Os pilotos da Alfa Romeo conquistaram os dois primeiros Campeonatos Mundiais de Pilotos: Giuseppe Farina em 1950; e Juan Manuel Fangio em 1951. Porém, após estes sucessos, a empresa se retirou da Fórmula 1. Durante a década de 1960, embora a empresa não tivesse presença oficial na Fórmula 1, várias equipes utilizaram motores Alfa Romeo desenvolvidos de forma independente para alimentar os seus carros. No início da década de 1970, a Alfa forneceu suporte de Fórmula 1 ao seu piloto de trabalho Andrea de Adamich, fornecendo versões adaptadas de seu motor V8 de 3 litros do carro esportivo Alfa Romeo Tipo 33/3 para impulsionar a McLaren de Adamich em 1970 e para a March em 1971. Nenhuma dessas combinações de motores marcou pontos no campeonato. Em meados da década de 1970, o engenheiro da Alfa Romeo, Carlo Chiti, projetou um motor flat-12 para substituir o T33 V8, que obteve algum sucesso ao conquistar o Campeonato Mundial de Resistência de 1975. Bernie Ecclestone, então proprietário da equipe Brabham, convenceu a Alfa Romeo a fornecer este motor gratuitamente para a temporada de Fórmula 1 de 1976. Embora a primeira temporada da Brabham-Alfa Romeo tenha sido relativamente modesta, durante os Campeonatos Mundiais de 1977 e 1978 seus carros conquistaram 14 pódios, incluindo duas vitórias em corridas para Niki Lauda.
O departamento esportivo da empresa, Autodelta, regressou como equipe de fábrica em 1979, com a equipe passando a competir sob o nome "Alfa Romeo" a partir da temporada de 1980. Este segundo período como construtor foi menos bem sucedido que o primeiro. Entre o regresso da empresa e a sua retirada como construtor no final de 1985, os pilotos da Alfa Romeo não venceram nenhuma corrida e a equipe nunca terminou acima do sexto lugar no Campeonato Mundial de Construtores. Os motores da equipe também foram fornecidos para Osella de 1983 a 1987, mas marcaram apenas dois pontos no Campeonato Mundial nesse período.
O logotipo da Alfa Romeo regressou à Fórmula 1 em 2015, aparecendo nos carros da Scuderia Ferrari. No final de 2017, a Alfa Romeo anunciou que se tornaria patrocinadora principal da Sauber a partir de 2018[4] e firmou uma parceria técnica e comercial com a equipe. A Alfa Romeo voltou ao esporte quando a Sauber mudou seu nome de construtor para "Alfa Romeo Racing", porém, a propriedade e a administração da equipe permaneceram inalteradas e independentes.[5][6] A parceria da Alfa Romeo com a equipe suíça foi encerrada após o fim da temporada de 2023.[7]
Em 1961 forneceu motores para a equipe De Tomaso, porém não obteve sucesso e a equipe não marcou um ponto sequer. Entre 1962 e 1972, foi fornecedora de motores para equipes: Cooper, LDS, McLaren e March. Durante esses anos o motor Alfa Romeo não se mostrava competitivo, e só voltou a fornecer motores em 1976, desta vez para a equipe Brabham.
Em 1978, na Brabham conseguiu desenvolver um bom motor, o que levou a equipe para um belo 3.º lugar no campeonato de construtores e o 4.º no de pilotos com Niki Lauda (as melhores colocações como fornecedora). Em 1979 resolve voltar à Fórmula 1 como equipe, mas fornece apenas para a Brabham, encerrando esse ciclo. Voltou a fornecer de 1983 a 1987 e a escolhida é a pequena equipe Osella. No GP de Dallas de 1984, Piercarlo Ghinzani termina em 5.º lugar marcando 2 pontos e no GP da Itália, em Monza, marcaria novamente 2 pontos se o austríaco Jo Gartner estivesse elegível para a temporada na Osella.[8] Na temporada de 1988, os motores Alfa Romeo foram rebatizados com o nome da própria Osella, que os desenvolve sozinha. Apenas três provas terminadas, sete abandonos, quatro não qualificações para o grid de largada e também nenhum ponto marcado como nas temporadas anteriores: 1985, 1986 e 1987. Um grande fracasso nessa tentativa de desenvolvimento da própria Osella, que fez a Alfa Romeo deixar a categoria máxima da velocidade.[9]
1979–1985: retorno como equipe
A temporada de 1979 marca o retorno da Alfa Romeo como equipe, mas não consegue pontuar. Passou mais seis temporadas não conseguindo repetir o sucesso do início da década de 1950, quando conseguiu dois títulos mundiais. O melhor resultado em sua volta, foi um sexto lugar na temporada de 1983 com dezoito pontos e dois pódios: segundo lugar nos GPs: Alemanha e África do Sul conseguidos por Andrea de Cesaris. Em 1984 obteve o único (último) pódio com o terceiro lugar no GP da Itália, Monza, conduzido por Riccardo Patrese. Essa temporada, assim como a de 1985, ela teve o patrocínio da marca Benetton, que viria a ser uma equipe em 1986.
A temporada de 1985 foi um desastre, porque com o chassi 185T, os carros não terminaram as quatro provas inicias no campeonato. No meio da temporada, "desenterraram" o modelo 184T modificando para 184TB, mas os resultados foram péssimos: não pontuaram e raramente acabavam corridas, devido à pobre fiabilidade do motor e as restrições de gasolina ao qual os motores Turbo estavam sujeitos. No final da época, dadas as dificuldades que a marca passava, a retirada da Formula 1 foi inevitável. Em uma entrevista que deu em 2000, Riccardo Patrese descreveu o 185T como "o pior carro que já dirigi".
A Alfa Romeo saiu da Fórmula 1 como construtora após a corrida final da temporada de 1985 na Austrália.[10]
2018: Parceria com a Sauber
Para a temporada de 2018, a Alfa Romeo firmou uma parceria técnica e comercial com a equipe Sauber, que utiliza motores Ferrari, e em 29 de novembro de 2017, foi anunciado que a Alfa Romeo seria o patrocinador título da equipe a partir da temporada de 2018, em um "contrato de parceria técnica e comercial de vários anos",[4] com a equipe suíça passando a se denominar Alfa Romeo Sauber F1 Team.[11] No dia 2 de dezembro de 2017, uma conferência de imprensa foi realizada no Museu Alfa Romeo em Arese (Milão), ilustrando os termos do acordo entre o Grupo FCA e a equipe Sauber, seguida de uma cerimônia de apresentação da pintura e da dupla de pilotos composta por Charles Leclerc e Marcus Ericsson.[12]
No dia 11 de setembro de 2018, foi anunciada a contratação de Kimi Räikkönen pela equipe, em troca com Charles Leclerc, que foi para a Ferrari.
2019–2023: Novo retorno da Alfa Romeo como equipe
Para a temporada de 2019, a Alfa Romeo volta como equipe após a Sauber ser rebatizada para "Alfa Romeo Racing". Mas, diferentemente da BMW Sauber, dessa vez foi alterado apenas o nome de construtor da equipe suíça, com a estrutura de propriedade e gestão permanecendo inalteradas. Esta foi a primeira vez desde 1985 que uma equipe competiu sob o nome Alfa Romeo na Fórmula 1.[5][6]
No início de 2020, a equipe anunciou que havia assinado um contrato de múltiplos anos com a empresa petrolífera polonesa Orlen como seu patrocinador título, com isso a Alfa Romeo alterou seu nome de equipe para "Alfa Romeo Racing Orlen".[13] A equipe permaneceu competindo sob esta designação até o final de 2021, quando a equipe removeu o nome "Racing" da nomenclatura de seu chassi e passou a competir a partir da temporada de 2022 sob o nome "Alfa Romeo F1 Team Orlen".[14]
O acordo entre Sauber e Alfa Romeo era inicialmente válido por dois anos,[15] porém, em 29 de outubro de 2020, as partes anunciaram que o acordo havia sido estendido para até o final de 2021.[16] Em 14 de julho de 2021, a montadora italiana anunciou a renovação da parceria com a Sauber em um acordo de múltiplos anos,[17] mas com essa parceria de longo prazo com a Sauber sendo revisada de forma anual.[18] Em 30 de julho de 2022, a Alfa Romeo confirmou que o acordo com a equipe suíça havia sido renovado por mais um ano, até o fim da temporada de 2023.[19] Porém, em meio a rumores de uma possível compra da Sauber pela Audi, alguns dias depois a Alfa Romeo anunciou o fim da parceria com a equipe suíça após o fim de 2023.[7]
Em janeiro de 2023, a Alfa Romeo anunciou um acordo de patrocínio plurianual com o cassino online Stake, renomeando a equipe para "Alfa Romeo F1 Team Stake" e tendo seu logotipo exibido com destaque no C43.[20] A equipe também assinou um acordo de parceria com a plataforma de transmissão ao vivo Kick, que recebe investimentos do cofundador e proprietário da Stake, Eddie Craven. O nome e o logotipo da Kick substituíram os da Stake em países onde anúncios de jogos de azar e apostas esportivas não são permitidos, assim a equipe competiu sob a denominação "Alfa Romeo F1 Team Kick".[21] A Alfa Romeo correu com uma pintura revisada da Kick no Grande Prêmio da Bélgica de 2023.[22]
Embora as corridas dos campeonatos mundiais de 1952 e 1953 serem no regulamento da Fórmula 2, construtores que também participaram durante esse período são incluídos na lista de construtores. Construtores que participavam apenas das 500 Milhas de Indianápolis entre os mundiais de 1950 e 1960 não são listados.