Quinta de São Vicente Nota: Para consultar outros locais com a mesma designação, veja São Vicente.
A Quinta de São Vicente é um complexo agrícola junto da vila de Ferreira do Alentejo, em Portugal, que inclui uma casa senhorial no estilo romântico.[1] DescriçãoA Quinta de São Vicente é uma exploração agrícola, destinada principalmente à exploração de azeite.[2] Em 2008, ocupava cerca de 800 hectares, dos quais 700 eram de olival, e tinha um lagar, um laboratório, uma loja e escritórios.[2] Destaca-se principalmente a grande casa senhorial, no estilo romântico, decorada com terraços, arcadas e colunatas, e que inclui vários painéis de azulejos.[3] A Quinta também possui um jardim, que é alimentado por canais de água que funcionam por gravidade.[4] O complexo inclui uma barragem própria, que na década de 1970 era utilizada pela população da vila como um local de pesca e de recreio.[5] Com efeito, chegou a ser considerada como um dos principais pontos para a pesca fluvial no concelho.[6] HistóriaA Quinta de Vicente foi construída no século XVIII por uma importante família da região, os Passanha, que veio de Itália para Portugal no século XVI, e que em 1738 instalaram-se no Alentejo.[3] O complexo sofreu grandes obras de modificação nos séculos XIX e XX.[7] A quinta também se destacou pela sua produção queijeira, como foi relatado no Guia de Portugal, editado em 1927.[8] Na década de 1940, a Quinta foi abrangida na Campanha do Trigo, um programa do Estado Novo para desenvolver a produção cerealífera no Alentejo.[4] Na sequência da Revolução de 25 de Abril de 1974, que restaurou a democracia em Portugal, os proprietários da quinta refugiaram-se no estrangeiro, tendo a propriedade sido ocupada.[4] O complexo foi posteriormente abandonado, tendo sido reabilitado em 2003, pelo administrador da empresa Taifas, João Filipe Passanha, que veio da Bélgica para Portugal.[2] Em 2010, a empresa Taifas, que explora a Quinta de São Vicente, ganhou o prémio para o melhor azeite maduro frutado do mundo.[9] Em Março de 2011, o jornal Público noticiou que o Itinerário Principal n.º 8, então em planeamento, iria passar pela propriedade, dividindo-a ao meio.[10] João Filipe Passanha criticou esta medida, que iria levar ao abate de seis mil oliveiras, interrupção de caminhos de acesso ao lagar, e à demolição de várias infra-estruturas de rega, levando a um avultado prejuízo financeiro.[10] Além disso, a presença de uma auto-estrada também iria destruir a imagem da quinta, algo de muito importante para manter o prestígio da marca do azeite.[10] Em 2012, foram interrompidas as obras na auto-estrada, devido à falta de meios financeiros.[11] Em 2018, foi organizada uma visita à Quinta de São Vicente, no âmbito do Festival Terras sem Sombra.[7] Ver também
Referências
Bibliografia
Ligações externas
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