Paulo Sant'Ana
Francisco Paulo Sant'Ana (Porto Alegre, 15 de junho de 1939 — Porto Alegre, 19 de julho de 2017)[1][2] foi um cronista, delegado de polícia, escritor e comentarista esportivo brasileiro, torcedor símbolo do Grêmio. BiografiaFormado em direito, foi inspetor e delegado da Polícia Civil, entre 1973 e 1988, o que lhe proporcionou o seu primeiro contato com a imprensa. Sendo um torcedor gremista fanático, ganhou fama como personagem da torcida presente no Estádio Olímpico. Assim nasceu a sua primeira atividade como comunicador desportivo, pois foi convidado a participar do programa Conversa de Arquibancada, da TV Piratini, retransmissora da TV Tupi no Rio Grande do Sul. A seguir, entrou no programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha, no começo da década de 1970. Em 1971, começou a escrever uma coluna esportiva no jornal Zero Hora, na qual permaneceu até 2014. Em 1972, passou a integrar os quadros da Rádio Gaúcha e depois iniciou a sua carreira como colunista do programa da RBS Jornal do Almoço, do qual era um dos membros mais antigos e o único dos pioneiros ainda em atividade. Escreveu apenas sobre futebol até 1989, quando ocupou a vaga deixada por Carlos Nobre como colunista de assuntos gerais na Zero Hora. Sant'Ana foi colunista diário do jornal entre 1971 e 2014. A partir de dezembro de 2014, passou a escrever uma coluna semanal, aos domingos.[3][4][5] Ele também foi vereador do município de Porto Alegre por três legislaturas: as duas primeiras (1973/1977 e 1978/1983) pela ARENA, partido de sustentação da Ditadura Militar; e a última (1984/1988) pelo PMDB.[6] Em 2002, recebeu o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre, proposto pelo seu ex-colega de partido, João Antônio Dib.[6][7] Sant'Ana foi homenageado pela escola de samba Acadêmicos da Orgia, em 1993, com o enredo: O Menestrel da Cultura Popular, Francisco Paulo Sant'Ana.[8] Costumava comentar ao vivo em transmissões de jogos importantes do Grêmio, como nas finais da Copa Libertadores da América de 1995 e 2007, na Rádio Gaúcha. O cronista considerava-se viciado em cigarro e foi diagnosticado com um câncer de rinofaringe. [9] No dia 10 de novembro de 2014, foi afastado do programa de rádio Sala de Redação, após discutir no ar com outro integrante do programa, Kenny Braga.[10] FalecimentoPaulo Sant'Ana morreu em 19 de julho de 2017, aos 78 anos de idade. Ele estava internado no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. A causa da morte anunciada foi parada cardíaca. Jayme Sirotsky, presidente emérito do Grupo RBS, relatou assim a morte do jornalista: "Nos 60 anos da RBS, muitos companheiros passaram por aqui, cada um deles oferecendo sua contribuição para a empresa e, especialmente, para o público. Entre todos, Paulo Sant´Ana se destaca fortemente. Quem não teve, nos últimos 45 anos, momentos de admiração, antagonismo e de discordância com essa figura incomum que ele foi? Sant´Ana escreveu sua história profissional dentro da RBS, conquistando um público que lhe foi cativo durante toda a sua jornada. Deixa inúmeras lições de competência e muita saudade".[11][12] Obras
Referências
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