Short C-23 Sherpa
O Short C-23 Sherpa é uma aeronave de transporte militar turboélice de categoria média construída por Short Brothers. O C-23A e C-23B são variantes do Short 330 e o C-23B+ é uma variante do Short 360. Projeto e desenvolvimentoO Shorts 330 foi desenvolvido pela empresa Short Brothers de Belfast, a partir de seu utilitário de transporte STOL Short Skyvan STOL . O 330 tinha uma maior envergadura e fuselagem do que o Skyvan, enquanto mantinha a seção transversal da fuselagem em forma de quadrado do Skyvan , permitindo-lhe transportar até 30 passageiros, mantendo suas características de pouso em pistas curtas.[1] O 330 entrou em serviço comercial em 1976. Além dos aviões de passageiros, a Shorts também planejou duas versões de carga. O Short 330-UTT (Utility Tactical Transport ; em português Utilitário para Transporte Tático) foi uma versão militar de transporte equipada com um reforço do piso da cabine e portas de paraquedistas, que foi vendida em pequenas quantidades, principalmente, para a Tailândia, que comprou quatro. O Short Sherpa ( não deve ser confundido com o anterior Short SB.4 Sherpa aeronave experimental) é um cargueiro equipado com uma porta/rampa de carga traseira com largura total da fuselagem . Esta versão voou pela primeira vez em 23 de dezembro de 1982,[2] com o primeiro pedido de 18 aeronaves sendo feito pela Força Aérea dos Estados Unidos em março de 1983. Essas aeronaves foram distribuídas ao Comando Militar de Transporte Aéreo (MAC) para a tarefa da aeronave do sistema de distribuição europeu (EDSA), transportando carga e pessoal entre as bases das Forças Aéreas dos Estados Unidos na Europa (USAFE). Nas Forças Armadas dos EUA, o Short 330 foi designado C-23A Sherpa. O C-23B Sherpa era semelhante ao C-23A, mas com janelas na cabine.[3] A versão derivada C-23B+ Short 360 foi criada através da substituição da fuselagem traseira de Shorts 360 obtidos no mercado de segunda-mão, pela cauda dupla traseira e rampa de carregamento do Short Sherpa. O C-23 foi produzido nas instalações da Short Brothers em Belfast, Irlanda do Norte, para o Departamento. da Defesa dos EUA.[4] Histórico operacionalForça Aérea dos EUAO C-23A Sherpa entrou em serviço na Força Aérea dos Estados Unidos na Europa em 1985 na Base Aérea de Zweibrücken . Ele continuou em uso no EDSA até novembro de 1990. Com o pós-guerra fria e as reduções de forças, todos os Sherpas foram devolvidos para os Estados Unidos; três aeronaves foram entregues para Escola de Pilotos de Teste da USAF em Edwards AFB, oito aeronaves foram entregues ao Exército dos EUA e os restantes sete para o Serviço Florestal dos Estados Unidos. A aeronave da Escola de Pilotos de Teste aeronaves foi retirada de serviço em 1997. Exército dos EUAOs oito aviões oriundos da USAF foram usados para teste de funções em unidades diferentes; dois foram re-designados como JC-23A. O Exército comprou quatro aeronaves civis Short 330 para substituir o DHC C-7 Caribou a ser utilizado para apoiar o Campo de Mísseis em Kwajalein . Estas não receberam designação de C-23, e foram aposentadas em 1992. Em 1988, o Exército encomendou dez novos Shorts 330s designados C-23B para substituir o DHC C-7 Caribou que tinha sido retirado de serviço pelo Exército dos EUA, da Guarda Nacional de Aviação Atividade de Reparo e de Depósitos. Em 1990, mais seis foram encomendados. Quando o Exército quis mais 20 C-23s, em 1990, a linha de produção tinha sido fechada; aeronaves Short 360 usadas foram adquiridas em vez disso. Designado o C-23B+, estes foram modificados a partir do original de cauda única para o de cauda dupla e carga rampa como os outros C-23Bs. Em 1994, mais oito aeronaves foram convertidas para substituir o DHC UV-18 Twin Otters usados no Alasca. Durante a Guerra do Iraque (2003-2011), o C-23, o Exército usou-o intra-teatro para atender suas necessidades de carga e de transporte de pessoal. É uma alternativa econômica para o transporte de cerca de 20 pessoas ou três paletes de carga quando a velocidade não era fator crítico.[5] Como parte programa Constant Hawk de coleta de informações do Exército dos Estados Unidos, cinco Short 360 foram modificados para uso no Iraque e voaram no teatro, entre 2006 e 2011. Duas outras aeronaves modificadas colidiram em pleno ar, antes da entrega para o Iraque. A aeronave Constant Hawk não recebeu uma designação militar. Em 13 de junho de 2007, o Alenia C-27J foi selecionado para substituir o C-23 no Exército dos Estados Unidos.[6][7] Um total de 43 C-23s estavam em serviço no Exército dos Estados Unidos em novembro de 2008.[8] O C-23 Sherpa foi retirado do serviço da Guarda Nacional do Exército em janeiro de 2014.[9] Como parte da Lei de Autorização de Defesa Nacional para o Ano Fiscal de 2014, 8 C-23s podem ser transferidos para o Estado do Alasca para operar a partir de pistas rurais curtas para missões de busca e salvamento e transporte médio.[10] Em dezembro de 2014, foi anunciado que a os EUA forneceriam oito aviões para a Estónia, Djibuti, e Filipinas.[11] Serviço Civil e na Guarda Aérea NacionalVários aviões excedentes foram vendidos para operadores americanos,[12] que os utilizam para o transporte de equipamentos e equipes para locais de trabalho remotos. Outros, foram usados por unidades da Guarda Nacional Aérea em vários estados dos EUA. Em 3 de março de 2001, um C-23B Sherpa pertencente ao 171º Regimento de Aviação da Guarda Nacional do Exército da Flórida estava transportando 18 trabalhadores da construção civil de Hurlburt Field (Flórida), para a Naval Air Station Oceana (Virgínia). O piloto deixou o cockpit de voo para usar o banheiro de ré. O seu peso no no compartimento traseiro deslocou o centro de gravidade suficiente (mais tarde cálculos determinaram que a aeronave havia sido carregada fora do seu envelope operacional no início do voo) de forma que o avião tornou-se instável quando uma turbulência severa foi encontrada. As violentas variações de força-g, em seguida, levaram a inconsciência da tripulação e causou o rompimento da aeronave em voo perto de Unadilla, Geórgia, matando 21 pessoas a bordo.[13] Exército BrasileiroO Comando Logístico do Exército Brasileiro (EB) começou o processo para a aquisição de quatro aeronaves C-23+ Sherpa através do Programa Foreign Military Sales (FMS), dos Estados Unidos. Segundo portaria nº 067 do Comando Logístico do EB divulgada no dia 9 de agosto de 2017,[14] as aeronaves serão destinadas “ao emprego nas missões de Apoio Logístico; de Apoio ao Combate; de transporte de pessoal e suprimento, em especial, para os Pelotões Especiais de Fronteira (PEF); e de coordenação e cooperação com agências, para a atuação em toda a Região Amazônica, áreas do Comando Militar da Amazônia, Comando Militar do Norte e Comando Militar do Oeste e, eventualmente, também em outras regiões do país”. O Comando Logístico materializou essa decisão com a apresentação do pedido oficial das aeronaves, na Letter nº 39/Bld/Seç Bld/DMat - Brazilian Army Letter of Request for 4ea C-23B+ SHERPA aircraft by the Excess Defense Articles (EDA) - Grant program with the U.S. Army Foreign Military Sales (FMS), de 3 de abril de 2017. Ainda de acordo com o EB, a decisão foi tomada com base no relatório técnico feito em fevereiro deste ano, que mostrou que a aeronave vai representar economia de quase 40% do valor gasto atualmente para as missões. “O valor gasto anualmente em transporte aéreo pela 12ª RM (na contratação de empresas aéreas regionais civis) poderá ser aplicado nas Anv C-23B+ SHERPA. Os cálculos mostram que o preço do quilograma transportado pelo C-23B+ SHERPA é de cerca de 39% (trinta e nove por cento) menor que o transportado pela empresa aérea civil, contratada pela 12ª RM”. O objetivo é adquirir as aeronaves até 2021 e que vão operar na Força Terrestre por 15 anos. “Por suas características técnicas, a aeronave C-23B+ SHERPA pode cumprir as missões de Apoio Logístico com vantagens operativas e com custo consideravelmente inferior ao da atual frota de helicópteros da Aviação do Exército. Uma consulta a um operador americano das Anv C-23B+ SHERPA apresentou um custo da hora de voo, muito baixo, cerca de ¼ (um quarto) do valor médio da hora de voo dos atuais helicópteros da Aviação do Exército”, diz o documento. Segundo o documento, o programa vai prever modernização das aeronaves, treinamento de militares e suporte por pelo menos cinco anos. A aquisição faz parte do planejamento do EB de reativar a aviação de asa fixa até 2019. [15] A autorização legal para o Exército operar aviões foi recebida por decreto presidencial em 6 de junho de 2020. A decisão imediatamente recebeu críticas pesadas de oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) e mesmo alguns do Exército, argumentando que a situação orçamentária não justifica o investimento e o correto seria recuperar os aviões de transporte parados da FAB. Apenas dois dias depois, o decreto foi revogado, impedindo a ambição do Exército de recuperar sua aviação de asas fixas e cancelando a compra das aeronaves.[16][17][18] Variantes
Operadores
Operadores CivisAntigos aviões do Exército e da Força Aérea dos EUA foram vendidos para operadores civis, incluindo:
Aeronaves em exposição
EspecificaçõesC-23ACaracteríisticas gerais
Desempenho
C-23-B/CCaracterísticas gerais
Desempenho
Referências
Ligações externas |