Bulletin board system![]() O Bulletin Board System (abreviado BBS) é um sistema informático, um software, que permite a ligação (conexão) via telefone de seu computador pessoal à um sistema online, que permite interação entre eles, semelhante a internet. Uma vez autenticado (logado), o usuário pode executar funções como: upload e download de dados; ler notícias/boletins; trocar mensagens com outros usuários por meio de fóruns públicos em modo-texto; bate-papo direto;[1] alguns ofereciam até jogos online. A InfoWorld estimou que havia 60 mil BBSes atendendo 17 milhões de usuários somente nos Estados Unidos em 1994.[carece de fontes] Na década de 1980 e 1990 era a forma mais popular do uso da internet. Entretanto, no final da década de 90, a introdução de um serviço barato de Internet discada e do navegador Mosaic ofereceu facilidade de uso e acesso global que o BBS e os sistemas on-line não forneciam, e levou a uma rápida quebra no mercado. Com a maioria dos BBSes fechando e suas funcionalidades sendo substituídos pela World Wide Web.[2] Hoje, o BBS sobrevive em grande parte como um hobby nostálgico de antigos usuários e aficionados pela computação. No Brasil, em especial na cidade de Recife -PE, no nordeste brasileiro, há um Sysop "systems operator", -que é o responsável por uma BBS- que deu início em meados de 1986 com apenas 7 anos de idade, onde programou seu servidor com a linguagem em Fortran. O Sysop supracitado é Gustavo Henrique Freire Chaves, em conjunto com o seu pai, Manoel Henrique Leal Chaves, criaram juntos uma BBS local denominada de "BBS PINA" em alusão ao bairro do Pina, em Recife-PE. O seu pai, que trabalhou na IBM, o ajudou a criar a BBS local com equipamentos até então difíceis de serem achados na cidade. Os equipamentos vieram de São Paulo-SP e eram compostos de um Pc Commodore C64/128, um modem VicModem 1600 e sua linha telefônica discada, da até então extinta estatal Telpe.O sistema ficou ativo até o ano de 1997 e tinha como meta, a divulgação cultural da cidade e dos bairros. História![]() A primeira BBS foi criada por Efrem Lipkin, Mark Szpakowski e Lee Felsenstein em Berkeley e São Francisco em 1972 com o nome de Community Memory.[3] A "Community Memory" era um tipo de boletim eletrônico, voltado para a comunidade, onde as pessoas podiam postar textos e procurar por noticias que lhes interessavam. O servidor da primeira versão era um XDS-940 da Xerox, disponibilizado para o grupo pela empresa Resource One, uma organização sem fins lucrativos, voltada para o uso da tecnologia de informação, para fins comunitários e educacionais, localizado em São Francisco. O primeiro terminal foi um teletipo ASR-33 localizado no topo da escada da Leopold’s, uma famosa loja de venda de discos em Berkeley. Uma pessoa podia deixar mensagens e anexar palavras-chave a ela. Outras pessoas podiam então achar mensagens através das palavras-chave. A linha de comunicação de São Francisco para Berkeley, era de 110 bits/s. O teletipo era barulhento, para minimizar o barulho, ele foi colocado numa caixa de papelão com um plástico transparente no topo de modo a se poder ver o que estava sendo impresso e buracos para as mão de modo a se poder digitar.[4] Outra BBS daquela época, apareceu em 16 de Fevereiro de 1978, em Chicago, nos Estados Unidos, e chamou-se CBBS. Durante os seus anos áureos (entre os fins da década de 1970 e os meados da década de 1990), muitos BBSs existiam como um mero passatempo do sysop, enquanto outros BBSs cobravam dinheiro aos seus utilizadores pelo acesso. no Brasil o mais popular das BBS era a chamada Mandic BBS, ela tinha um número muito grande de usuários e e colaboradores.[5] A popularidade dos BBSs decresceu muito com a massificação da internet, sobretudo da World Wide Web, devido aos seguintes motivos, entre outros:
UsoO que fazer eu uma BBS?[8][9] além de proporcionar a distribuição de softwares, aplicativos, informações e lazer, como jogos on-line, os BBSs eram usados por empresas que precisavam integrar seus funcionários externos.[10] Com um computador, às vezes um laptop, e um telefone ele conseguia enviar seus pedidos de vendas, relatórios e interagir com os dados da empresa com custos relativamente baixos. Hoje em dia isso é simples com a Internet e o hipertexto nos documentos. ![]() Um utilizador que se liga a um BBS pode fazer as seguintes ações, dependendo do que cada BBS oferece:
O download de software, como atualização de antivírus, e trocas de mensagens eram as principais atividades. BBS e mensagens eletrónicasOs BBS trocavam entre si mensagens através de redes de correio (echomail),[11] entre as quais as mais conhecidas em Portugal eram a Fidonet, Magicnet e Cybernet. No Brasil, a RBT chegou a ter 130 BBS filiadas. Desta forma, qualquer utilizador de um BBS pode enviar uma mensagem pública para um fórum e ela é distribuída por todos os BBSs que fazem parte da rede de correio. A troca de mensagens entre as BBS é feita geralmente através de dial-up (ligação telefônica discada), numa ligação entre as BBS, organizadas de forma hierárquica. Essa ligação é feita geralmente à noite para diminuir custos de comunicação (chamava-se isto de evento). Estas redes de correio serviram de base para a criação dos newsgroups da Internet. Os BBS permitem também o envio de mensagens privadas entre utilizadores via rede Fidonet, chamadas de netmail. O netmail é similar ao email utilizado na Internet, com a diferença de que o envio não é instantâneo pois depende da hora a que os BBS comunicam entre si (da responsabilidade de cada sysop). Ver tambémReferências
Ligações externas
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