Cephalotaxus
Cephalotaxus é um género de coníferas que engloba 11 espécies, incluídas na família Taxaceae (em tempos na família monotípica Cephalotaxaceae).[1][2] O género é endémico do Leste da Ásia, apesar das evidências fósseis mostrarem que no passado possuía uma distribuição mais ampla no hemisfério norte.[1] As espécies são arbustos perenifólios e pequenas árvores com 1 a 10 metros (raramente até 20 metros) de altura. O género integra a subfamília monotípica Cephalotaxoideae. DescriçãoAs folhas estão dispostas em espiral ao longo dos ramos, mas torcidas na base formando duas filas planas (exceto em ramos eretos de crescimento); são lineares, com 4 a 12 cm de comprimento e 3 a 4 mm de largura, com textura lisa e uma ponta romba; esta característica ajuda a distinguir este género de Torreya, um género aparentado, que possui folhas com terminações pontiagudas.[2] As espécies deste género podem ser monóicas ou dióicas; quando monóicas, os cones masculino e feminino encontram-se geralmente em ramos diferentes. Os cones masculinos, com 5 a 8 cm de comprimento, estão agrupados em linhas na face inferior dos caules. Os cones femininos são solitários ou agrupados em grupos de 2 até 15 em caules curtos; inicialmente minúsculos, maturam em cerca de 18 meses formando uma estrutura tipo drupa com uma única grande semente tipo noz com 1,5 a 4 cm de comprimento rodeada por uma cobertura carnuda, de cor verde a púrpura quando totalmente madura. Pensa-se que a dispersão natural seja ajudada por esquilos que enterram as sementes como fonte de alimento para o inverno; quaisquer sementes não consumidas podem então germinar.[2] As espécies de Cephalotaxus produzem cefalotaxina, um alcaloide, tendo-se comprovado que a cefalotaxina é uma feniletilisoquinolina. No entanto, também se descobriu que este género é incapaz de incorporar ácido cinâmico na cefalotaxina, e a incorporação de ácido cinâmico é normalmente um passo na síntese de feniletilisoquinolina, pondo em causa a teoria da feniletilisoquinolina.[3] Taxonomia e filogeniaEstudos moleculares colocam o género Cephalotaxus como o membro mais basal das Taxaceae, tendo uma divergência muito antiga com estas durante o final do Triássico.[4] Historicamente, foi colocado como o único membro da família Cephalotaxaceae, devido a fortes diferenças morfológicas em relação a outros membros de Taxaceae,[5] mas as principais autoridades taxonómicas consideram a família sinónimo de Taxaceae.[6][7] Espécies extantesA taxonomia de Cephalotaxus é difícil, porque as espécies foram definidas usando características que interferem umas com as outras, tais como o comprimento e a forma das agulhas, a casca e a cor da banda estomática. As espécies de Cephalotaxus têm sido frequentemente separadas geograficamente e não morfologicamente.[8]
Referências
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