Apesar dos primeiros exemplares terem chegado à Frente Ocidental antes do Sopwith Camel, e de no geral ter uma performance bastante superior, problemas com o seu motor Hispano-Suiza levaram a que existisse uma escassez crónica de S.E.5s até meados de 1918, e a que houvesse muito mais esquadras equipadas com o Sopwith Camel.
O S.E.5 e o Camel foram foram essenciais na reconquista da espaço aéreo pelos aliados em meados de 1917, e em mantê-lo até ao final da guerra.
Histórico
O S.E.5 (de Scout Experimental 5) foi projetado por Henry P. Folland, John Kenworthy e Frank Goodden da Royal Aircraft Factory em Farnborough. Ele foi projetado ao redor do novo motor Hispano-Suiza 8, um V8 de 150 hp que, apesar da excelente performance, estava ainda pouco desenvolvido e pouco confiável. O primeiro dos três protótipos, voou em 22 de Novembro de 1916. Os primeiros dois protótipos foram perdidos em quedas, devido a fraqueza no projeto de suas asas. O terceiro protótipo sofreu modificações antes do início da produção; o S.E.5 era conhecido em serviço como um avião extremamente forte que podia ser colocado em mergulho em altas velocidades – e as asas mais retangulares melhoravam o controle lateral em baixa velocidade. 5.205 deles foram fabricados.[4]
O S.E.5 entrou em serviço com o Esquadrão 56 do RFC em Março de 1917, no entanto, o esquadrão não o usou na Frente Ocidental até o mês seguinte. Todos estavam desconfiados do grande para-brisas arredondado usado nos primeiros modelos de produção. Eles foram usados para proteger o piloto que ficava sentado numa posição mais alta, para melhorar a visibilidade sobre a asa superior. O esquadrão não voou sua primeira patrulha com o S.E.5 até 22 de Abril,[5] quando, por insistência do major Blomfield, oficial comandante do 56º esquadrão,[6] todos os aviões foram equipados com pequenos para-brisas retangulares convencionais. A questão da posição mais alta, foi resolvida simplesmente baixando o assento, numa posição mais convencional e confortável que os pilotos preferiam. Não houve reclamações da visibilidade do piloto em voo, de fato a visibilidade foi citada como um dos pontos fortes do modelo.
Variantes
S.E.5
Primeira versão de produção. Caça biplano monoposto, equipado com um motor Hispano-Suiza 8a de 150 hp.
S.E.5a
Versão de produção melhorada, equipado com um motor Hispano-Suiza 8b de 200 hp ou um Wolseley Viper, também de 200 hp.
S.E.5b
Protótipo experimental, com asas semi-sesquiplano, nariz afilado e radiador retrátil.
Eberhart S.E.5e
S.E.5a montado com partes sobressalentes pela companhia americana Eberhart Aeroplane, equipado com motor Wright-Hispano E de 180 hp e fuselagem coberta por lâminas de madeira, cerca de 60 foram construídas.[7]