Rusa timorensis
O cervo-de-timor (Rusa timorensis) ou sambar-de-java[2] é um mamífero artiodáctilo da família Cervidae, autóctone de Java e Bali; foi introduzido na Antiguidade nas ilhas Molucas, nas Pequenas Ilhas da Sonda e em Celebes. Existem duas subespécies principais, a de Java e a das Molucas, algo menor. Entre os seus predadores encontram-se o dragão-de-komodo,[3] além de pitões, crocodilos e leopardos-de-java. A espécie foi introduzido em tempos históricos nas ilhas de Amboina, Maurícia, Comores, e mais recentemente em Madagáscar, no Brasil, Austrália, Nova Caledónia e Nova Zelândia, com fins cinegéticos. A sua população na Nova Caledónia é de 200000 a 300000 indivíduos, e aparenta crescer em função da ausência de predadores (exceto o homem). Na Maurícia, encontra-se hoje acantonada a certas reservas naturais, após ter sido uma ameaça ao equilíbrio dos ecossistemas montanhosos.[4] DescriçãoA espécie pode ser distinguida pelas suas grandes orelhas, pelos tufos de pelo acima das sobrancelhas, e pela armação que é bastante grande em relação ao tamanho do corpo. As hastes têm forma de lira e ramificam em trios.[5] Os machos são maiores que as fêmeas, e a proporção entre cabeça e corpo varia dos 142 aos 185 cm, com uma cauda de 20 cm.[6] Os machos pesam de 152 a 160 kg, as fêmeas cerca de 74 kg. A pelagem é cinzenta-acastanhada e frequentemente curta e rala.[5] Ao contrário de outras espécies de cervídeos, os recém-nascidos não apresentam manchas na pelagem.[6] Em Timor-Leste, no ilhéu de Jaco, o cervo-de-timor habituou-se a beber água salgada devido à falta de água doce na ilha.[7] ReproduçãoA espécie acasala nos meses de julho e agosto, quando os machos se enfrentam em duelos. A fêmea dá à luz a uma a duas crias, após uma gestação de oito meses, no início da primavera. As crias são amamentadas durante 6 a 8 meses, e a maturidade sexual é atingida entre os 3 e os 5 anos, dependendo das condições do habitat. Vivem cerca de 15 a 20 anos, tanto em estado selvagem como em cativeiro.[5][6] Imagens
Referências
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