Plioceno ou pliocénico[1] é a última época do antigo períodoTerciário (atual Neogeno) da eraCenozoica. Está compreendido entre há cerca de 5 e 2 milhões de anos. Divide-se nas idadesZancleana, Piacenziana e Gelasiana, da mais antiga para a mais recente. O primeiro a nomear esta época foi Charles Lyell, que usou as palavras gregas pleion ("mais") e xaeno ("novo") para se referir aos fósseis de animais essencialmente modernos desta época.
Acontecimentos
Os continentes se localizavam a no máximo 70 km das posições atuais. Com a formação do Istmo do Panamá, há 3 milhões de anos, tem início o chamado Grande Intercâmbio Americano, assim como o cessamento da troca de correntes entre os oceanos Atlântico e Pacífico, o que resultou em um esfriamento das águas do primeiro, que contribuiu para o aumento das calotas polares, tanto do Ártico como da Antártida, e diminuiu o nível dos oceanos. Alguns especialistas[quais?] acreditam que esta também foi a causa do início das glaciações (Idades do Gelo) do Pleistoceno, que marcam o fim do Plioceno e o início desta nova época. No Velho Mundo, a aproximação da África e Eurásia cria o mar Mediterrâneo.
O clima mais seco e frio, as florestas tropicais continuaram a diminuir, dando espaço para pastagens e savanas nas zonas tropicais (até mesmo a atual região da Amazônia estava coberta por uma savana nesta época), além do surgimento das estepes e dos primeiros grandes desertos.
De certa forma, o Plioceno pode ser considerado a uma fase de transição entre o Mioceno mais quente e o Pleistoceno com suas glaciações.
Fauna
A fauna pliocênica já era semelhante à atual, com a proliferação de muitos gêneros e famílias que sobreviveram até a atualidade e dos ancestrais diretos da fauna atual. Possivelmente o maior destaque desta época seja o desenvolvimento dos hominídeos, os ancestrais dos seres humanos, no leste da África.
Nas Américas, merece destaque o Grande Intercâmbio Americano, onde diversas espécies migraram de um continente para outro, causando consideráveis mudanças nas biotas. Embora tenha existido uma considerável superioridade da fauna do norte adentrando o continente do sul, houve alguns casos de animais sulistas que conseguiram atingir e se adaptar as condições da América do Norte (como tatus, Gambá, preguiças-gigantes e até algumas das aves do terror).