Reservoir Dogs
Reservoir Dogs (prt: Cães Danados[2]; bra: Cães de Aluguel[3]) é um filme estadunidense de 1992, dos gêneros drama, ação e policial, dirigido por Quentin Tarantino, com roteiro dele e Roger Avary.[3] Estrelado por Harvey Keitel, Steve Buscemi, Michael Madsen, Tim Roth e Chris Penn, o filme retrata os eventos anteriores e posteriores a um malsucedido roubo de diamantes (embora não mostre o roubo propriamente dito), praticado por seis homens que não se conhecem e que se referem uns aos outros através de nomes de cores. É o terceiro filme da carreira de Quentin Tarantino e incorpora elementos que viriam a se tornar marcas registradas do diretor, como crimes violentos, referências à cultura pop, narrativa não linear, trilha sonora eclética e constante uso de palavrões em seus diálogos. SinopseFugindo da polícia após um assalto bem-sucedido, gangue se reúne num galpão onde se levanta a suspeita de um traidor entre eles.[3] Elenco
ProduçãoTarantino estava trabalhando na Video Archives, uma locadora de filmes em Manhattan Beach, Califórnia e, originalmente, iria gravar o filme em 16 mm, com um orçamento de trinta mil dólares,[4] com o produtor Lawrence Bender interpretando Nice Guy Eddie. Entretanto, quando o ator Harvey Keitel se envolveu com o projeto, ele concordou em atuar e co-produzi-lo.[5] Keitel foi, então, escalado como Mr. White. Com a ajuda do ator, puderam angariar um milhão e meio de dólares para o filme.[6] De acordo com Tarantino, Reservoir Dogs foi a sua versão para The Killing, de Stanley Kubrick. O próprio Tarantino disse que "[...] não saiu do meu caminho fazer uma versão de The Killing, mas eu o vejo como o meu Killing, o meu take nesse tipo de filme de roubo."[6] O enredo do filme foi sugerido por Kansas City Confidential, de 1952. Adicionalmente, The Big Combo, de Joseph H. Lewis, inspirou a cena em que o policial Marvin é torturado na cadeira.[7] Tarantino negou que tenha cometido plágio com Reservoir Dogs, afirmando que, ao invés disso, ele prestou homenagens.[8] Ademais, os nomes dos personagens principais serem nomes de cores já havia sido visto em The Taking of Pelham One Two Three, de 1974. Uma característica única de Reservoir Dogs é que o roubo propriamente dito nunca é mostrado. Tarantino disse que a razão por não mostrar o roubo foi inicialmente orçamentária, mas que ele sempre gostara da ideia de não exibi-lo. Ele disse que essa técnica faz com que o espectador perceba que o filme é "sobre outras coisas".[6] Ele comparou isso ao trabalho de um novelista, e disse que queria o filme para ser sobre algo que não é visto, querendo "brincar com um relógio em tempo real, em oposição ao relógio do filme".[9] RecepçãoReservoir Dogs estreou em 19 cinemas, arrecadando US$ 147 839 nos Estados Unidos. O filme nunca ultrapassou a marca de 61 cinemas no país e, ainda assim, arrecadou US$ 2 832 029.[1] O sucesso de Reservoir Dogs aumentou com a popularidade de Pulp Fiction, o filme seguinte de Tarantino, lançado em 1994. Todavia, foi um sucesso imediato na Grã-Bretanha e, devido ao seu sucesso nesse país, o filme foi inserido no Festival Sundance de Cinema. A revista Empire nomeou-o "Melhor Filme Independente já feito",[10] o que tornou-o um importante e altamente influente filme do cinema independente.[11] Reservoir Dogs tem uma avaliação de 96% no Rotten Tomatoes[12] e um índice de 78/100 no Metacritic, baseado em 23 críticas, em sua maioria favoráveis.[13] O filme tem inspirado diversos outros filmes independentes, sendo considerado fundamental no desenvolvimento dessa vertente.[14] Kaante, de 2002, filme bollywoodiano do diretor Sanjay Gupta, é considerado um remake não-autorizado de Reservoir Dogs, contando com enredo e diálogos parecidos.[15] Reservoir Dogs foi também exibido no Festival de Cannes de 1992, embora não estivesse competindo.[16] Referências
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