A cidade, com suas colinas íngremes que caem até o mar, é popular entre os sul-americanos. A principal via beira-mar é a Avenida Atlântica. Tem um teleférico que liga a praia central da cidade à praia de Laranjeiras.
Em uma reportagem publicada pela revista Forbes, em fevereiro de 2012, sobre a ascensão da música eletrônica no Brasil, Balneário Camboriú foi classificada como "a capital da música eletrônica" no país.[8] A cidade também é conhecida pelo apelido de "Dubai Brasileira", devido ao alto número de arranha-céus e turistas.[9] A cidade é servida pelo Aeroporto Internacional Ministro Victor Konder, localizado no município adjacente de Navegantes.
A Ilha das Cabras é um importante ponto turístico e as travessias para a praia próxima de Laranjeiras ocorrem a bordo de navios semelhantes às embarcações piratas do século XVII, que dão uma volta à ilha antes de retornar novamente a Balneário Camboriú.[10] A cidade também tem uma estátua semelhante ao Cristo Redentor no Rio de Janeiro, chamado "Cristo Luz", mas com algumas diferenças: é um pouco menor que o Redentor e retrata Jesus com um círculo no ombro esquerdo, simbolizando o Sol, que abriga um holofote que brilha para toda a cidade.[11]
Balneário Camboriú é o segundo menor município de Santa Catarina em área,[12] perdendo apenas para Bombinhas.
Há duas versões quanto à origem do topônimo Camboriú. Uma de origem popular, devido a uma acentuada curva do rio perto da foz, diz que, quando indagados por alguém à procura de uma pessoa, os moradores dali diziam: "camba o rio", vocábulo muito usado pelos pescadores da região. A segunda versão (e mais aceitável) é a do padreRaulino Reitz: mapas bem antigos assinalam o nome rio Camboriú antes da haver povoamento de origem europeia na área; o topônimo Camboriú viria, então, do tupi, formado pela aglutinação das palavras kamuri, ou kamburi (robalo) e 'y (rio). Segundo essa versão, portanto, "Camboriú" significaria "rio dos robalos".[13]
Do latim balneariu, o topônimo Balneário é um adjetivo relativo a banho. Conforme o Dicionário Michaelis,[14] a palavra refere-se a locais de banho ou estâncias de água onde se empregam banhos medicinais. Já em Portugal, "balneário"[15] pode significar um local devidamente equipado onde se pode tomar banho, trocar de roupa, entre outros.
História
Primeiros povos
Os primeiros habitantes da região foram povos coletores, os quais foram derrotados, por volta do ano 1 000, pelos índioscarijós. Estes, por sua vez, foram escravizados a partir do século XVI pelos colonos vindos de São Vicente.[16] A ocupação definitiva da região começou com a chegada do açoriano Baltasar Pinto Corrêa e o povoamento de origem europeia da região teve início em 1758, quando luso-açorianos e algumas famílias procedentes de Porto Belo se estabeleceram no local denominado Nossa Senhora do Bonsucesso, mais tarde chamado de Barra.[carece de fontes?]
Consolidação
Em 1836, chegou ao local Thomaz Francisco Garcia, com sua família e alguns escravos. Vem daí a antiga denominação de Garcia, pela qual o lugarejo ficou conhecido. Em 1848 passou a ser distrito da cidade de Itajaí, chamado de Bairro da Barra, com a construção da Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso. Em 1884 foi desmembrado de Itajaí, originando a cidade de Camboriú. Atraídas pela fertilidade do solo e pelo clima, vieram famílias de origem alemã, procedentes do vale do Itajaí.[carece de fontes?]
Em 1930, pela situação geográfica privilegiada, iniciou-se a fase de ocupação da área preferida pelos banhistas e, dois anos depois, foi construído o primeiro hotel, na confluência das atuais avenidas Central e Atlântica.[carece de fontes?]
Formação administrativa
O distrito criado com a denominação de Praia de Camboriú foi criado pela lei municipal número dezoito, de 20 de outubro de 1954, subordinado ao município de Camboriú. No quadro fixado para vigorar no período de 1954 a 1958, o distrito de Praia de Camboriú figura no município de Camboriú.[carece de fontes?]
Elevado à categoria de município com a denominação de Balneário de Camboriú, pela lei estadual 960, de 8 de abril de 1964, desmembrado de Camboriú. Sede no antigo distrito de Praia do Camboriú. Constituído do distrito-sede. Instalado em 20 de julho de 1964. Pela lei estadual 5.630, de 20 de novembro de 1979, o município de Balneário de Camboriú passou a denominar-se Balneário Camboriú.[17]
De acordo com o professor da Universidade do Vale do Itajaí, Marcus Polette, um momento importante para o crescimento ocorreu na década de 1960, com a implantação da rodovia BR-101.[17]
O clima é considerado ameno e, na classificação de Köppen, é do Tipo Cfa (mesotérmico úmido com verões quentes). No verão, embora quente, com uma sensação térmica podendo chegar até quarenta graus Celsius, sua temperatura dificilmente ultrapassa os 33 °C, sendo que a média da temperatura no verão na cidade é de 24 °C. Já no inverno, o clima muda completamente, grandes massas de ar polar chegam à cidade, deixando o clima nublado na maioria dos dias e a temperatura média não ultrapassando os 14 °C nas madrugadas mais frias, podendo ser observadas temperaturas entre 0 °C e 4 °C.[carece de fontes?]
A média de chuva na cidade é de 1 570 mm, não havendo uma estação seca. Porém, há anos com maiores índices de chuva do que outros, por causa do fenômeno El Niño. Os anos que têm a presença desse fenômeno têm índices pluviométricos muito superiores à média. Já os anos que têm o fenômeno La Niña têm índices pluviométricos mais reduzidos e invernos muito mais rigorosos, podendo ocorrer indícios de geada nas áreas afastadas do centro e nas partes mais elevadas dos morros.[carece de fontes?]
A temperatura da água do mar na região de Balneário Camboriú varia, em média, de 16 °C (no inverno) a 24 °C (no verão), sendo que no outono e na primavera fica em torno dos 21 °C.[carece de fontes?]
Destaca-se como o município com maior densidade demográfica de Santa Catarina, com mais de 2 350 habitantes por quilômetro quadrado. Balneário Camboriú possui uma das maiores densidades de prédios do Brasil. Apesar de possuir pouco mais de 120 000 habitantes, sua estrutura de casas, edifícios e hotéis comporta aproximadamente 500 000 pessoas, marca ultrapassada nas noites de réveillon. Balneário Camboriú é um dos municípios em melhor posição em termos de qualidade de vida de Santa Catarina e no Brasil.[17]
Balneário Camboriú possui um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) classificado entre os mais altos do país. O índice avalia critérios como educação, demografia, saúde, renda, trabalho, habitação e vulnerabilidade social. A expectativa de vida média no município passou de 70,1 em 1991 para 78,6 anos em 2010. De acordo com uma pesquisa de 2013 feita pela empresa Urban Systems e que avaliou a qualidade de vida das cidades brasileiras, o município ficou com a quinta colocação entre cidades com mais de 100 mil habitantes e a 16ª posição com relação a todos os municípios.[17]
Cerca de 20% da população do município é composta por idosos. A secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social em parceria com a Secretaria de Saúde e com a Fundação Municipal de Esportes oferece atividade física na orla da Praia Central com acompanhamento e monitoramento, enquanto que o Núcleo de Atenção ao idoso (NAI) realiza atendimento de saúde especial para a terceira idade.[17] A população atual é uma mistura de descendentes de alemães, poloneses, portugueses e italianos.[carece de fontes?]
Panorama de Balneário Camboriú, cidade turística do estado
As principais atividades econômicas do município são a construção civil e o turismo. A atividade da construção civil é supervalorizada. A ocupação se dá por edificações comerciais e residenciais, contando com cerca de 1.035 edifícios de classes média e alta.[carece de fontes?]
Turismo
O turismo é a principal fonte de renda da cidade. O município conta com uma população fixa de 128 mil habitantes, mas na alta temporada cerca de 4 milhões de turistas se revezam entre os meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Segundo a Secretaria Municipal de Turismo, Balneário Camboriú é considerada um dos principais polos turísticos do Sul do Brasil e recebe turistas de todas as regiões do país e do exterior. São 18 mil leitos divididos entre hotéis, pousadas e casas de veraneio. A cidade também é reconhecida pela sua vida noturna agitada.[17] O setor representa cerca de 13% do PIB da cidade.[29]
Entre os equipamentos turísticos, temos na Barra Sul do município, um teleférico que agrega o Complexo Turístico UNIPRAIAS e que liga a Praia Central à Praia das Laranjeiras e às demais praias da região sul de Balneário Camboriú: Taquaras, Taquarinhas, Pinho, Estaleiro e Estaleirinho. Pinho é a primeira praia de nudismo oficial do Brasil. Essas praias são interligadas por uma estrada denominada Linha de Acesso às Praias (LAP), mais conhecida como Interpraias, que se estende até os limites do município de Itapema.[17]
Arranha-céus da orla de Balneário Camboriú vistos do molhe da Barra Sul
Infraestrutura
Transportes
Possui sistema não integrado de transporte municipal (sem terminais), operado pela Empresa de Transporte[30] – PGTUR. O Terminal Rodoviário de Balneário Camboriú, TRBC, funciona desde dia 20 de julho de 1988, na Avenida Avenida Santa Catarina, 347. Fica a cerca de 3 km do centro da cidade e possui, em sua totalidade, 15 plataformas de embarque e desembarque. Em uma área de aproximadamente 5 mil m², a rodoviária dispõe de lanchonetes, bilheterias, Polícia Militar e Federal, Juizado de Menores, praça de alimentação, centro de informações, banco 24h, imobiliárias, sanitários, uma sala de espera com mais de 100 assentos e uma academia.[carece de fontes?]
O teleférico inicia o percurso na Estação Barra Sul, na divisa entre as avenidas Normando Tedesco e Atlântica, e a segunda estação é localizada no Parque Unipraias, e por fim, termina na Estação Laranjeiras, em frente a Praia de Laranjeiras, na Avenida Rodesindo Pavan.[carece de fontes?]
Terminal Rodoviário de Balneário Camboriú.
Ciclofaixa na Avenida Atlântica, à beira mar.
Canteiros no cruzamento das avenidas Brasil e Alvin Bauer.
Bondinho utilizado sobretudo para o deslocamento de turistas.
Cultura
Balneário Camboriú tem sua origem cultural na base luso-açoriana. Entre as manifestações locais, estavam: Folguedo do Boi-de-Mamão, Cantorias de Terno-de-Reis, tecelagem em tear de pente-liço, cerâmica artesanal ou louçaria de barro, fabricação de farinha de mandioca em engenho, pesca artesanal de tainha, brincadeira do boi. Na gastronomia, estavam as derivações de pratos a base de frutos do mar e farinha de mandioca, como a sopa de siri, pirão com peixe, tainha escalada (tainha cortada pelo dorso, salgada e seca ao sol, assada na grelha), sopa e bolinho de peixe, sardinha frita, em conserva ou a jato. Essas manifestações ainda são percebidas no Bairro da Barra e nas praias do sul.[carece de fontes?]
Devido à migração de pessoas motivadas pela vida no litoral, a partir da década de 1960, houve um significativo aumento demográfico, agregando outras apropriações culturais às manifestações locais, contribuindo para a formação da diversidade cultural da cidade, principalmente na região central.[carece de fontes?]
Hoje, é comum a prática de bocha e do dominó na praia entre as pessoas mais maduras, e atividades aeróbicas, como caminhada, corrida, passeios de bicicleta, skate, roller, para os moradores da região central. Durante o verão, o município é tomado por turistas de várias partes do Brasil, bem como de outros países, especialmente do Uruguai, Paraguai, Chile e Argentina, que, no alto verão, são em maior número que os próprios moradores. Além da praia, a vida noturna é bastante importante. A parte sul da cidade, bem como seus arredores, é muito conhecida pelas casas sertanejas e baladas mundialmente conhecidas.[carece de fontes?]
Capela de Santo Amaro
A Capela de Santo Amaro, antiga Igreja Matriz do Bom Sucesso, ajuda a contar história da região. É uma edificação singela, quase desprovida de ostentação, seguindo em linhas gerais o "modelo original" da Igreja Jesuíta de Nossa Senhora das Graças de Olinda (Pernambuco), que serviu de base para a arquitetura luso-brasileira até o limiar do século XX. Tombada como Patrimônio Histórico pelo Estado de Santa Catarina através do Decreto 2 992, de 25 de junho de 1998, e pelo município de Balneário Camboriú pelo Decreto 3 007, de 10 de setembro de 1998, a Capela passou por intervenção de restauro no ano de 2008, com recursos estaduais e municipais. Sua construção foi autorizada no início do século XIX, mas especula-se que somente no ano de 1849 a obra foi iniciada, no antigo "arraial do Bom Sucesso". A assimetria nas paredes laterais, as vigas de arranque na parte posterior da edificação, a diferença de materiais e a incomum mudança de "matriz" para "capela" são indícios de que o projeto original foi descartado e a obra continuada de forma mais simplificada. Segundo a história oral resgatada na comunidade, isso se deve ao fato da comunidade ter encontrado recursos naturais potencialmente mais rentáveis rio acima, mudando a sede para onde hoje é o município de Camboriú, do qual Balneário Camboriú se emancipou em 1964. A capela situa-se no Bairro da Barra, em frente à Praça dos Pescadores e da Escola de Arte e Artesanato sediada na Casa Linhares.[carece de fontes?]
Casa Linhares
A Casa Linhares, remanescente dos anos 1950, é uma edificação em alvenaria, de dois pavimentos, com telhado de quatro-águas, sustentado por vigas de madeira maciça falquejada, que no linguajar local significa "cortada à facão". A história que envolve a casa reforça a riqueza do local. Construída para moradia do casal Ademar Linhares e Néia Bastos, com recursos de uma boa negociação do café da região, teve suas telhas especialmente encomendadas com a primeira forma da Cerâmica Bastos (Camboriú). Ademar Linhares, montou a primeira mercearia do local, que abastecia todas as famílias que moravam nas praias agrestes. Posteriormente, a casa abrigou a primeira farmácia da Barra, e uma barbearia e hoje abriga a sede da Escola de Arte e Artesanato "Cantando, Dançando e Tecendo nossa História", devido as suas características estéticas, históricas e por sua localização, em frente à Capela de Santo Amaro e da Praça dos Pescadores.[carece de fontes?]
↑Câmara Municipal (21 de janeiro de 2000). «Lei 1935/00 - Lei nº 1935 de 21 de janeiro de 2000». JusBrasil. Consultado em 24 de março de 2016. Cópia arquivada em 1 de janeiro de 2019. INSTITUCIONALIZA O ADJETIVO PÁTRIO DO MUNICÍPIO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ. O Prefeito Municipal de Balneário Camboriú, Estado de Santa Catarina. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei. Art. 1º Fica institucionalizado como adjetivo pátrio para as pessoas nascidas no Município de Balneário Camboriú, a denominação "balneocamboriuense". Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário. Balneário Camboriú, 21 de Janeiro de 2000. Leonel Arcângelo Pavan Prefeito Municipal