Otozō Yamada
Otozō Yamada (em japonês: 山田 乙三, Yamada Otozō, Prefeitura de Nagano, 6 de novembro de 1881 – Tóquio, 7 de julho de 1965), foi um oficial militar do Exército Imperial Japonês, que serviu na Guerra Soviético-Japanesa até o fim da Segunda Guerra Mundial. BiografiaInício de carreiraFormaçãoYamada nasceu em Nagano, sendo o 3° filho de Ichikawa Katashi, um contador do Exército Imperial Japonês, e foi adotado pela família Yamada quando criança. Ele se formou na 14ª turma da Acadêmia do Exército Imperial Japonês em 1902, e seus colegas, eram os futuros generais Motoo Furushō e Toshizō Nishio. Foi promovido a tenente em fevereiro de 1905 e deu aulas como instrutor na Academia do Exército, sendo promovido a capitão em setembro de 1912. Se formou na 24ª turma do Colégio do Estado-Maior do Exército em novembro, onde seus colegas eram Kenji Doihara, Kiyoshi Katsuki, Hisao Tani e Yanagawa Heisuke.[1] Serviço militarComo oficial de cavalaria, subiu na hierarquia rapidamente. Foi promovido a major em junho de 1918 e nomeado instrutor da Escola de Cavalaria do Exército, sendo promovido à tenente-coronel em agosto de 1922. Em agosto de 1925, foi promovido a coronel e nomeado comandante do 26º Regimento de Cavalaria do IJA. Em 1926, foi Chefe do Estado-Maior do Exército Escolhido. Ele serviu na seção de comunicações do 3º Bureau do Estado-Maior do Exército Imperial Japonês de 1927 a 1930.[1] Foi promovido à major-general em agosto de 1930 e nomeado comandante da Escola de Cavalaria do Exército. De 1931 a 1932, ele retornou ao campo como comandante da 4ª Brigada de Cavalaria do IJA, antes de reassumir uma série de cargos administrativos (incluindo o de comandante da Academia do Exército Imperial Japonês) em 1937. Ele foi condecorado com a Ordem do Tesouro Sagrado, 2ª classe em fevereiro de 1934 e promovido a tenente-general em agosto de 1934.[2] Segunda Guerra MundialCom o início da Segunda Guerra Sino-Japonesa em 1937, Yamada foi nomeado comandante da 12ª Divisão da IJA, mantendo uma base em Manchukuo. Durante esse período, a 12ª Divisão era uma unidade de elite, com uma quantidade enorme de poder de fogo e equipamentos pesados. Se tornou comandante do 3º Exército do IJA em 1938 e do Exército Expedicionário da China Central de 1938 a 1939.[1] Foi promovido a general em agosto de 1940 e foi chamado para voltar ao Japão e assumir o cargo de Inspetor Geral de Treinamento Militar de 1940 à 1944. Também serviu como membro do Conselho Supremo de Guerra neste período. Em maio de 1943, ele foi promovido ao título honorífico de 3° Grau.[3] Em 1944, com a renúncia do primeiro-ministro Hideki Tojo, Yamada caiu em desgraça na política e em julho, voltou para Manchukuo como comandante final do Exército de Guangdong,[4] e, ao mesmo tempo, ocupou os cargos de embaixador japonês em Manchukuo e Governador-geral do Território Alugado de Kwantung. Ele rapidamente informou ao Quartel General Imperial que seria impossível manter a fronteira com a União Soviética se as forças japonesas ficassem em um só local, já que o Exército Guangdong havia sido amplamente desmembrado com a redistribuição de tropas experientes (com a maior parte de seu equipamento) para o teatro do Pacífic na guerra. Sem ajuda do Japão, Yamada tentou organizar um grande número de recrutas e voluntários mal-treinados em 8 novas divisões de infantaria e 7 novas brigadas de infantaria, e se retirar das áreas da fronteira para proteger o núcleo estratégico da nação.[5] No entanto, quando o Exército Soviético invadiu a Manchúria em 9 de agosto de 1945, muitas das forças improvisadas de Yamada não estavam mais do que 15% prontas para combater e foram rapidamente derrotadas. Julgamento, vida pós-guerra e morteCom a rendição do Japão, Yamada foi levado como prisioneiro de guerra para a cidade de Khabarovsk em 1949, na União Soviética. Foi réu nos Julgamentos de Crimes de Guerra de Khabarovsk e foi sentenciado a 25 anos em um campo de trabalho soviético por crimes de guerra.[6] Durante seu julgamento, admitiu autorizar o uso de "bombas Ishii", granadas de porcelana frágeis com bactérias do tifo e de peste bubônica, desenvolvidas pela Unidade 731 para uso em guerras biológicas.[7] Yamada foi libertado com a Declaração Conjunta Soviético-Japonesa de 1956, renormalizando as relações diplomáticas entre o Japão e a União Soviética, e foi mandado de volta ao Japão, onde morreu em 1965, aos 83 anos, em Tóquio.[8] Cargos
Referências
Bibliografia
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