Roberto Francis Drummond (Ferros, 21 de dezembro de 1933 — Belo Horizonte, 21 de junho de 2002) foi um jornalista, comentarista esportivo, cronista e escritor brasileiro. Participou da chamada literatura pop, marcada pela ausência de cerimônias e pela proximidade com o quotidiano.[1][2]
Biografia
Antes de residir, a partir da adolescência, em Belo Horizonte, a família do escritor viveu em Guanhães, Araxá e Conceição do Mato Dentro. Era filho do engenheiro e fazendeiro Francisco Alvarenga Drummond e de Ricarda de Paiva Drummond.[3]
Começou a escrever contos e novelas aos 13 anos. Na década de 1950 abandonou o curso científico e passou a dedicar-se ao jornalismo.[3] Seu primeiro emprego foi na extinta Folha de Minas, na capital mineira. Aos 28 anos, passou a dirigir a revista Alterosa, fechada pela Ditadura Militar em 1964.[4] Durante um ano trabalhou no Rio de Janeiro, retornando a Belo Horizonte em 1966, onde passou a escrever colunas esportivas e crônicas.[1]
O sucesso na literatura começou com seu primeiro livro, A morte de DJ em Paris, em 1971. Relançado em 1975, bateu recordes de vendas, recebendo o Prêmio Jabuti de autor revelação.[5] Na década de 80, inicia uma nova fase de sua produção literária, com a publicação de Hitler manda lembranças. Seu maior sucesso foi o romance Hilda Furacão, publicado em 1991 e adaptado para a televisão em 1998 numa minissérie de sucesso da Rede Globo.[6][7]
Roberto Drummond também fez um programa esportivo diário na TV Bandeirantes de Belo Horizonte.[1] O escritor era fanático torcedor do Clube Atlético Mineiro e criou para o clube a famosa frase:
Se houver uma camisa branca e preta pendurada num varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento.
Falecimento
Morreu vítima de problemas cardíacos, no dia da partida entre Brasil e Inglaterra pelas quartas-de-final da Copa do Mundo de 2002.[10][1][11]
Legado
Passados 10 anos da morte de Roberto Drummond, sua obra, sua paixão pelo futebol e seu legado para a literatura nacional foram novamente destacados pelos relançamentos de alguns de seus livros e de um documentário dirigido por Breno Milagres sobre a vida do escritor, além de uma homenagem da torcida atleticana no dia 23 de junho de 2012, durante o jogo Atlético x Náutico, pelo Campeonato Brasileiro, no Estádio Independência.[11][7]
Foi homenageado pela prefeitura de Belo Horizonte com uma estátua de bronze em tamanho real na Praça Diogo de Vasconcelos, na Savassi, e pela prefeitura de Ferros com um Centro Cultural em seu nome.[12]
Obra
Ver também
Referências
Ligações externas
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