Reação de StilleA Reação de Stille é uma reação química acoplando um composto organoestanho com um haleto orgânico sp3-hibridizado catalisado por paládio.[1] [2] A reação é largamente utilizada em síntese orgânica.
X é tipicamente um halogênio, tal como Cl, Br, I. Adicionalmente, X pode ser um pseudohalogênio tal como um triflato, CF3SO3-.[3] [4] A reação de Stille reaction foi descoberta em 1977 por John K. Stille e David Milstein, um pós-doutorando em seu laboratório. As reações de Stille foram usadas em 50% de todas as reações de acoplamento cruzado publicadas em 1992. A reação continua a ser explorada industrialmente, especialmente para a produção de fármacos. A reação é normalmente realizada sob atmosfera inerte usando solvente desidratado e desgaseificado. Isto porque o oxigênio causa a oxidação do catalisador de paládio e promove acoplamento homo dos compostos de estanila, e estas reações colaterais levam a diminuição do rendimento da reação de acoplamento cruzado desejada. Como composto orgânico de estanho, um composto de trimetilestanil ou tributilestanil é normalmente usado. Embora compostos de trimetilestanil mostrem mais alta reatividade comparados com compostos de tributilestanil, a toxidade dos primeiros é aproximadamente 100 vezes maior que a do segundo. Consequentemente é preferível evitar usar compostos de trimetilestanil sem necessidade. Diversas revisões têm sido publicadas.[5] [6] [7] Mecanismo de reaçãoO mecanismo de reação da reação de Stille tem sido bastante estudado. [8] [9] O primeiro passo em seu ciclo catalíttico é a redução do catalisador de paládio (1) à espécie Pd(0) ativa (2). A adição oxidativa do organohaleto (3) dá um intermediário cis o qual rapidamente isomeriza-se ao intermediário trans 4.[1] Transmetalação com o organoestanato (5) forma o intermediário 7, o qual produz o produto desejado (8) e a espécie Pd(0) ativa (2) após eliminação redutiva. A adição oxidativa e eliminação redutiva retém a configuração estereoquímica dos respectivos reagentes. Taxa da transferência de ligante (transmetalação) do estanho:
A baixa reatividade dos alquil estanatos é um sério empecilho mas pode ser remediado pelo uso de solventes fortemente polares tais como HMTP, DMF ou dioxano. Em 2007 a reação de Stille foi submetida a um especial tipo de espectroscopia de massa seguindo pela primeira vez a observação experimental direta de uma espécie Pd(0)(PPh3)2 (sempre assumindo-se existir mas nunca antes realmente detectada) e uma transmetalação intermediária cíclica -Pd(II)-X-Sn-C- mas através de seus radicais cátions.[10] VariaçõesPara aumentar o rendimento reacional, geralmente se adiciona cloreto de lítio à mistura reacional. Este sal estabiliza o complexo intermediário reativo formado pela adição oxidativa no catalisador e, portanto, acelera a reação. A reatividade e especificidade da reação de Stille podem ser aumentadas pela adição de quantidades estequiométricas de sais de Cu(I) ou Mn(II).[11] [12][13] A reação de acoplamento pode ser inibida por ligantes com alta basicidade de Lewis. Na presença de sais de Cu(I), paládio sobre carbono mostra-se como um cataisador efetivo.[14] [15] Na esfera da química verde, relata-se uma reação de Stille que ocorre em uma mistura de baixo ponto de fusão e com alta polaridade, de um açúcar, como manitol, uma ureia, como a dimetilureia e um sal , como o cloreto de amônio.[16][17] O sistema catalítico é tris(dibenzilidenoacetona)dipaládio(0) com trifenilarsina: Ver tambémReferências
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