Pêro Viseu
Pêro Viseu[1]' é uma povoação portuguesa sede da Freguesia de Pêro Viseu do Município do Fundão, freguesia com 19,2 km² de área[2] e 644 habitantes (censo de 2021)[3], tendo, por isso, uma densidade populacional de 33,5 hab./km². Localização e toponímiaSituada a 12 km do Fundão e a 16 km da Covilhã, na estrada que liga Penamacor, a aldeia de Pêro Viseu tem uma origem que remonta há vários séculos. O seu nome é presumivelmente uma referência a Pêro da Covilhã, também conhecido como Pêro de Viseu, que terá aqui vivido algum tempo antes de embarcar na sua viagem épica em busca das terras do lendário Preste João. DemografiaA população registada nos censos foi:[3]
Nota: Nos censos de 1864 a 1900 denominava-se Pêro Viseu e Vales.
HistóriaAcredita-se que a origem de Pêro Viseu remonte à Idade do Bronze Final (1200 a.C. a 800 a.C.) pelos vestígios de povoamento ao redor desta localidade, especialmente o Castro de Vale Feitoso. No entanto, a implantação da povoação é um tema onde a história se confunde com a lenda pois conta-se que o seu primitivo local seria o sítio da Arremacha ou de São Marcos, tendo os habitantes sido daí desalojados pour uma praga de formigas. A povoação terá então sido deslocada para o Cabeço da Malha. Certo é que no sítio indicado como o da origem de Pêro Viseu é frequente encontrarem-se restos de cerâmica de construção. A zona de Pêro Viseu terá sido na época romana parte integrante de uma fronteira entre civitas (capitais de região administrativa), facto que é atestado pela exist|encia de um marco territorial encontrado numa casa desta localidade e actualmente depositado no Museu José Alves Monteiro, no Fundão. Dado curioso, embora a informação constante na inscrição deste "Término Augustal" não seja posta em causa, já a antiguidade do monumento é alvo de controvérsia, havendo quem sugira que se trata de uma cópia da original feita no século XVIII[6] Seja como for, a sua descoberta identifica claramente a fronteira entre o território dos Igaeditani (cuja capital era a Civitas Igaeditanorum, actual Idanha-a-Velha) e dos Lancienses Oppidani (cuja capital uma hipótese mais recente situa em Centum Cellas e com território ocupando os actuais concelhos de Sabugal, Belmonte e Covilhã). À volta desta povoação surgem de forma evidente marcas de civilizações antigas das quais as "tumbas dos Mouros" (sepulturas cavadas na rocha) e as calçadas romanas de S. Marcos e de Vale de Feitoso são testemunhos vivos. Sobre a ribeira da Meimoa, ergue-se a Ponte que tradicionalmente é referida como "ponte romana" que, no entanto, é o resultado de trabalhos efectuados durante o século XVII. É provável que a actual ponte tenha substituindo a primitiva ponte romana que se encontraria no mesmo local ou nas imediações. A obra datará de 1680, tendo os trabalhos sido dirigidos pelo pedreiro Lourenço Fernandes, a quem foi concedido poder para arrecadar o dinheiro para custear a obra.[7][8] Património
Instituições
Associações
Referências
Ligações externas |