No ano 140 DC, 20 anos após a Nona Legião Romana ter desaparecido no norte da Bretanha, acontecimento tido como uma derrota humilhante que levou à construção da Muralha de Adriano, o jovem centurião romano Marcus chega como o novo comandante da guarnição. O pai de Marcus era o líder da legião e desapareceu junto com 5 mil homens e o estandarte da Águia, provavelmente numa batalha contra os nativos celtas, o que causou desonra à família dele. E Marcus agora quer descobrir o que aconteceu e tentar restaurar o nome da família. Mas num ataque à guarnição é seriamente ferido e perde o posto de comando. Recuperando-se com a ajuda de um tio que vivia em Calleva, Marcus resolve partir com o escravo bretão Esca para investigar os rumores de que a águia estaria sendo cultuada por uma das tribos de guerreiros selvagens. Mas, além dos perigos da terra desconhecida, Marcus ainda deverá lidar com o rancor de Esca, cujo pai era rei de outra tribo nativa, os Brigantes.
As filmagens começaram em 24 de agosto de 2009 na Hungria,[5][6] para simular a antiga Inglaterra. Em outubro, a produção mudou para a Escócia, em Wester Ross e Loch Lomond, dentre outros lugares.[4] O filme custou cerca de 15 milhões de libras[4] ao produtor Duncan Kenworthy da Toledo Productions e foi cofinanciado pela Focus Features e Film4. Kevin Macdonald dirigiu a partir de um roteiro de Jeremy Brock, que adaptou romance histórico de Rosemary Sutcliff. O diretor de fotografia foi Anthony Dod Mantle, o diretor artístico foi Michael Carlin e os figurinos de Michael O'Connor. Justine Wright foi a editora.[5] No Festival de Filmes de Cannes de 2009, The Eagle of the Ninth assegurou a distribuição mundial.[4]
Macdonald queria que o filme fosse historicamente autêntico mas como pouco se sabia sobre as tribos que lutaram contra Roma — ao contrário de celtas, provavelmente Pictos— ele fez concessões. Por exemplo, o dialeto falado no filme é o Gaélico, provavelmente não usado na região antes do século V.[7] A Linguagem Picta era a mais provável.[4] "Foi o melhor que pudemos fazer" disse Macdonald. "Todos vocês podem criar com poucas pistas e acreditarem em seus instintos. Desse jeito, ninguém pode falar que estava errado".[7] Apenas 1% dos escoceses falam gaélico, ou seja, 60 mil pessoas. Em agosto de 2009, muitos meninos foram entrevistados para o papel de um nativo do povo celta, entre nove e doze anos, sem sucesso.[4] Daí Macdonald abriu entrevistas em Glasgow.[4] E assim foi escolhido o menino de nove anos Thomas Henry de Newbarnsley, Belfast, educado no Gaélico Irlandês.
Macdonald descreveu sua ideia do povo nativo (tribo Leão Marinho):[7]
Eles são mais índios do que os celtas, que viviam no sul ... Provavelmente pequenos e escuros como os esquimós, vivendo de leões marinhos e vestindo peles desses animais. Nós criamos a cultura não como uma das conhecidas, mas que fosse convincente como sendo possível ter existido. Nós nos baseamos em pistas colhidas em lugares como Skara Brae e Tumba das Águias em Orkney, daí desenvolvemos símbolos pagãos, como o leão marinho e a águia. A razão deles terem tomado o estandarte romano era porque a águia era também um símbolo sagrado pagão.[7]
Achiltibuie, uma vila ao norte da Escócia, foi usada para a locação da tribo do "Povo Leão Marinho". As filmagens começaram em 7 de outubro de 2009, e terminaram em 15 de outubro do mesmo ano. A principal locação foi em Fox Point, Old Dornie. A vila Picta foi construída em Fox Point para a maior parte das filmagens. Outros cenários incluem a praia Achnahaird e Loch Lurgainn. Macdonald queria usar os habitantes como figurantes. Os papeis deles foram "guerreiros", "princesas" e "anciões".
Ao contrário dos filmes de Hollywood sobre o Império Romano, Macdonald disse que os romanos seriam atores americanos e os inimigos, atores britânicos[8] Os romanos foram interpretados por norte-americanos "para termos um pouco de simbolismo contemporâneo" [7] com Bell usando seu sotaque nativo e o gaélico escocês como se fosse a linguagem picta.[9]
De acordo com Channing Tatum, os atores treinaram de 4 a 5 horas por dia para cada papel.[10]
Apesar da maior parte do filme seguir a trama do livro, com poucas modificações e compactações, foram introduzidas cenas violentas num romance escrito para crianças.