Orlando Pingo de Ouro
Orlando de Azevedo Viana, mais conhecido como Orlando Pingo de Ouro (Recife, 4 de dezembro de 1923 — Rio de Janeiro, 4 de agosto de 2004)[1] foi um futebolista brasileiro, que atuou como meia-esquerda. CarreiraOrlando começou a sua carreira no Náutico e defendeu as cores do Fluminense jogando entre 1945 e 1954, fazendo 184 gols[2] em 310 partidas pelo Flu, sagrando-se artilheiro do Campeonato Carioca de 1948 e da Copa Rio de 1952.[1] A sua estreia pelo Fluminense no Estádio de Laranjeiras foi na vitória por 2–1 sobre o America em 5 de agosto de 1945, tendo anotado o gol da vitória aos 38 minutos do segundo tempo, perante 13.113 torcedores pagantes, mais os associados tricolores presentes ao Estádio de Laranjeiras naquela tarde.[3] O seu apelido foi dado após marcar 4 gols em um dia chuvoso contra o Bonsucesso, tendo o jornalista José Araújo escrito no dia posterior, que Orlando "parecia um pingo d'água presente em todo o gramado e brilhando como se fosse ouro".[4] Ainda pelo Fluminense, Orlando foi campeão do Torneio Municipal de 1948 (quando fez, de bicicleta, o gol na final contra o Vasco da Gama), tendo sido o artilheiro dessa competição com 12 gols, e campeão carioca em 1946 e 1951. Seria campeão também da Copa Rio de 1952 e dos torneios Início de 1954 e de 1956, considerando apenas os títulos oficiais.[5] Orlando é o maior artilheiro tricolor no clássico contra o America, com 15 gols, sendo 13 pelo Campeonato Carioca e 2 pelo Torneio Municipal.[6] Pela Seleção Brasileira, foi campeão sul-americano em 1949, quando disputou os seus 3 jogos pela seleção canarinho, fazendo 2 gols (1 em cada jogo) nas vitórias sobre a Colômbia (5–0) e sobre o Peru (7–1), participando também com grande atuação da vitória na final contra o Uruguai (5–1).[7] Baixo e franzino, era rápido e muito inteligente, sabendo se deslocar muito bem e, por isso, sempre se colocando em condições de marcar muitos gols, o que fez se consagrando como o terceiro maior artilheiro da História do Fluminense.[8] Mudou-se para o Santos e, em poucos meses, estava no Atlético Mineiro, em Minas Gerais, onde tinha que conviver com um drama: o tabu do tri. O Atlético liderava o número de títulos estaduais, possuía mais conquistas que seus rivais Cruzeiro, América Mineiro e Villa Nova, mas todos os seus rivais já haviam sido tricampeões, e dos grandes, só o Galo que não. Orlando ajudou o time, dirigido pelo uruguaio Ricardo Díez, a enfim romper essa marca (após 39 campeonatos), ao atuar com Ubaldo, Amorim, Joel, Afonso, Osvaldo, Zé do Monte, Tomazinho e outras feras nas tardes de domingo no Campo do Sete (como era chamado o Estádio Independência, atualmente difundido popularmente como o "alçapão do Horto"). Principais títulos
Referências
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