Satureja hortensis
A Satureja hortensis L., comummente conhecida como segurelha[1][2][3] ou satureja[4], trata-se de planta herbácea, aromática, pertencente ao tipo fisionómico dos terófitos e à família das Labiadas.[1] Com efeito, é a espécie mais conhecida do género Satureja. É uma planta anual, que se assemelha, em uso e em sabor, à perene segurelha-das-montanhas. Nomes comunsAlém de «segurelha», dá ainda pelos seguintes nomes comuns: segurelha-anual[1], segurelha-das-hortas[1], alfavaca-do-campo[1] e remédio-do-vaqueiro.[1] EtimologiaQuanto ao nome científico desta espécie:
Quanto aos nomes comuns desta espécie, «segurelha» e «saturagem», trata-se de deturpação do étimo latino sătŭrēia, o primeiro por via popular[7] e o segundo por via erudita.[4] DistribuiçãoEsta espécie é comum da orla mediterrânea do continente europeu[2], desde Portugal - onde ocorre silvestre[1], havendo também registos históricos do seu cultivo em hortas[3]- até ao Oeste da Turquia. Todavia, crê-se que, provavelmente, seja originária da Ásia Ocidental e Central.[8] PortugalTrata-se de uma espécie presente no território português, nomeadamente em Portugal Continental.[1] Mais concretamente, nas zonas do Nordeste Leonês, Terra Fria e Terra Quente Transmontanas.[9] Em termos de naturalidade é nativa da região atrás referidas. EcologiaTrata-se de uma espécie ruderal, que tanto pode crescer em baldios incultos, como em courelas agricultadas.[1][9] DescriçãoTrata-se de uma planta herbácea anual, cujo caule pode ascender aos 30 a 60 cm de altura.[2] É uma espécie ramosa desde a base.[2] O caule é pubescente-puberulenta, reveste-se de pêlos curtos[2] retorcidos e esbranquiçados.[9] Do que toca às folhas, são grossamente pontuado-glandulosas em ambas as páginas, apresentando um formato linear-lanceolado.[9] Quanto às inflorescências, é formada por verticilastros, paucifloros e corimbiformes[2], agrupando corimbos de 2 a 6 flores cada, e assentado em pedúnculos de cerca de 1,5 milímetros.[9] As brácteas são semelhantes às folhas, se bem que mais pubescentes.[9] Do que respeita às flores, pautam-se pelo seu cálice campanulado, o qual conta com 10 nervuras na base[2] e até cinco dentes estreitos e triangulares.[9] A corola é de cor branca ou lilás.[2] A floração é normalmente estival[3], ocorrendo de Julho[1] a Setembro[2]. Usos culináriosDada a sua natureza aromática[3][2] e sabor picante[4], é apreciada no âmbito da gastronomia, onde se utiliza como condimento. É preferida em relação à segurelha-das-montanhas ,devido ao seu aroma, por sinal mais delicado. É muito importante na cozinha búlgara, onde, misturada com sal e páprica se chama sharena sol (sal colorido). Usos medicinaisA esta planta são reconhecidas propriedades carminativas[3], antisépticas, adstringentes, contendo um elevado teor de carvacrol. É empregada para suprir a falta de suco gástrico, contra parasitas intestinais, gota, reumatismo, doenças dos brônquios e outras. É também um bom desinfetante bucal. Externamente é usada em banhos, contra afecções cutâneas.
Referências
Ligações externas
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