Sergey Surovikin
Sergei Vladimirovich Surovikin (em russo: Серге́й Влади́мирович Сурови́кин; nascido em 11 de outubro de 1966) é um general de exército e ex-comandante das Forças Aeroespaciais da Rússia.[1] Antes disso, ele esteve encarregado de estabelecer a Diretoria Principal da Polícia Militar, uma nova organização dentro do Exército russo.[2] Surovikin comandou o Distrito Militar do Leste entre 2013 e 2017, e foi apresentado à mídia como comandante do Grupo de Forças na Síria na intervenção militar russa na Guerra Civil Síria. Ele foi o comandante do Grupo de Exércitos "Sul" das Forças do Exército Russo na invasão russa da Ucrânia em 2022.[3] Em 8 de outubro de 2022, ele se tornou o comandante de todas as forças russas que invadiram a Ucrânia, permanecendo neste cargo até janeiro de 2023.[4] Começo da carreira e serviço na SíriaSurovikin nasceu em Novosibirsk em 11 de outubro de 1966. Ele se formou na Escola Superior de Comando Militar de Omsk em 1987.[5] Se alistou nas forças armadas soviéticas ainda em 1987 e serviu com os Spetsnaz na Guerra Afegã-Soviética.[6] Durante a tentativa de golpe de Estado na União Soviética em 1991, Surovikin comandou uma unidade que matou três manifestantes anti-golpe, pelos quais foi detido por vários meses, mas não foi condenado.[7] Ele desempenhou um papel importante na criação da Diretoria Principal da Polícia Militar, uma nova organização dentro do exército russo.[2] Surovikin estudou na Academia Militar M. V. Frunze, se formando em 1995, e chegou a ser condenado a um ano de condicional por venda ilegal de armas.[8] Ele serviu brevemente na Guerra Civil do Tajiquistão.[6] Em 2002, formou-se na Academia Militar do Estado-Maior russo. Se tornou depois comandante da 4ª Divisão de Rifles Motorizados em Yekaterinburg.[5] Surovikin comandou o Distrito Militar Oriental entre 2013 e 2017, e em 2017 comandou o grupo de forças russas na Síria. Ele é credenciado por virar a maré da guerra civil síria em favor do presidente sírio Bashar al-Assad, mas também foi acusado de ter sido responsável por ataques a alvos civis e crimes de guerra durante a intervenção russa.[7][9] Invasão russa da UcrâniaEm junho de 2022, foi revelado que ele se tornou o comandante do Grupo de Exércitos "Sul" das Forças Armadas Russas na ofensiva do sul da Ucrânia.[3] Em 8 de outubro, foi anunciado que ele foi apontado como o novo comandante de todas as forças russas na Ucrânia, sucedendo ao coronel-general Gennady Zhidko.[4] Durante o período que comandou as tropas russas na Ucrânia, ele ficou conhecido por adotar uma postura mais defensiva, reconhecendo as deficiências das forças armadas russas.[10] Ele autorizou também a retirada de territórios indefensáveis, como a cidade de Kherson que era a única capital regional ucraniana controlada pelo exército russo.[11] Surovikin sempre foi um defensor de bombardeios em larga escala contra infraestrutura civil e crítica ucraniana.[9] Em 11 de janeiro de 2023, o general Surovikin foi substituído como comandante de todas as forças russas na Ucrânia por Valery Gerasimov.[12] Rebelião WagnerEm maio 2023, foi reportado que Surovikin agia como "representante dos interesses" do grupo mercenário PMC Wagner dentro do Ministério da Defesa da Rússia por anos.[13] De acordo com uma reportagem investigativa da CNN, evidências mostravam Surovikin como um membro oficial de Wagner, com status VIP em 2018, junto com trinta outros militares russos do alto escalão.[14] Em 24 de junho 2023, durante a Rebelião do Grupo Wagner contra o governo russo, Surovikin apareceu em um vídeo postado no Telegram apelando às forças rebeldes para parar a revolta.[15] Logo após o motim ter sido dispensado, Surovikin desapareceu da vista pública.[16] Alguns relatos sugeriram que ele foi preso a mando do Ministério da Defesa como parte de um "expurgo" de oficiais das forças armadas que não eram considerados 100% leais ao regime de Vladimir Putin.[17] A filha de Surovikin, em uma suposta entrevista a um canal russo do Telegram, afirmou estar em contato com o pai e insistiu que ele não havia sido detido pelas autoridades.[18] SançõesEm fevereiro de 2022, Surovikin foi adicionado à lista de sanções da União Europeia por ser "responsável por apoiar e implementar ativamente ações e políticas que minam e ameaçam a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia, bem como a estabilidade ou segurança na Ucrânia". [19] PrêmiosSurovikin foi premiado com a Ordem da Estrela Vermelha, a Ordem do Mérito Militar e a Ordem da Coragem três vezes. Ele foi premiado com o Herói da Federação Russa em dezembro de 2017. [20] Referências
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