Em 1852, pouco depois de Napoleão III se tornar imperador de França, este fez uma proposta de casamento aos pais de Adelaide. Apesar de o imperador francês nunca a ter conhecido, as vantagens políticas de tal união eram óbvias. Iria dar importância dinástica à linha Bonaparte e facilitar uma boa aliança política com a Grã-Bretanha, visto que Adelaide era sobrinha da rainha Vitória, além do facto de não ser um membro oficial da família real britânica, o que facilitaria a aceitação do pedido. Adelaide apenas se teria de converter ao catolicismo.
No entanto, a proposta horrorizou a rainha Vitória e enfureceu o príncipe Alberto que preferia não conferir tanta legitimidade e de forma tão rápida ao mais recente regime "revolucionário" francês - cuja durabilidade parecia duvidosa - e muito menos oferecer uma parente sua tão jovem para esse propósito. A corte britânica manteve-se em silêncio para com o Hohenlohe durante as negociações de casamento, pelo que estes não sabiam se a rainha estava entusiasmada ou sentia repulsa pela ideia de ter Napoleão como marido da sua sobrinha.
No final os pais de Adelaide acabaram por interpretar o silêncio britânico como um sinal de que não gostavam da proposta dos franceses para tristeza da sua filha de dezasseis anos. A pausa nas negociações pode ter sido apenas uma manobra para que os Hohenlohe conseguissem outras ofertas de França para que pudessem assegurar um futuro desafogado para a filha, mas antes de os seus ministros conseguirem fazer mais propostas, Napoleão acabou por desistir da proposta. Em vez disso o imperador casou-se com Eugénia de Montijo a quem já tinha pedido para ser sua amante, mas que o tinha recusado.[2]