A etimologia de "Roriz", segundo o etnógrafo António Gomes Pereira, atribui-se ao genitivo Rodorici, do nome próprio gótico Rodoricus.[5]
Século XI
Roriz é referenciado no Censual de entre Lima e Ave, organizado pelo bispo D. Pedro entre 1085 e 1091, no qual se denomina "De Sancto Micahel de Rooriz".[6]
Século XIII
Nas inquirições gerais de 1220, elaboradas a mando de D. Afonso II, surge com a denominação de "De Sancto Michaele de Rooriz", pertencendo então à terra de Prado. Estas referem:
"quod dominus Rex habet ibi quodam Regalengum; in hereditate de Pousada de Nuno Petri et de Gunsalvo Petri est pausa de Mayordomo, et includunt ibi ganatum, et dant inde spatulam et cabrito; quod Rex non est inde patronus; quod ista ecclesia habet ibi senarias et 1 casale, Templum 1 casale. Et Manente 16 casalia, Varzea 2 casalia, Cervaes 2 casalia, Sancta Maria de Gallecos 4 casalia et medium."[7]
Já nas inquirições de 1258, sob reinado de D. Afonso III, Roriz é referenciado como "Sancti Michaelis de Rooriz", referindo-se ainda:
"In Judicato de Prado, item, in parrochia Sancti Michaelis de Rooriz: que vila Oxi est presso de ganado et pousa de Mayordomo, et da spadoa et 2 cabritos.
Et dixit que ouviu dizer de Pousada que, ante que a don Godino a gaasse et Suerio Petri d'Azevedo y criassen, soya y a entrar Mayordomo; et ora non intra y.
Item, ouviu dizer que desta ecclesia faziam servizo ao Ricomem; que da quintana de Barrio da cum sua germaydade 1 soldo de fossadeira al Rey."[8]
Século XVIII
Nas Memórias Paroquiais de 1758[9], refere-se que a freguesia pertencia à então comarca de Braga e ao termo da Vila de Prado. É feita uma breve menção à prática agrícola na freguesia:
"Os frutos que colhem os moradores em maior abundância é vinho que é bom, a que chamam do Vale de Tamel, muito milho alvo, milhão, painço e feijões e centeio."
No aspeto demográfico, refere-se:
"Tem esta freguesia fogos cento e trinta e quatro, e pessoas de comunhão quatrocentos e dez, casados oitenta e dois, viúvos e viúvas trinta e nove, solteiros e solteiras cento e seis, ausentes cinquenta e seis e menores cinquenta e um."
Nesta data, a freguesia contava com dezoito lugares: Granja, Matos, Casal do Ouro, Madorra, Vilar, Real de Corvos, Bairro, Gião, Leiroinha, Pousada, Ventoso, Viloge, Contriz, Arrabalde, Outeiro, Rebordelo, Pateirão e Assento.
Século XIX
Em 1841, a extinta freguesia de Quiraz foi anexa à freguesia de Roriz, passando desde então a lugar com o mesmo nome.[10]
↑INE. «Censos 2011». Consultado em 11 de dezembro de 2022
↑Pereira, António Gomes (1915). Tradições populares, linguagem e toponymia de Barcellos. Esposende: Livraria Espozendense. pp. 384–385
↑da Costa, Avelino de Jesus (1997). O Bispo D. Pedro e a Organização da Arquidiocese de Braga, 2ª Ed. Braga: Irmandade de S. Bento da Porta Aberta. p. 176
↑«Roriz, Prado - Viana». Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq. Consultado em 12 de junho de 2021
↑da Fonseca, Teotónio (1987). O concelho de Barcelos aquém e além Cávado. Barcelos: Santa Casa da Misericórdia | Câmara Municipal de Barcelos. pp. 349–350