Tratado de Londres (1915)O Tratado de Londres de 1915, também conhecido como "Pacto de Londres" (em inglês: London Pact e em italiano: Patto di Londra), foi assinado em Londres em 26 de abril de 1915, através da qual a Itália entrou na Primeira Guerra Mundial ao lado da Tríplice Entente. O tratado foi secreto e os países signatários foram: Itália, Grã-Bretanha, França e Império Russo. Sob o acordo, a Itália receberia a áreas habitadas por italianos na Áustria-Hungria, grande parte da costa da Dalmácia e o resto do território dos Balcãs do Império Austro-Húngaro seria dividido entre os três estados independentes: Sérvia, Montenegro e Croácia.[1] Em troca, a Itália concordou em deixar a Tríplice Aliança, que unia os impérios alemão e austro-húngaro, e entrar na guerra ao lado da Entente. A mudança de lados já havia sido acordado no início de setembro de 1914, em um acordo secreto assinado em Londres. A entrada na guerra deveria ocorrer em menos de um mês desde a assinatura do tratado e isso foi feito, com a declaração de guerra dos italianos que foi proclamada em 23 de Maio.
Além disso, embora sem muitos detalhes, prometeu-se à Sérvia:
Os italianos reclamaram que a posse da costa entre Zara e a Istria fossem decididos depois da guerra, ao que aceitaram os países da Entente. Além disso, insistiram que qualquer acordo deveria ser comunicado à Sérvia, o que falhou visto que a Entente enviou uma nota oficial sobre o mesmo em 4 de agosto de 1915, que indicaram seus ganhos territoriais que receberia depois da guerra. O pacto, que deveria ter permanecido em segredo, foi publicado pelos bolcheviques russos após a sua aquisição da Izvestia em novembro de 1917. Na Conferência de Paz de Paris, os italianos expressaram seu desejo de negociar apenas com a Sérvia e Montenegro como aliados durante a guerra, mas não com representantes do inimigo derrotado, uma categoria que englobava representantes do novo Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos. Seu desconforto com a delegação iugoslava foi ainda maior quando se contou entre os seus membros ex-suplentes do Império Austro-Húngaro (como os croatas Ante Trumbić, Josip Smodlaka e o esloveno Otokar Rybář). Um delegado esloveno, Ivan Žolger, foi ainda ministro da Áustria durante a guerra. O acordo foi finalmente revogado pelo Tratado de Versalhes e o presidente dos EUA Woodrow Wilson, que apoiava as aspirações eslavas e não reconheceu o tratado que o seu país não tinha assinado, rejeitou as exigências italianas sobre a costa da Dalmácia.[2] A partição do Tirol foi confirmada no Tratado de Saint Germain. Referências |