Esta temporada apresentou os personagens principais e estabeleceu o enredo geral, que gira em torno do gerente regional Michael Scott (Carell) tentando convencer os telespectadores de que ele lidera um escritório feliz e bem administrado. Enquanto isso, o representante de vendas Jim Halpert (Krasinski) faz pegadinhas contra seu colega, Dwight Schrute (Wilson); a recepcionista Pam Beesly (Fischer) tenta lidar com as insensibilidades e falhas de Michael; e o funcionário temporário Ryan Howard (Novak) observa a insanidade ao seu redor.
Originalmente, os episódios de The Office foram ao ar às 21h30 nas terças-feiras. A temporada estreou com altos números de audiência e recebeu críticas moderadamente positivas, com exceção do piloto. Apesar de algumas avaliações positivas, a maioria dos especialistas argumentaram que o piloto tratava-se de uma cópia integral da versão britânica. A Universal Studios Home Entertainment lançou a temporada em um único DVD em 16 de agosto de 2005. O DVD continha todos os seis episódios, junto com comentários do diretor, roteiristas e atores sobre a maioria dos episódios, bem como cenas excluídas.
Produção
A primeira temporada foi produzida pela Reveille Productions e Deedle-Dee Productions, ambas em associação com a NBC Universal Television Studios. O programa é baseado na série britânica criada por Ricky Gervais e Stephen Merchant e possui produção executiva de Greg Daniels, junto com os produtores consultores Larry Wilmore[1] e Lester Lewis.[2] Os roteiristas incluem Daniels, Gervais, Merchant e Michael Schur,[3] além de Mindy Kaling, Paul Lieberstein e B. J. Novak, que escreveram três episódios e também interpretam personagens. Nesta temporada, Schur foi co-produtor, Kaling foi redator, Lieberstein era produtor consultor e Novak editor executivo. O primeiro episódio, "Pilot", foi baseado na versão britânica, com muitas cenas copiadas integralmente e algumas piadas sendo adaptadas por Daniels.[4]
The Office contou com uma "equipe de diretores" freelancers, com a primeira temporada possuindo cinco. Ken Kwapis dirigiu os dois primeiros episódios, "Pilot" e "Diversity Day", e dirigiria outros onze ao todo, incluindo o final da série. Ken Whittingham, que trabalhou em "Health Care", iria repetir a ocupação em mais oito episódios no total. Daniels produziu e dirigiu "Basketball". A temporada foi quase inteiramente filmada em um escritório real em Los Angeles, Califórnia. Além disso, a cidade de Scranton, Pensilvânia, onde se passa o programa, também foi gravada para a abertura.[5]
Muitos personagens presentes em The Office são baseados na versão britânica da série. Embora esses papéis recebam a mesma personalidade que suas contrapartes, eles foram redesenhados para melhor se adequarem na sociedade dos Estados Unidos. O programa possui um elenco grande e muitos são conhecidos por seu trabalho de improvisação.
Principal
Steve Carell como Michael Scott, gerente regional da filial da Dunder Mifflin em Scranton.[6] Baseado em David Brent, papel de Gervais na versão britânica, Scott é um homem estúpido e solitário, que tenta ser amigo dos funcionários do escritório fazendo piadas inapropriadas.[7]
Rainn Wilson como Dwight Schrute, que, baseado em Gareth Keenan, é o orgulhoso e bajulador assistente do gerente regional.[8]
John Krasinski como Jim Halpert, um representante de vendas baseado em Tim Canterbury. Além de realizar pegadinhas frequentes, é apaixonado por Pam.[9]
Devon Abner como Devon White, responsável pela relação com fornecedores.[12]
Convidados
Toby Huss como a voz de Todd Packer, um caixeiro-viajante idiota e melhor amigo de Michael (David Koechner interpretaria o personagem em temporadas posteriores).[13]
Larry Wilmore como Mr. Brown, um consultor que chega para ensinar ao escritório sobre tolerância e diversidade.[12]
Amy Adams como Katy Moore, uma vendedora de bolsas.[12]
Transmissão e recepção
Audiência
O primeiro episódio de The Office conquistou mais de onze milhões de telespectadores, com a NBC permanecendo em terceiro lugar durante sua exibição.[14][15] O piloto foi ao ar numa quinta-feira à noite, já o segundo episódio foi transferido para terça-feira, permanecendo até o final. The Office perdeu audiência com a alteração, caindo para menos de 6 milhões de telespectadores, pouco mais da metade da exibição anterior.[16][17] Seu último episódio, "Hot Girl", recebeu uma das piores audiências da história do programa, com apenas 2,2 milhões de espectadores e 10% de share.[18] Após o fracasso, muitos críticos previram erroneamente que "Hot Girl" serviria como o final da série.[18] Ao todo, a temporada teve uma média de 5,4 milhões de telespectadores, ficando em 102º lugar entre os programas de maior audiência na temporada 2004-2005 da televisão estadunidense.[19]
Críticos
A estreia da série, "Pilot", recebeu críticas mistas.[20] Após os primeiros episódios, os críticos argumentaram que The Office seria outra versão fracassada de uma comédia originalmente do Reino Unido, comparando o programa com a versão estadunidense de Coupling.[21] O jornal The Deseret Morning News compartilhava esse pensamento e escreveu que "talvez, depois de The Office ter uma morte rápida na NBC, a emissora decidirá que tentar americanizar as comédias da televisão britânica não é uma boa ideia".[22]The New York Daily News afirmou que a série "não era ousada nem engraçada", acrescentando que "a versão da NBC está tão diluída que resta pouco além de água lamacenta".[23]The Los Angeles Times argumentou que Steve Carell, que interpreta Scott e também apareceu no filme Anchorman: The Legend of Ron Burgundy, era "muito cartoon" e que a "tristeza por trás dos personagens" estava "perdida na tradução".[23]
Apesar dessas críticas, alguns episódios receberam avaliações positivas. A temporada teve pontuação 62 de 100 no Metacritic, que atribui uma média ponderada, com "avaliações geralmente favoráveis".[24] A revista Time escreveu que "é irônico que a sitcom mais original da NBC em anos seja um remake, mas quem se importa? The Office é uma abordagem ousada e inabalável sobre as tensões no local de trabalho".[20]Boston.com afirmou que a primeira temporada foi "boa" e que a diferença dos personagens originais aumentou a popularidade da série.[25] Rob Owen do Pittsburgh Post-Gazette declarou que, embora a NBC tenha fracassado no passado com Coupling, The Office tinha obtido sucesso.[26]Entertainment Weekly concedeu à temporada um "B+" e escreveu que a série "é inteligente e insular, capturando todo o trabalho penoso, constrangimento e rivalidade da vida em escritórios" e que os últimos cinco episódios mostraram que o programa "cruzou o lago com facilidade".[27]
Além disso, "Diversity Day", seu segundo episódio, foi considerado um dos melhores de toda a série. O TV Guide nomeou-o o décimo nono melhor episódio de todos exibidos na televisão em 2009.[28] A revista Rolling Stone nomeou a cena em que Michael mostra ao escritório seu vídeo sobre diversidade racial como o terceiro melhor momento do programa.[29]
Prêmios
Em seu primeiro ano, The Office foi indicado a vários prêmios, incluindo três Writers Guild of America Award. Isso inclui indicações para Melhor Roteiro em Série de Comédia e Melhor Roteiro em Nova Série. Além disso, por seu trabalho no "Diversity Day", B. J. Novak foi indicado na categoria Melhor Roteiro em Episódio de Comédia.[30]
A controversa imitação de Michael de uma piada de Chris Rock força a equipe a se submeter a um seminário sobre diversidade racial. Um consultor (Larry Wilmore) chega para ensinar a equipe sobre tolerância e diversidade, mas Michael insiste em transmitir suas próprias informações, irritando tanto o consultor quanto todo o pessoal do escritório. Ele eventualmente atribui a cada membro da equipe um papel com uma etnia diferente, reforçando os esteriótipos. Enquanto isso, Jim luta para manter uma lucrativa extensão de contrato, mas Dwight faz a venda antes. No entanto, quando Pam adormece no ombro de Jim no final da reunião, ele conclui que "não foi um dia ruim".
Em um esforço para economizar dinheiro e evitar demissões, Michael encarrega Dwight de escolher o novo plano de saúde da empresa. O plano escolhido reduz benefícios, para desgosto dos outros funcionários. Na tentativa de acalmá-los, Michael promete uma surpresa a todo o escritório e depois passa o resto do dia lutando para cumprir sua promessa. Os funcionários esperam pela surpresa de Michael, que ele, desajeitadamente, nunca entrega. Enquanto isso, Jim e Pam se divertem enganando Dwight com falsas doenças.
À medida que circulam rumores de redução de pessoal, a paranóia toma conta dos membros do escritório. Dwight forma uma aliança com Jim contra os outros funcionários — mais tarde adicionando Pam também. Enquanto isso, Michael organiza uma festa de aniversário para animar Meredith Palmer (Kate Flannery), embora falte mais de um mês para o aniversário dela. Michael fica angustiado escrevendo o cartão de aniversário perfeito e, no final, faz uma piada sobre demissão, arruinando a festa.
A equipe do escritório enfrenta os trabalhadores do depósito em um jogo de basquete para decidir quem deve trabalhar no sábado. Através de ideais racistas e sexistas, Michael escolhe os trabalhadores menos qualificados. Ele alega que sofreu uma "falta pessoal intencional", interrompe o jogo e declara seu time vencedor. O pessoal do depósito considera a decisão injusta e Michael cede à pressão, concedendo a vitória. Tentando animar a equipe, ele afirma que não devem ir no sábado também, já que um dia adicional não impediria a demissão.
Quando uma atraente vendedora de bolsas chamada Katy (Amy Adams) chega ao escritório, Michael e Dwight disputam sua atenção. Enquanto isso, a sede da Dunder Mifflin envia US$ 1.000 como prêmio para o melhor vendedor de escritório, mas Michael gasta o dinheiro em uma máquina de café expresso, tentando impressionar Katy. No entanto, no final ela sai com Jim, devastando Michael e Dwight.
↑Adalian, Josef (5 de julho de 2005). «WB Finds King of 'Kings'». Daily Variety. Consultado em 5 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 9 de abril de 2016
↑ abThe Office: The Complete First Season (back cover). Ken Kwapis, et al. NBC
↑Lacey, Gord (1 de junho de 2005). «Head to "The Office This Summer». TV Shows On DVD. Consultado em 10 de março de 2008. Arquivado do original em 4 de fevereiro de 2008