Sabino de Heracleia
Sabino de Heracleia foi bispo de Heracleia, na Trácia, e um líder do partido e da seita Macedônio e um dos primeiros escritores dos Concílios eclesiásticos. Ele foi o autor de uma coleção de Atos dos Concílios da Igreja Católica, a partir do Primeiro Concílio de Niceia ao seu próprio tempo. O historiador William Cave[1]fixa como sendo o ano de 425 o auge da atuação de Sabino. É afirmativo que ele viveu até o final do reinado de Teodósio II, que reinou de 422 à 450 . O teólogoEle foi juntamente com Eustáquio de Sebaste;[2] Cirilo de Jerusalém;[3] Maratônio de Nicomédia;[4] Elêusio de Cízico;[5][6] Sofrônio de Pompeiópolis;[7] um dos defensores da reformulação do semi arianismo, promovida pelo bispo de Constantinopla, Macedônio I. Eles negavam a divindade do Espírito Santo [8] e por isso eram também chamados de pneumatómacos, "adversários do Espírito".[9] Esta corrente (Os macedonianos) não negaram a consubstancialidade, mas (para eles) o Espírito Santo era inferior ao Filho já que por este fora criado.[10] O historiadorMuitos escritores serviram-se dos textos de Sabino para pesquisa e incrementar seus pontos de vista sobre os fatos da época em que este viveu. O seu livro A história da igreja (Συναγωγὴ τῶν Συνοδῶν) serviu de referência e consulta, por exemplo, para o historiador Sócrates de Constantinopla, autor de oHistória Eclesiástica[11] que a ele muitas vezes se refere, citando-o, como não confiável, sob a alegação de que Sabino era partidário e tendencioso e, por isso, omitiu e deliberadamente alterou fatos e declarações adversas aos seus pontos de vista e interesses.[12] Sócrates demonstra como Sabino tenta desmerecer os pais de Niceia, em face das evidências em contrário dos escritos de Eusébio de Cesareia, e não faz qualquer menção a Macedônio, cujos fatos e narrativas ele omite. Barônio[13] fala fortemente da manipulação sem escrúpulos de Sabino em sua A história da igreja e o chama de "homo mendacissimus", e sugere que Sozomeno dá um relato distorcido da eleição de Atanásio, "ex officina Sabini." Referências
Bibliografia
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