Na mitologia grega, Pátroclo ou Pátroklos (em grego: Πάτροκλος, "glória do pai") é um dos personagens centrais da Ilíada, era filho de Menécio e amigo de infância, companheiro de guerra próximo Aquiles.[1][2]
Origens
Na sua juventude, Pátroclo matou covardemente um amigo seu, Clisónimo, durante um jogo de astrágalos. O seu pai teve, então, de se exilar com ele para fugir à punição. Obtiveram refúgio na corte do rei Peleu, pai de Aquiles.[1] O rei enviou os dois jovens para a floresta, onde foram educados em várias artes, especialmente a medicina, por Quíron, o sábio rei dos centauros.
Na guerra de Troia
De acordo com a Ilíada, quando a maré da Guerra de Troia se voltou contra os gregos e os troianos ameaçavam seus navios, Pátroclo convenceu Aquiles a deixá-lo liderar os mirmidões em combate. Aquiles então disse a Pátroclo para retornar depois de bater os troianos de volta de seus navios. Pátroclo desafiou a ordem de Aquiles e perseguiu os troianos de volta aos portões de Tróia. Pátroclo lutou com os gregos durante a Guerra de Troia. Lá, matou Sarpedão (um filho de Zeus), Cébrion (condutor do carro de Heitor) e outros troianos de menor destaque. Quando Aquiles se recusou a lutar devido à sua disputa com Agamemnon, Pátroclo, envergando a armadura de Aquiles, depois de aconselhado por Nestor e com o consentimento de Aquiles, é atacado por Apolo, ferido de morte por Euforbo, finalmente, golpeado por Heitor. Depois de resgatar o corpo, que fora protegido no campo de batalha por Menelau e Ájax, Aquiles retarda durante algum tempo os rituais fúnebres, preocupado com a vingança contra Heitor, mas é convencido quando uma aparição de Pátroclo lhe suplica a cremação, de forma a que a sua alma possa ser admitida no Hades. Iniciam-se, então, as cerimônias fúnebres nas quais se sacrificam cavalos, cães, e doze troianos cativos antes de colocar o corpo de Pátroclo na pira crematória. Pátroclo foi então cremado em uma pira funerária, que foi coberta com os cabelos de seus companheiros tristes. Como cortar o cabelo era um sinal de tristeza e, ao mesmo tempo, também servia como um sinal de separação entre os vivos e os mortos, isso mostra como Pátroclo tinha sido muito querido. As cinzas de Aquiles teriam sido enterradas em uma urna de ouro junto com as de Pátroclo pelo Helesponto.