Tétrico II
Caio Pio Esúvio Tétrico (em latim: Caius Pius Esuvius Tetricus), conhecido apenas como Tétrico II, foi césar do Império das Gálias de 273 até 274. Era filho do imperador Tétrico I (r. 271–274), porém o nome de sua mãe e a data de seu nascimento são incertos. Em 273, foi elevado à posição de césar para acrescer a legitimidade ao trono de seu pai e talvez tenha sido elevado meses depois a augusto, mas isso é disputado. Compartilhou em 1 de janeiro de 274 o consulado com seu pai e em fevereiro ou março eles foram capturados ou se renderam ao imperador Aureliano (r. 270–275) após a vitória deste na Batalha de Châlons. Foram paradeados em Roma no triunfo de Aureliano, mas perdoados e Tétrico II seguiu uma promissora, mas quase desconhecida, carreira senatorial. BiografiaTétrico II era filho do imperador Tétrico I (r. 271–274) e tinha exatamente o mesmo nome que seu pai: Caio Pio Esúvio Tétrico. Tanto a data de seu nascimento como o nome de sua mãe são incertos. Em 273, seu pai elevou-o a césar para acrescer sua legitimidade ao trono;[1] uma inscrição de Beterras (atual Béziers) associa Tétrico II ao segundo período tribunício de seu pai, movendo a data de volta para 271/272, mas isso pode ser resultado de um erro do gravador.[2] Seu pai pode também o ter elevado a coimperador nos últimos dias de seu reinado, mas isso é disputado.[3][4] A não fiável História Augusta diz que Tétrico I elevou seu filho em data inespecífica na biografia de Aureliano, mas nem Sexto Aurélio Vítor nem Eutrópio citam o suposto evento.[5] Em sua nomeação, também foi feito príncipe da juventude. Em 1 de janeiro de 274, entrou em Augusta dos Tréveros em seu primeiro consulado, que compartilhou com seu pai.[6] Algumas moedas de Tétrico cunhadas em 274 apresentam uma legenda que talvez possa aludir à elevação de Tétrico II, mas dada as circunstâncias do período e outras características presentes nas mesmas moedas hoje se pensa que podem ter sido emitidas numa tentativa de assegurar uma aliança com Aureliano ao reconhecê-lo como seu igual em vez de rival, algo que Caráusio faria no fim do século para tentar assegurar a paz com Diocleciano e Maximiano.[7] No início de 274, o imperador Aureliano (r. 270–275) marchou ao norte da Gália, ao mesmo tempo em que seu pai liderou suas tropas ao sul de Augusta dos Tréveros para confrontá-lo. Com a derrota gaulesa na Batalha de Châlons de fevereiro ou março,[1] Tétrico I e Tétrico II se renderam. Com a rendição, o Império das Gálias foi reincorporado no Império Romano e Aureliano entrou em triunfo em Roma[8] com muitas carroças, vinte elefantes, duzentas feras (tigres, girafas, alces, etc.), oitocentos gladiadores e cativos de várias tribos bárbaras.[9] Foram paradeados com Zenóbia, líder do recém-conquistado Império de Palmira,[10] mas não foram postos em correntes, usando bragas (calças gaulesas) em seu lugar.[11] De acordo com Aurélio Vítor, ainda que paradeado, Tétrico II foi depois perdoado e o seu estatuto senatorial foi restaurado, ocupando vários cargo senatoriais. Diz-se também que era muito inteligente e que nenhum outro senador foi tão altamente estimado quanto ele em sua vida.[6][12] Referências
Bibliografia
Ligações externasMedia relacionados com Tétrico II no Wikimedia Commons
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