Sankin-kōtaiSankin-kōtai (参勤交代, lit. "serviço alternativo") foi uma política do governo durante a maior parte do período Edo da História do Japão, na qual os shoguns tratavam de controlar os daimiôs das províncias obrigando-os a residir periodicamente por um ano no seu respetivo han e no ano seguinte na cidade de Edo, capital do shogunato.[1] Quando o daimiô retornava à sua han, após um ano a residir em Edo, a sua esposa e seus filhos deviam permanecer forçosamente nessa cidade praticamente como que reféns que asseguravam a lealdade do daimiô para com o shogun. Apesar de já existir no Japão o costume entre samurais em viver por períodos alternados de um ano na capital do seu respetivo senhor como forma de prestar serviço, Tokugawa Iemitsu estendeu esse mandato para o daimiô mediante uma lei de 1635, sankin kotai, a qual permaneceria em vigor até 1862. DescriçãoUm objetivo adicional da sankin kotai consistia no fato de que a obrigação imposta aos daimiôs também significaria reduzir a sua solidez financeira, uma vez que manter as suas residências permanentemente e igualmente suntuosas tanto em Edo como na sua han, era uma dificuldade acrescida. Para além das viagens de ida e volta do daimiô, a lei implicava que um significante gasto adicional fosse indubitável, visto que em cada viagem seriam transportados um grupo de servidores e uma companhia de guerreiros samurai de tamanho variável segundo a importância de cada han. Estes gastos eram necessários para manter o prestígio do daimiô e impediam de incorrer no custos bélicos (construção de castelos ou fabricação de armas) que poderia suscitar uma revolta contra o shogun. Com centenas de daimiôs a entrar ou sair de Edo a cada ano, as procissões (大名行列, daimyō-Gyoretsu) eram ocorrências quase diárias na capital do shogunato. As principais rotas para as províncias foram as Kaidō. Alojamentos especiais, honjin (本陣), estavam disponíveis para o daimiô durante as suas viagens. Referências
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