Argentina 0–1 Camarões (Copa do Mundo de 1990)
Argentina 0-1 Camarões foi o placar do primeiro jogo da primeira fase da Copa do Mundo de 1990 do Grupo B, disputado em 8 de junho de 1990, no estádio Estádio Giuseppe Meazza, Milão, na Itália. A Seleção Camaronesa surpreende a Argentina e repete o feito dos Argelinos, que venceram os Alemães também na abertura da Copa do Mundo de 1982.[1] A PartidaAs 73.780 pessoas que compareceram ao estádio Giuseppe Meazza, e a multidão que acompanhou a partida inaugural do "Mondiale" pela TV, nunca vão esquecer o dia em que as cores unidas da África pop, com sua ingenuidade, imaginação e rapidez, bateram os campeões do mundo, a seleção de Diego Maradona, por 1 a 0. Não foi uma vitória cinzenta, enxadrística, dessas que, mesmo apreciáveis, se desenham cerebralmente. Camarões venceram com o corpo e a "ânima". Mas não só com isso: mostraram em campo um futebol de uma velocidade tribal, capaz de se infiltrar como lança e flecha nos espaçoes graciosamente abertos pela Argentna de Carlos Bilardo. E o resultado acabou sendo justo. O time de Camarões chutou 15 bolas a gol contra 6 da Argentina. Os campeões do mundo de 1986 tiveram suas chances de sair na frente. Nos 5 minutos iniciais, Balbo e Basualdo estiveram por marcar. Mas a seleção de Camarões soube travar Don Diego e armar contra-ataques sempre perigosos. Por obra do técnico soviético Valeri Nepommiacij, os "african kids" passaram a forçar pelo lado esquerdo da Argentina. Em poucos miutos, ninguém mais duvidava de que o osso seria duro para os dentes de Maradona. No segundo tempo, com Caniggia no lugar de Ruggeri - por problemas físicos -, o time de Bilardo ameaçou melhorar. Mas neca: aos 6 e aos 11 minutos, Camarões por pouco não batem Pumpido. Aos 15, sua senhoria francesa, o juiz Michel Vautrot, numa recaída colonianista, decidiu expulsar Kana Biyik, depois de uma falta em Caniggia. Mas quem deitou - e rolou - na grama de San Siro foram os "africam kids" de Nepommiacij. Aos 22 minutos, Pumpido, em mais uma contribuição milionária de todos os erros, deixou entrar, com a ajuda de seu joelho, uma cabeçada do impossível Omam Biyik, que escorou uma bola mal rebatida por Lorenzo. Aos 43 minutos, o juiz, dessa vez com razão, excluiu Massing, que quase triturou Caniggia. Batida e humilhada, a Argentina deixou San Siro com o travo da derrota na garganta. Os deuses do futebol estavam em transe.[2] Detalhes
Referências
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