Rajás brancosOs Rajás brancos foram uma dinastia que fundou e governou o Reino de Sarawak de 1841 a maio de 1946, pertenciam a mesma familia, os Brookes,[1] de origem inglesa. O Sultão de Brunei cedeu a soberania completa de Sarawak para James Brooke, sendo-lhe concedido o título de Rajah de Sarawak em 24 de setembro de 1841, atribuído em parte ao seu relacionamento com uma filha do sultão, embora a declaração oficial não foi feita até 18 de agosto de 1842. GovernantesSarawak era parte do reino de Brunei até que James Brooke, que se tornou o primeiro Rajá Branco, recebeu um pedaço considerável de terra do sultão de Brunei.[1] Durante o governo de James e Charles Brooke, o tamanho do reino de Sarawak aumentou tremendamente, à medida que mais território foram arrendados ou anexados de Brunei. No total houve três Rajás Brancos:
Em geral os Brookes seguiram uma política de paternalismo, que visava proteger os povos indígenas da 'exploração capitalista', e como resultado evitou os mesmos níveis de desenvolvimento que eram evidentes em algumas outras partes do Império Britânico. James iniciou a expansão de Sarawak,[2] mas foi o seu sobrinho Charles, que foi o grande construtor, tanto em termos de edifícios públicos, como fortalezas e também na ampliação das fronteiras do estado.[1] Apesar, da forma de sua partida do reino ter sido controversa, Vyner no entanto instituiu importantes reformas políticas, incluindo o fim da autoridade absoluta da rajás, em 1941, pouco antes da invasão japonesa, através da concessão de novos poderes para o 'Conselho Negri' (parlamento local). Cessão ao Reino UnidoApós a Segunda Guerra Mundial, Vyner Brooke cedeu Sarawak para o Colonial Office[1] por uma pensão considerável para ele e suas três filhas. Seu sobrinho e herdeiro designado, Anthony Brooke, inicialmente se opôs à Coroa, como fez a maioria dos membros nativos do Conselho Negri. Sendo que Duncan Stewart, o segundo governador britânico para Sarawak, foi assassinado na agitação resultante.[1] GovernoQuando James Brooke chegou em Sarawak pela primeira a área era governada como um estado vassalo do Sultanato de Brunei.[1] Quando ele assumiu o controle da área original em torno de Kuching na década de 1840,[1] grande parte do sistema de governo era baseado no modelo ineficaz do Brunei. James começou a reforma do governo, criando um serviço civil, e recrutou Europeus, principalmente britânicos, para executar os serviços distritais oficiais. O serviço público de Sarawak foi continuamente melhorado por James e seus sucessores. James manteve muitos dos costumes e símbolos da monarquia malaia e combinou-os com seu próprio estilo de regra absoluta. O rajá tinha o poder de introduzir leis e atuar como juiz supremo em Kuching. Os Brookes estavam determinados a impedir que os povos de Sarawak fossem "explorados" por interesses comerciais ocidentais e formou a Companhia Limitada de Bornéu para ajudar na gestão da economia. Esta entidade também prestou apoio militar aos Brookes como durante a rebelião chinesa, quando um dos barcos a vapor da companhia, o "Sir James Brooke", ajudou a recapturar Kuching. Uma pequena força paramilitar, os Sarawak Rangers, foi formada por Rajá Charles para fiscalizar e defender o Estado em expansão. Este pequeno exército também ocupou uma série de fortes em todo o país, realizando deveres cerimoniais e atuou como guarda pessoal dos rajás, porém foi insuficiente para conter a invasão japonesa em Dezembro de 1941. LegadoO período do governo de Brooke é geralmente visto favoravelmente em Sarawak, apesar de sucessivos governos pós-federação da Malásia tentarem minimizar e, de certa forma, denunciar o rajás Brooke e seus herdeiros. O legado arquitetônico da dinastia pode ser visto no país em muitos dos edifícios históricos coloniais do século XIX. Em Kuching estes incluem a Astana (residência do governador), o Museu de Sarawak, o velho Forum, o Forte Margherita, o Forte Square, e o Brooke Memorial. Vários prédios importantes do período Brooke foram demolidos, como os escritórios e armazéns da Companhia de Bornéu. Sarawak é notavelmente diferente da Malásia peninsular e mesmo de Sabah, por existirem grupos étnicos mais variados, devido à grande proporção de povos tribais, tais como o Iban e Dyaks.[2] A migração chinesa[2] e indiana foi incentivada em vários momentos pelos Brookes. Heráldica e emblemasAs armas heráldicas da dinastia Brooke foram baseadas no emblema usado por James Brooke, e consistia de uma cruz vermelha e preta em um escudo amarelo, e encima um distintivo conhecido na heráldica como um Texugo, aludindo ao apelido dinástico. Uma coroa foi adicionada em 1949 e o desenho do escudo foi usado como a base da bandeira do Sarawak até 1973. Em 1988, a bandeira do estado reverteu as cores originais. Referências
Ligações externas
Notas
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