ProteômicaProteómica
Proteômica (português brasileiro) ou Proteómica (português europeu) é uma área da Biologia Molecular, Biologia Celular, Genética e Bioquímica. A Proteômica consiste na análise global e em larga escala dos Proteomas, que são o conjunto de proteínas e suas isoformas expressas em uma amostra biológica, ou seja, em um organismo, tecido, biofluido ou célula.[1] Ela inclui técnicas que permitem identificar, quantificar e estudar a expressão proteica e modificações pós-traducionais das proteínas. Este termo começou a ser utilizado em 1995 para se referir ao complemento de proteínas de um genoma.[2] DefiniçãoNo trabalho primordial Wasinger e colaboradores,[2] diz-se que:
De acordo com Anderson e Anderson (1998),[3] a Proteômica pode ser definida como:
Já de acordo com a revisão de literatura de Mallick e Kuster (2010),[1] a Proteômica é:
História e etimologiaOs primeiros estudos de proteínas que podem ser consideradas Proteômica começaram em 1975, após a introdução do gel bidimensional e mapeamento de proteínas através da bactéria Escherichia coli. Proteoma é uma mistura das palavras "proteína" e "genoma". Foi criado em 1994 pelo aluno de Ph.D. Marc Wilkins na Macquarie University,[4] que fundou o primeiro laboratório dedicado a Proteômica em 1995. MetodologiasEntre os métodos de análise, estão eletroforese em gel bidimensional e espectrometria de massa.[5][6] .[7] Várias outras técnicas de caracterização, identificação de modificações, análise de expressão e de função de proteínas são englobados pela Proteômica. Eletroforese em gel bidimensionalA eletroforese em gel bidimensional (2DE) é uma das metodologias mais clássicas e bem estabelecidas da Proteômica.[8] Esta metodologia é derivada da técnica de eletroforese, que se baseia na migração diferencial de macromoléculas quando submetidas a uma corrente elétrica. Geralmente, as proteínas totais de uma amostra são inicialmente separadas de acordo com o seu potencial isoelétrico (primeira dimensão). Em seguida, as proteínas são separadas por SDS-PAGE (eletroforese em gel de poliacrilamida acrescida de dodecil sulfato de sódio), o que as segrega, principalmente, por peso molecular (segunda dimensão). Como resultado, há a obtenção de um gel com proteínas em spots que correspondem a diferentes pesos moleculares e pontos isoelétricos. Após essa etapa, os spots proteicos podem ser retirados do gel e submetidos a análises adicionais, como caracterização por espectrometria de massas. Referências
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