Shigeko Higashikuni
Shigeko Higashikuni (em japonês: 東久邇 成子; nascida Shigeko, Princesa Teru; Tóquio, 6 de dezembro de 1925 — Tóquio, 23 de julho de 1961) foi um membro da família imperial japonesa como a filha mais velha do imperador Shōwa e da imperatriz Kōjun. Ela era a irmã mais velha do imperador emérito Akihito. BiografiaA Princesa Shigeko nasceu em Tóquio, enquanto seu pai ainda era príncipe regente.[1] Seu nome de infância era Teru no miya (照宮成子内親王), ou "Princesa Teru". Conforme os costumes da época, ela não foi criada por seus pais biológicos após completar a idade de três anos, mas sim por uma série de cortesãs, em um palácio separado construído para ela e para suas irmãs, no distrito de Marunouchi da capital japonesa. Embora fosse contrário a isso, o imperador nada podia fazer para impedir a tradição. Em 1932, a princesa entrou para o departamento primário feminino da Escola Gakushuin, terminando seu estudos secundários em 1942, aprendendo culinária e literatura. Casamento e filhosEm 1941, a princesa tornou-se formalmente noiva do então príncipe Higashikuni Morihiro,[2][3] filho primogênito e herdeiro do príncipe Higashikuni Naruhiko. Eles eram primos em segundo grau e se casaram oficialmente em 1943, quando seu nome passou a ser Shigeko, Princesa Morihiro de Higashikuni (盛厚王妃成子内親王, Morihiro-ōhi Shigeko Naishinnō). Como o casamento ocorreu em plena Segunda Guerra Mundial, os custos das cerimônias foram mantidos mínimos, e Shigeko utilizou um quimono jūnihitoe que pertenceu a sua mãe, a Imperatriz Kōjun, em vez de ter vestes criadas especialmente para a ocasião. Shigeko e Morihiro tiveram os seguintes filhos: 1.Príncipe Nobuhiko Higashikuni (10 de março de 1945) casado em 1973 com Senhorita Shimada Yoshiko, com um filho, Higashikuni Yukihiko (1974) Em agosto de 1947, Shigeko e sua família tiveram seu status reduzido ao de plebeus, devido à abolição de títulos da nobreza japonesa pelas autoridades americanas da ocupação. Com a descontrolada inflação pós-guerra, a alta taxação e as diversas e fracassadas aventuras de negócios por seu marido, a família Higashikuni passou a viver em condições de pobreza. Em janeiro de 1958, Shigeko aceitou a oferta da rede de televisão nacional japonesa, NHK, para aparecer perante uma audiência ao vivo e explicar o concurso de leitura de cartas-poemas de Ano Novo, dentre outras cerimônias imperiais. Em 1960, Shigeko ficou doente, queixando-se de dores de estômago, tendo sido diagnosticada com câncer. Internada no hospital da Agência da Casa Imperial em Tóquio, ela faleceu em julho de 1961, com apenas trinta e cinco anos de idade.[4] Seu corpo jaz no cemitério imperial de Toshimagaoka, em Bunkyō, Tóquio. Títulos e estilos
Bibliografia
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