Otis Rush
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Otis Rush no Notodden bluesfestival em 1997
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Informações gerais
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Nome completo
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Otis Rush Jr.
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Nascimento
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29 de abril de 1934
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Origem
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Filadelfia, Mississippi
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Morte
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29 de setembro de 2018 (84 anos)
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Gênero(s)
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Chicago blues Electric blues
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Instrumento(s)
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voz, guitarra
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Período em atividade
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1956 – 2004
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Gravadora(s)
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Cobra, Chess, Duke, Vanguard, Cotillion, Bullfrog, Black & Blue, Delmark, Sonet, Blind Pig, This Way Up, House of Blues
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Página oficial
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http://www.otisrush.net/
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Otis Rush Jr., conhecido simplesmente por Otis Rush (Filadélfia, 29 de abril de 1934 - 29 de setembro de 2018) foi um cantor e guitarrista de blues estadunidense.
Considerado o 53º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone,[1] Rush era canhoto e usava a guitarra para destros simplesmente virada ao contrário, sem trocar o encordoamento. Com isso, a corda mais fina (E) ficava em cima, e os bends tinham que ser realizados para baixo, contribuindo para seu som distinto. Outros guitarristas que utilizam o instrumento dessa maneira são Albert King, Dick Dale e Edgard Scandurra. Outra de suas características era quase sempre aparecer em público usando o seu indefectível chapéu de cowboy.
Inovador e inventor do estilo que ficou conhecido como "West Side Chicago Blues" - um blues ao mesmo tempo mais lírico e mais ritmicamente complexo - servindo de influência a guitarristas de renome, como Eric Clapton, Jimmy Page, Stevie Ray Vaughan, Johnny Winter e Duane Allman.[2] Por conta disso, Otis figura no panteão do Blues, ao lado de nomes como Buddy Guy e Magic Sam.
Suas obras mais famosas são "All Your Love (I Miss Loving)", "I Can't Quit You Baby" - que mais tarde seria regravada pelo Led Zeppelin e também pelos Rolling Stones - e "Double Trouble", que foi homenageada pelo Stevie Ray Vaughan que assim nomeou sua banda.[3] Ao longo de sua trajetória musical, recebeu 5 indicações ao Grammy Awards, tendo vencido em 1999 na categoria Melhor Álbum de Blues Tradicional com o álbum Any Place I'm Going.[4]
Carreira
Rush iniciou sua carreira musical depois de se mudar para Chicago, Illinois em 1948 tocando em bares e clubes na cena de blues do sul e oeste, entre 1956 e 1958 gravou oito singles pela Cobra Records, alguns com participação de Ike Turner ou Jody Williams.[5] Seu primeiro single "I can't quit you baby" alcançou o sexto lugar nas paradas de sucesso R&B da revista Billboard.
Depois da falência da Cobra Records em 1959, Rush passou a gravar pela Chess Records.[5] Gravou apenas oito músicas nessa gravadora, elas foram lançadas na compilação "Door to door" em 1969 que também conta com músicas de Albert King.
Em 2004 Rush sofreu um infarto e precisou se afastar dos palcos.
Morte
Otis veio a falecer no dia 29 de setembro de 2018, aos 84 anos, vitimado por complicações do acidente vascular cerebral. Sua morte foi anunciada em seu site por sua esposa Masaki.[6]
Prêmios e Indicações
Honrarias
- Em 1984 Rush foi induzido ao Blues Hall of Fame.[8]
- Em 2010, foi agraciado com um Lifetime Achievement Award da revista Blues Blast Magazine.[9]
- Em 2015, a Rolling Stone o colocou na posição 53 de sua lista dos 100 maiores guitarristas de todos os tempos.[1]
- Em 20 de abril de 2018, Otis recebeu um Lifetime Achievement Award da Jazz Foundation of America "por toda uma vida de gênio e deixando uma marca indelével no mundo do blues e da linguagem universal da música".[10]
Estilo e Características
Rush tinha um estilo único de tocar sua guitarra que apresentava um som lento, ardente e glissando. Inovador, é creditado a ele a invenção de um estilo que ficou conhecido como "West Side Chicago Blues" - um blues eletrificado, ao mesmo tempo mais lírico e mais ritmicamente complexo - que serviu de influência a guitarristas de renome, como Eric Clapton, Jimmy Page, Stevie Ray Vaughan, Johnny Winter e Duane Allman[2]
Sobre seu naipe vocal, para Bill Dahl, do allmusic.com, Rush tinha uma "voz de tenor abrangente e poderosa".[5]
Outra de suas características era quase sempre aparecer em público usando o seu indefectível chapéu de cowboy.
Discografia
Álbuns de estúdio
Coletâneas
Singles
- 1956 "I Can't Quit You Baby" / "Sit Down Baby" (Cobra 5000)
- 1956 "My Love Will Never Die" / "Violent Love" (Cobra 5005)
- 1957 "Groaning the Blues" / "If You Were Mine" (Cobra 5010)
- 1957 "Jump Sister Bessie" / "Love That Woman" (Cobra 5015)
- 1957 "She's a Good 'Un" / "Three Times a Fool" (Cobra 5023)
- 1958 "Checking on My Baby" / "It Takes Time" (Cobra 5027)
- 1958 "Double Trouble" / "Keep On Loving Me Baby" (Cobra 5030)
- 1958 "All Your Love (I Miss Loving)" / "My Baby's a Good 'Un" (Cobra 5032)
- 1960 "So Many Roads So Many Trains" / "I'm Satisfied" (Chess 1751)
- 1960 "You Know My Love" / "I Can't Stop Baby" (Chess 1775)
- 1962 "Homework" / "I Have to Laugh" (Duke 356)
- 1969 "Gambler's Blues" / "You're Killing My Love" (Cotillion 44032)
DVDs
- 2003 Live Part One (Blues Express)
- 2006 Live at Montreux 1986 (Eagle Rock Entertainment)
Referências