporte para recentes protocolos Vulkan e hardwares tais como Intel DG2 e RDNA 3. O Kernel 5.14.21 inclui cerca de 19.000 patches para suporte a drivers de GPUs, de rede, bluetooth e de dispositivos de armazenamento. O repositório do codec openH264 é ativado por padrão. Dentre os ambiente de trabalho atualizados, destacam-se o Plasma 5.27 e o Xfce 4.18, além do Gnome 41. Outras atualizações incluem o Mozilla Firefox 102 ESR, Mozilla Thunderbird 102 ESR e a suíte de escritório LibreOffice 7.4, além binutils 2.39, glibc 2.31, Go 1.19, Perl 5.26, PHP 8.1, Python 3.6, Ruby 2.5 e Rust 1.69. openSUSE Leap 15.6A versão 15.6 do Leap incorpora várias atualizações importantes de software para a melhoria do desempenho e da segurança. O Kernel Linux 6.4 inclui drivers de hardware atualizados; OpenSSL 3.1; MariaDB 10.11.6 e PostgreSQL 16 para gerenciamento de bando de dados; Redis 7.2 para manipulação de dados e PHP 8.2 e Node.js 20 complementam a pilha de software. OpenJDK 21, para aplicativos baseados em Java; os softwares de comunicação são atualizados com DPDK 22.11, Open vSwitch 3.1 e OVN 23.03. Inclui-se o KDE Plasma 5.27.11, o Qt 5.15.12+kde151 e o KDE Frameworks 5.115.0, bem assim, o Qt6 6.6.3. openSUSE TumbleweedEssa versão tem um tempo de suporte "infinito"[6], desde que o utilizador mantenha o sistema atualizado. A forma de atualizar difere um pouco do Leap. Deve-se sempre atualizar via terminal como root com o comando "zypper dup". Ele não possui versões, ou seja, os novos programas serão disponibilizados para atualização assim que forem testados pela equipe do openSUSE. Tem a vantagem de ter as versões mais recentes dos softwares em seus repositórios, porém a atualização frequente pode ser um problema para ambientes que requerem estabilidade maior e para computadores que utilizam drivers proprietários, como por exemplo, o das placas de vídeo da NVIDIA.[7] Histórico das versõesO openSUSE tem, em teoria, um ciclo de desenvolvimento de oito meses e um tempo de vida útil (duração das atualizações críticas) de 18 meses a partir da data de lançamento.[6]
O Projeto Evergreen tinha como objetivo manter versões selecionadas do openSUSE por um período maior de tempo após o término do suporte oficial deixando essas versões selecionadas como versões de suporte estendido. Com o lançamento do openSUSE Leap, o projeto foi descontinuado.[19]
Requisitos de sistemaO openSUSE tem total suporte para os computadores que possuem arquitetura de 64 bits (x86-64). O suporte para processadores PowerPC (PPC) foi descontinuado depois do openSUSE 11.1, e o suporte para processadores 32 bits (i586) foi descontinuado com o lançamento do openSUSE Leap 42.1.[24] O requerimento básico para computadores que não sejam PPC nem i586 seguem abaixo:[25]
Com exceção do processador, a real especificação mínima alcançável difere. O openSUSE pode funcionar com menos memória RAM e menos disco rígido dependendo dos pacotes instalados. Ver tambémReferências
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