Agonista inversoNo campo da farmacologia, um agonista inverso é um agente capaz de se ligar ao mesmo receptor que um agonista, mas induzindo uma resposta farmacológica oposta. Um pré-requisito para a ação de um agonista inverso é a existência de uma atividade constitutiva (também conhecida como intrínseca ou basal) na ausência de qualquer ligante. Um agonista aumenta a atividade do receptor, superando o nível basal, enquanto o agonista inverso joga o nível de atividade para baixo do basal. Um antagonista neutro não possui atividade alguma na ausência de um agonista ou agonista inverso, mas pode bloquear a atividade de ambos.[1] A eficácia de um agonista total é, por definição,100%, a de um antagonista neutro é de 0% e a de um agonista inverso é < 0% (negativa). ExemplosUm exemplo de receptor que possui níveis basais de atividade e para os quais já foram identificados agonistas inversos são os receptores GABAA. Agonistas do receptor GABAA geram um efeito sedativo, enquanto agonistas inversos possuem efeitos ansiogênicos (como o Ro15-4513) ou até convulsivos (certas beta-carbolinas).[2][3] Dois agonistas inversos endógenos conhecidos são o peptídeo relacionado a Agouti (AgRP) e o peptídeo sinalizador de Agouti (ASIP). Ambos ocorrem naturalmente em humanos e eles se ligam aos receptores de melanocortina 4 e 1 (Mc4R e Mc1R), respectivamente, com afinidades da ordem de nanomolar.[4] Os antagonistas opióides naloxona e naltrexona são também agonistas inversos parciais dos receptores opióides to tipo mu. Ver tambémReferências
Ligações externas
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