Dr. Chapin em visita ao Congo, notou que os cocares dos nativos possuíam penas marrom-avermelhadas que ele não reconhecera como pertencente a nenhuma espécie previamente conhecida. Depois, ele visitou o Museu Real da África Central e viu dois espécimes empalhados com penas semelhantes àquelas que vira anteriormente, que estavam intitulados como Pavão-azul e que ele descobriu depois que se tratava de uma espécie diferente. Depois, em 1955, Chapin conseguiu encontrar sete exemplares da espécie. O "Pavão-do-Congo" possui características que flutuam entre um pavão e uma galinha d'Angola, o que indicaria que essa espécie seria uma ligação entre as duas famílias.[3]
Descrição
O macho da espécie é uma ave grande com entre 64–70 cm de comprimento, possuidor de plumagem azul de coloração metálica verde e violeta. Seu pescoço é nu, de pele vermelha. Suas patas são cinza e sua cauda é preta com 14 penas. Possui um penacho de penas brancas como crista. A fêmea tem entre 60–63 cm de comprimento e geralmente tem plumagem castanha, com abdome preto, costa verde-metálico e um penacho castanho como crista. Ambos os sexos se assemelham a pavões asiáticos ainda jovens, com os primeiros espécimes empalhados sendo erroneamente classificados como estes antes de serem oficialmente designados como membros de uma espécie única.[4][5]
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Distribuição e habitat
O pavão-do-Congo habita e é endêmico das Florestas de planícies Centrais do Congo na República Democrática do Congo onde é considerado a ave nacional. Ele ocorre tanto em florestas primárias quanto secundárias do Parque Nacional de Salonga. Sinais secundários da sua presença como penas e excrementos foram encontrados com mais frequência em florestas secundárias em recuperação que em florestas primárias.[6] Na década de 1990 sua presença foi registrada no Parque Nacional Maiko, principalmente em baixas colinas e cumes entre bacias hidrográficas.[7]
Status de conservação da espécie
O Pavão-do-Congo está ameaçado pela perda de hábitat causada pela mineração, cultivo itinerante e extração de madeira.[7]
O pavão-do-congo é listado como uma espécie vulnerável na lista vermelha da IUCN. Desde 2013 a população selvagem é estimada em 2.500 a 9.000 indivíduos adultos[8]. As florestas secundárias podem ser um habitat importante nas estratégias de conservação dado o uso de florestas em fase de regeneração no Parque Nacional de Salonga.[6] Neste parque e no Zoológico da Antuérpia, na Bélgica, programas de reprodução em cativeiro estão em atividade.[9]
Os machos tem uma exibição de cortejo similar a do Pavão-azul e do Pavão-verde-de-Java, embora este utilize das penas da cauda, enquanto os outros utilizam das penas da cauda superior. O Pavão-do-Congo é monogâmico, embora ainda se necessite de mais informações sobre sua forma de acasalamento.
↑ abMULOTWA, M.; LOUETTE, M.; DUDU, A.; UPOKI, A.; FULLER, R. A. (2010). «Congo Peafowl use both primary and old regenerating forest in Salonga National Park, Democratic Republic of The Congo». Ostrich. 81. pp. 1–6. doi:10.2989/00306525.2010.455811
↑COLLAR, N.J.; BUTCHART, S.H.M. (2013). «Conservation breeding and avian diversity: chances and challenges». International Zoo Yearbook. 8. pp. 7–28(em inglês)
↑MULOTWA, M.; LOUETTE, M.; DUDU, A.; UPOKI, A. (2006). «The Congo Peafowl Afropavo congensis in Salonga National Park (Democratic Republic of Congo)». Malimbus. pp. 52–53(em inglês)