Castelo Novo Nota: Para o castelo com o mesmo nome, veja Castelo de Alcoutim.
Castelo Novo é uma povoação portuguesa sede da Freguesia de Castelo Novo do Município do Fundão, freguesia com 40,51 km² de área[1] e 353 habitantes (censo de 2021)[2], tendo, por isso, uma densidade populacional de 8,7 hab./km². DemografiaA população registada nos censos foi:[2]
HistóriaOs vestígios arqueológicos conhecidos sugerem uma ocupação humana do território provavelmente desde o calcolítico, projectando-se num crescimento de testemunhos que se referem às idades do Bronze e do Ferro e se consolidam na colonização romana.[5] A existência da povoação aparece comprovada documentalmente desde os primeiros tempos da Nacionalidade. Porém, a questão dos forais não parece assente entre os historiadores: vários autores defendem que o foral tenha sido passado em 1202 à então designada Alpreada por D. Pedro Guterres e D. Ausenda, alegadamente seu donatário e primeiro alcaide do castelo (e, provavelmente, o seu construtor), e mais tarde herdada por testamento pelos Cavaleiros Templários. Porém, outras referências[1] contrapõem com o facto de Castelo Novo pertencer à Coroa inicialmente, tendo o primeiro foral sido dado aos Templários,[5] sendo D. Pedro e D. Ausenda os primeiros povoadores. O topónimo Castelo Novo, em substituição do anterior, é citado pela primeira vez em 1208, no testamento de Guterres, pelo qual ele doa a "terra a que chamam Castelo Novo" aos Templários. Para a terra se passar a chamar dessa forma é porque, crê-se, terá havido um Castelo Velho (ali ou no sítio do mesmo nome, no topo culminante da serra da Gardunha), e entre 1205 e 1208 se terá edificado um novo. A ser assim caem por terra todas as afirmações que atribuem a D. Dinis a construção do castelo. O que não parece improvável é que este monarca tenha ali mandado fazer qualquer intervenção. Porém, o segundo foral foi-lhe por ele concedido. No reinado de D. Manuel I, o castelo já não estaria propriamente novo, o que o levou a assumir a sua recuperação, encarregando do assunto um escudeiro da Casa Real, que se fez acompanhar de um pedreiro mestre de obras natural de Castela. Entre os dois estalou uma acesa polémica. De várias acaloradas discussões sobre os planos de remodelação, os dois partiram para a violência, resultando no refúgio do castelhano igreja de Castelo Novo para que o escudeiro veador das obras não pusesse a ferros. Beneficiando da protecção divina, o castelhano escreveu ao rei e rogou-lhe clemência, que lhe foi concedida, assim como a autorização para conduzir as obras. E a coisa endireitou-se. Foi nessa altura que D. Manuel I, em 1 de Junho de 1510, concedeu a Castelo Novo o seu terceiro foral, assinado em Santarém e que se insere no Livro de Forais Novos da Beira (fls. 29 e col. 1ª), que consta na Torre do Tombo. O concelho de Castelo Novo, para além da própria vila, era constituído pelas freguesias de Lardosa, Louriçal do Campo, Orca, Zebras, Atalaia do Campo, Póvoa de Atalaia, Soalheira e Vale de Prazeres.[6] Tinha, em 1801, 2 994 habitantes. Em 1835, o concelho foi extinto e anexado ao extinto de Alpedrinha, passando com este e seu termo, a fazer parte integrante do concelho (atual município) do Fundão, a partir de 24 de Outubro de 1855.[7] Dos seus tempos de concelho, conserva-se o seu símbolo principal: o pelourinho. Património religioso
Património militar
Património arquitectónicoCivil
Associativismo
Ver também
Referências
↑ NEVES, Vítor, Aldeias Históricas, Lisboa, 1996 Ligações externas |