Vítor Coelho de Almeida nasceu em Sacramento, Minas Gerais, filho de Leão Coelho de Almeida, professor, e Maria Sebastiana Alves Moreira.[4]
Após perder a mãe quando tinha 7 anos de idade, passou a ser criado pela avó materna e depois pelo seu tio Vítor, cônego, no Rio de Janeiro, enquanto seu pai exercia sua profissão de professor do ensino primário.[5]
Em 1911, aos 12 anos, ingressou no internato Colégio Santo Afonso, em Aparecida. Foi colocado lá pelo seu tio, que tinha o objetivo de controlar seu temperamento indisciplinado e insubordinado. O então menino Vítor Coelho deixou claro que não queria ser padre, mas o diretor do colégio, Pe. João Batista, o aceitou na instituição mesmo assim.[5]
Vítor quase deixou o seminário, mas declarou sua perseverança por meio de Nossa Senhora Aparecida:
"Atravessei por vezes fortes tentações contra a vocação. Nestas ocasiões, para não dar passo em falso, recorria a Nossa Senhora, punha em suas mãos minha vocação e tudo passava."[5]
Exerceu o noviciado em 1917 na cidade de Perdões (MG), professando seus votos no dia 2 de agosto de 1918. Iniciou seus estudos em Filosofia na cidade de Aparecida, porém viajou à cidade de Gars (Baviera) em 1920 para concluir seus estudos, dedicando-se em seguida à Teologia. Seus estudos teológicos foram perturbados ao contrair tuberculose pela primeira vez, em 1921, porém, conseguiu terminá-los. Em 1923, recebeu sua ordenação sacerdotal na Congregação do Santíssimo Redentor (Redentoristas), celebrando sua primeira missa em Forcheim, também na região da Baviera.[5]
Vítor Coelho dedicou anos de sua vida à catequese por meio do rádio. Foi "rádio-apóstolo" da rádio ZYL-6 da cidade de Campos do Jordão e da Rádio Aparecida, onde permaneceu por 36 anos, de 1951 até sua morte.[5][6]
Faleceu aos 87 anos de idade, no dia 21 de julho de 1987, em Aparecida, após ser vitimado por um edema pulmonar.[5][6]
Beatificação
Em 1998, onze após seu falecimento, foi iniciado seu processo de beatificação.[5] Em 2006, foi encerrada a fase diocesana do processo, onde diversos documentos e um detalhado inquérito sobre a sua vida, obra e legado fora remetido à Congregação para a Causa dos Santos.[7] Em 2022, Padre Vítor foi declarado venerável pelo Papa Francisco.[8]