O polegar é o dedo (ou primeiroquirodáctilo) mais importante dos hominídeos – é completamente oponível aos outros dedos, o que significou uma aquisição evolutiva que permitiu a estes animais a utilização de instrumentos, com os quais podem mais facilmente defender-se e modificar o meio ambiente para melhor sobreviverem (Edgar Morin, no seu "O Paradigma Perdido" se refere à dialéctica "pé - mão - cérebro").[1][2]
O polegar pode realizar uma rotação de 90º, ficando perpendicular à “palma” da mão, enquanto que os outros dedos conseguem apenas um ângulo de 45º (aproximadamente). Estes movimentos são da responsabilidade de 8 músculos, cujos nomes em latim são:[4][1]
Os primeiros 4 são músculos intrínsecos da mão e os 3 primeiros formam a eminência tenar, enquanto que os restantes têm origem no antebraço. Os tendões do extensor pollicis longus e do extensor pollicis brevis formam a “caixinha do rapé” (que, nos tempos em que se aspirava rapé, servia efectivamente para ali colocar uma porção e levá-la ao nariz), onde se pode palpar a artéria radial e os ossos escafóide e trapézio.[4]
Outros animais com polegares que fazem oposição
Muitos animais também têm algum tipo de polegar ou dedo que faz oposição aos outros:[5]
Panda-gigante que possui cinco dedos com garras mais um osso sesamoide extra-longa, que embora não seja realmente um dedo (como o polegar humano é), funciona como um polegar oponível.[6]
A maioria dos Marsupiais da família Phalangeridae (espécie parecida com o gambá) - possuem um dedo oponível em cada pé, além de dois dígitos oponíveis em cada mão.[7]
Os coalas - semelhante ao Phalangeridae, embora estejam em uma ordem diferente.[7]
Gambás - possuem "polegares" oponíveis nas patas traseiras.[7]