Tito Flávio Sabino (cônsul em 47) Nota: Para outros significados, veja Tito Flávio Sabino.
Tito Flávio Sabino (em latim: Titus Flavius Sabinus; 8–20 de dezembro de 69 (61 anos)) foi um político e general romano nomeado cônsul sufecto para o nundínio de julho a agosto de 47 com Cneu Hosídio Geta. Nativo de Reate, Sabino era o filho mais velho de Tito Flávio Sabino e Vespásia Pola e irmão do futuro imperador Vespasiano. CarreiraSabino foi mencionado pela primeira vez no reinado de Cláudio, em 45, quando serviu como legado sob o comando de Aulo Pláucio na invasão da Britânia com Vespasiano.[1] Depois da campanha, Sabino foi nomeado cônsul sufecto em 47,[a][2] governou a Mésia por sete anos e finalmente foi prefeito urbano de Roma pelos últimos onze anos do reinado de Nero (57-68). Com a ascensão de Galba, em 68, ele foi substituído por Aulo Ducênio Gêminio[3]. Com a morte dele e a ascensão de Otão em janeiro do ano seguinte, Sabino foi reinstaurado.[4] É possível que Sabino tenha participado da Conspiração pisoniana contra Nero, mas se foi, nunca chegou a ser preso.[5] Sabino foi um importante aliado de seu irmão. Quando Vespasiano se viu em dificuldades financeiras durante seu mandato como procônsul da África, Sabino emprestou-lhe o dinheiro necessário e, quando Vespasiano foi prefeito da Judeia, Sabino foi uma importante fonte de informações para ele sobre a situação em Roma. Depois da morte de Otão, Sabino ordenou que as coortes urbanas jurassem fidelidade a Vitélio numa tentativa de evitar um banho de sangue. Em paralelo, o cônsul Tito Flávio Sabino, provavelmente um sobrinho de Sabino, ordenou que as tropas no norte da Itália fizessem o mesmo. Estes atos permitiram que Sabino mantivesse o posto de prefeito urbano durante o breve reinado de Vitélio.[6][7] Logo depois, as legiões romanas do oriente se declaram a favor de Vespasiano, que começou sua marcha para Roma com o apoio de Marco Antônio Primo. Depois que suas tropas foram derrotadas na Segunda Batalha de Bedríaco, Vitélio, desesperado por uma vitória, ofereceu o império a Sabino até que o irmão dele chegasse. Porém, os soldados de Vitélio recusaram o arranjo e Sabino foi cercado no Capitólio com sua família. Os soldados então atearam fogo ao Capitólio e, na confusão subsequente, a família de Sabino conseguiu escapar, mas o próprio Sabino foi capturado e levado até o imperador, que, em vão (e temendo a fúria de Vespasiano), tentou salvá-lo da raiva dos soldados. Sabino foi brutalmente assassinado e seus restos foram atirados no fosso onde eram atirados os corpos dos malfeitores. Quando Caio Licínio Muciano tomou a cidade, o corpo de Sabino foi recuperado e recebeu o funeral de um censor.[8][9][10][11][12] FamíliaA esposa de Sabino não é claramente identificada nas fontes antigas. Alguns estudiosos do cristianismo primitivo afirmaram que ela se chamava Pláucia ou Plaucila e era filha de Aulo Pláucio com Pompônia Grecina e possivelmente uma das primeiras convertidas ao nascente cristianismo; nestes relatos, a Plaucila que emprestou seu véu a São Paulo era filha de Sabino.[13] Uma identificação alternativa foi proposta por Christian Settipani, que sugere que ela era irmã do prefeito pretoriano da época de Calígula, Marco Arrecino Clemente.[14] Sabino provavelmente era o pai de Tito Flávio Sabino, o já citado cônsul em 69.[15] Entre os netos de Sabino estavam Tito Flávio Sabino, cônsul em 82, Tito Flávio Clemente, cônsul em 95 e outro possível convertido ao cristianismo, e Flávia, esposa de Lúcio Cesênio Peto.[16][17] CaráterTácito descreve Sabino como sendo de boa índole e honesto, apesar de propenso a ser gregário demais. Seu fracasso em manter a bem fortificada capital romana durante os dias finais da guerra civil é geralmente atribuído à sua moderação, falta de iniciativa e relutância em sacrificar vidas romanas.[18] Ver também
Notas
Referências
Bibliografia
Ligações externas
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