Tsuma yo bara no yō ni (妻よ薔薇のやうに,Tsuma yo bara no yō ni? lit. "Minha esposa, como uma rosa") (prt: Que Sejas Como Uma Rosa, Oh, Minha Mulher)[2], também intitulado Kimiko, é um filme de comédia dramática japonês de 1935 dirigido por Mikio Naruse. É baseado em Futari tsuma (二人妻,Futari tsuma? lit. "duas esposas"), uma peça shinpa do dramaturgo japonês Minoru Nakano.[1][3] Além de ser um dos primeiros filmes sonoros de Naruse, ele também foi um dos primeiros longas japoneses lançados nos cinemas dos Estados Unidos.[1][4][5]
Sinopse
Kimiko, uma jovem moderna de Tóquio, mora sozinha com sua mãe, a poetisa Etsuko. Etsuko ainda sofre por Shunsaku, seu ex-marido, que a trocou pela família de Oyuki, uma ex-gueixa, há quinze anos, embora Kimiko se lembre do casamento de seus pais como sendo infeliz. O único contato entre Shunsaku, Etsuko e sua filha se dá através da pensão que ele dá mensalmente. Kimiko viaja para o campo para convencer Shunsaku a retornar para a família, já que o pai de seu namorado Seiji quer conhecê-lo antes de permitir o casamento de Kimiko e Seiji. Contrariando suas expectativas, Shunsaku está feliz com sua nova esposa e seus dois filhos, e Oyuki acaba sendo uma pessoa calorosa, em vez da mulher calculista e egoísta que Kimiko pensou que ela fosse. Ela não só apoia o marido, cujo negócio vai mal, mas também é ela, e não Shunsaku, quem envia o dinheiro para Etsuko e Kimiko. Shunsaku concorda em ir para Tóquio com Kimiko, mas depois de pequenos conflitos entre ele e sua ex-esposa, Shunsaku volta para Oyuki e seus filhos, enquanto Kimiko finalmente aceita que o passado não pode ser revertido.
Naruse havia ingressado nos estúdios PCL (que logo se fundiria com a Toho) apenas no ano anterior, em 1934, insatisfeito com as condições de trabalho na Shochiku.[3]Tsuma yo bara no yō ni recebeu o Prêmio Kinema Junpo de 1936 na categoria Melhor Filme do Ano e estreou em Nova York, em 1937, sob o título Kimiko.[1]
Legado
Até então, historiadores de cinema enfatizam a "sensação alegre e moderna"[4], o "estilo visual inovador" e as "atitudes sociais progressistas" do filme.[6] Ele foi exibido no Museu de Arte Moderna de Nova York em 1985[7] e no Harvard Film Archive em 2005[8] como parte de suas retrospectivas sobre as obras de Mikio Naruse, e na Cinémathèque Française em 2018.[9]
Referências
↑ abcdGalbraith IV, Stuart (2008). The Toho Studios Story: A History and Complete Filmography. Lanham, Toronto, Plymouth: Scarecrow Press. ISBN978-0-8108-6004-9
↑Russell, Catherine (2008). The Cinema of Naruse Mikio: Women and Japanese Modernity. Durham and London: Duke University Press. ISBN978-0-8223-4290-8
↑Jacoby, Alexander (2008). Critical Handbook of Japanese Film Directors: From the Silent Era to the Present Day. Berkeley: Stone Bridge Press. ISBN978-1-933330-53-2