A etimologia do nome vem de parma[3] o termo utilizado pelos romanos para designar um escudo redondo pequeno utilizado pela infantaria e cavalaria, numa alusão às placas de sílica que recobrem as Parmales.[4]
O grupo é dividido em duas categorias morfológicias distintas: (1) a forma bolidófita nua e móvel; e (2) a forma não móvel e recoberta por placas de sílica. A forma bolidófita carece de placas de sílica e possui dois flagelos desiguais inseridos ventralmente, com morfologia vagamente reminiscente de Chlamydomonas.[6] A forma não móvel (parmelana) é similar às diatomáceas, já que é recoberta por placas de sílica. Estas placas são usadas para dividir as Parmales em géneros distintos com base no número e localização das placas de sílica. Ao contrário das diatomáceas, as Parmales são capazes de crescer em ambientes em que a disponibilidade de ácido silicíco em solução é factor limitante, porque a síntese das placas de sílica não está directamente ligada ao crescimento ou à reprodução.[7]
As Parmales têm distribuição natural em todos os oceanos do mundo. No entanto, a sua densidade populacional é consistentemente baixa (10-100 células/ml) e representam, quanto muito, cerca de 3% do fitoplâncton presente.[6] São mais abundantes em águas polares e subárcticas, mas também são capazes de crescer em locais tropicais e subtropicais.[9][10]
As Parmales são encontradas na parte superior da coluna de água, na zona eufótica, onde permanecem em flutuação sem dificuldade devido ao seu pequeno tamanho. Actualmente, não se sabe se eles têm mecanismos activos para regular a flutuabilidade.[11]
Fósseis de membros do grupo Parmales foram encontrados na Fossa Meso-Americana em sedimentos datados de meados a finais do Quaternário.[12] Fósseis mais antigos foram relatados, mas não são verificáveis.[13]
↑Booth, B.C. & Marchant, H.J. (1987). Parmales, a new order of marine chrysophytes, with descriptions of three new genera and seven new species. Journal of Phycology 23: 245-260.
↑ abBooth, Beatrice C.; Marchant, Harvey J. (Junho de 1987). «PARMALES, A NEW ORDER OF MARINE CHRYSOPHYTES, WITH DESCRIPTIONS OF THREE NEW GENERA AND SEVEN NEW SPECIES». Journal of Phycology. 23 (s2): 245–260. doi:10.1111/j.1529-8817.1987.tb04132.x
↑Silver, M. W.; Mitchell, J. G.; Ringo, D. L. (1980). «Siliceous nanoplankton. II. Newly discovered cysts and abundant choanoflagellates from the Weddell Sea, Antarctica». Marine Biology. 58 (3): 211–217. doi:10.1007/BF00391878
↑Fujita, Ryohei; Jordan, Richard W. (Setembro de 2017). «Tropical Parmales (Bolidophyceae) assemblages from the Sulu Sea and South China Sea, including the description of five new taxa». Phycologia. 56 (5): 499–509. doi:10.2216/16-128.1
↑Ichinomiya, M; Kuwata, A (6 de Julho de 2015). «Seasonal variation in abundance and species composition of the Parmales community in the Oyashio region, western North Pacific». Aquatic Microbial Ecology. 75 (3): 207–223. doi:10.3354/ame01756
↑Kuwata, A.; Jewson, D.H. (2015). «Ecology and evolution of marine diatoms and Parmales». In: Ohtsuka, S.; Suzaki, T.; Horiguchi, T.; Suzuki, N; Not, F. Marine Protists, Diversity and dynamics. Tokyo: Springer. pp. 251–275
↑Stradner, H.; Allram, F. (1982). «Notes on an enigmatic siliceous cyst, Middle America Trench, Deep Sea Drilling Project Hole 490». Deep Sea Drilling. Initial Reports of the Deep Sea Drilling Project. 66 (4): 641–642. doi:10.2973/dsdp.proc.66.124.1982