Pajubá é o álbum de estreia da cantora, compositora e atriz brasileira Linn da Quebrada. Foi lançado no dia 06 de outubro de 2017 de forma independente, contando com distribuição em CD pelo selo Sentidos Produções e em vinil pelo selo independete Fatiado Discos. O álbum foi produzido pela produtora e DJ BadSista. Conta com participações de Jup do Bairro, Pepita, Liniker e Gloria Groove.[1]
Antecedentes
Com quatro músicas lançadas: Enviadescer, Talento, Bixa Preta e Mulher, com o sucesso das canções pela crítica e público, Linn entra em turnê Bixayra entre 2016 e 2017. Embora tivesse só quatro músicas lançadas, a turnê havia trazia consigo 12 canções autorais. Para a produção do projeto, Linn lança um crowdfunding para os fãs colaborarem, ultrapassando a meta desejada.
Produção
Com o projeto do disco sendo realizado, para arcar com os custos da produção, Linn faz um crowdfunding aos fãs colaborarem, arrecadando 49 mil reais para custear o álbum, com recompensas às pessoas que colaboraram. No site onde foi realizada, a artista revela o nome do projeto: Pajubá. Com produções de Badsista, Nelson D, Carlos NuneZ, Vincenzo e Diego Sants, o álbum traz sonoridades, de maneira explícita, como: Funk, Pop, MPB e Trap. Traz participações de sua amiga e cantora Liniker, Jup do Bairro (cantando com Linn em todas as canções), Pepita e a drag queen Gloria Groove. Foi gravado nos estúdios da YB Music em Agosto de 2017. Linn descreve o disco: “Pajubá é linguagem de resistência, construída a partir da inserção de palavras e expressões de origem africanas ocidentais. É usada principalmente por travestis e grande parte da comunidade TLGB. Eu chamo esse álbum de pajubá porque pra mim ele é construção de linguagem. É invenção. É ato de nomear. De dar nome aos boys. É mais uma vez resistência.”.
Recepção
Cleber Facchi para o site Miojo Indie, dando nota 8.6 ao disco, faz elogios: “Pajubá dialoga de maneira explícita, ainda que de forma particular, com a crescente articulação do Queer Rap, lembrando em alguns aspectos a obra artistas como Mykki Blanco, Le1f e demais representantes da cena norte-americana. Composições divididas entre as pistas (Transudo, Dedo Nocué) e a rima crua (Bomba Pra Caralho, Talento), resultando em uma obra expositiva, forte e necessária, como uma resposta direta da artista à crescente onda de conservadorismo e preconceito declarado que avança pelo país.”.[2]
Lucas Cassoli para Monkeybuzz faz comentários positivos ao álbum, com a nota 8/10: “Pajubá é um marco tão grande quanto a presença de Liniker na Globo. Faz parte da história de luta do grupo LGBT e da visibilidade trans, assim como um capítulo importante na história de Linn Da Quebrada. Um capítulo que nos mostra apenas uma parte de sua força, mas que já é tão grande que nos faz calar a boca quando ouvimos suas fortes palavras. Um disco cru e pontual.”.[3]
Renato Gonçalves em sua crítica a revista Bravo! elogia Linn: "a moralidade não vê posição política e pode estar mais próxima do que supomos. Ainda bem que volta e meia surgem artistas como Sade e Linn da Quebrada.".[4]
Tenho Mais Discos Que Amigos! colocou Pajubá em 9º lugar dos "50 Melhores Discos Nacionais de 2017".[5] O site Miojo Indie colocou Pajubá em 10º lugar dos "50 Melhores Discos Nacionais de 2017".[6]
Faixas
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1. |
"Muito (+) Talento" | |
2:58 |
2. |
"Submissa do 7º Dia" | |
3:34 |
3. |
"Bomba pra Caralho" | |
2:11 |
4. |
"Bixa Travesty" | |
3:38 |
5. |
"Transudo" | |
3:28 |
6. |
"Necomancia (feat. Gloria Groove)" | |
4:06 |
7. |
"Coytada" | |
2:55 |
8. |
"Pare Querida" | |
2:56 |
9. |
"Dedo Nocué (feat. Mulher Pepita)" | |
4:02 |
10. |
"Enviadescer" | |
4:06 |
11. |
"Pirigoza" | |
2:52 |
12. |
"Tomara" | |
3:07 |
13. |
"Serei A (feat. Liniker)" | |
4:19 |
14. |
"A Lenda" | |
3:21 |
Duração total: |
46:39 |
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Referências