Suecos
Os suecos (em sueco: svenskar) são um povo escandinavo que habita a Suécia, um país situado no lado leste da Península da Escandinávia. Falam maioritariamente o sueco, uma língua germânica. A maioria é protestante de matriz luterana.[1][2][3] A população total da Suécia ascendia a 9 875 378 habitantes em 31 de março de 2015. A esperança média de vida está atualmente acima dos 80 anos - 84 anos para as mulheres e 80 para os homens, sendo a mais elevada na Halândia e a menos elevada em Bótnia Setentrional. Em 1800, cerca de 90% dos habitantes do país viviam no campo. Hoje vivem mais de 85% nas cidades.[3][4][5] Entre 1850 e 1930, emigrou para os Estados Unidos mais de 1 milhão e meio de Suecos. Depois do fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, a Suécia recebeu pelo contrário um elevado número de imigrante, que atualmente constituem uns 15% da população.[6][3] Num sentido mais abrangente, são suecos todos aqueles que têm a cidadania sueca, incluindo por consequência os suecos residentes no estrangeiro (utlandssvenskar), os imigrantes naturalizados suecos, assim como os suecos falantes de línguas minoritárias oficiais da Suécia.[7][8] Minorias nacionais da SuéciaAs minorias nacionais suecas, com língua oficialmente reconhecida, são:[9]
Origem genéticaOs suecos dos nossos dias são o resultado de sucessivas vagas de migrantes chegadas à Suécia, ocorridas sobretudo durante a Idade da Pedra e a Idade do Bronze.[10][11][12][13][14][15][16] A primeira vaga teve lugar quando os glaciares que cobriam a península da Escandinávia começaram a derreter há uns 17 000 anos atrás. Os primeiros grupos de caçadores nómadas da Idade da Pedra, originários do Médio Oriente via Balcãs e Europa Central (haplogrupo I), entraram na Escandinávia há uns 13 000 anos, atraídos pelas renas e outras presas de caça de maior porte.[17] Numa segunda vaga, há uns 6 000 anos, chegaram os primeiros agricultores da Idade da Pedra, provenientes da Síria e Turquia dos nossos dias (haplogrupo R1b), seguidos 1 000-2 000 anos depois pelos pastores da Ásia (haplogrupo R1a).[18] A vaga seguinte era composta por agricultores da Idade do Bronze (haplogrupo I1), vindos das estepes russas através da Alemanha.[19] Nas ondas migratórias da Idade do Ferro chegaram grupos provenientes da Ásia (haplogrupo N), que se estabeleceram na Finlândia e no Norte da Suécia, aí encontrando por sua vez pequenas vagas do Sul da Suécia.[20] Embora a base principal da população da Suécia esteja nestas três grandes correntes migratórias da Pré-história - caçadores da Idade da Pedra, agricultores da Idade da Pedra e agricultores da Idade do Bronze - o acolhimento de novos grupos continuou até aos nossos dias. Com o advento da Era Viquingue, os Escandinavos trazem para a Suécia escravos e imigrantes das suas expedições às costas da Escócia, Irlanda Inglaterra e até Norte de África.[21] A chegada do cristianismo e a entrada na esfera medieval europeia, trouxe às poucas cidades existentes no país nos séculos XII e XIV um considerável número de comerciantes e artesãos alemães.[22] Nos séculos XVI e XVI, houve uma importante imigração de camponeses finlandeses para as florestas da Suécia Central, e no século XVII, em menor número, de Valões da atual Bélgica para trabalhar na indústria do ferro.[23] No auge da sua potência – na época do Império Sueco – o país atraiu inúmeros escoceses, holandeses, ingleses, finlandeses e bálticos.[24] Nos séculos XVII e XIX, a industrialização e os acontecimentos políticos, trazem para a Suécia novos habitantes, desde uma nova família real de origem francesa, a novos grupos de alemães, holandeses e escoceses. Os primeiros judeus, vindos da Alemanha, começam a estabelecer-se no país, sendo o seu número reforçado com novos grupos fugindo às perseguições religiosas e ao genocídio nazista. Novas leis muito severas para com os ciganos, revelam que estes já estavam no país desde o século XVI.[25] Finalmente em meados do século XX, a modernização do país atrai grandes grupos de trabalhadores vindos da Finlândia, Itália, Grécia, Turquia e Jugoslávia. Com o recrudescer dos conflitos em África e no Médio Oriente, e já no dealbar do século XXI, numerosos refugiados procuram a Suécia, vindos da Somália, Síria, Iraque, Irão, Afeganistão, Eritreia, etc.[26] Ver tambémReferências
Ligações externas
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