Chiquititas (álbum de 1997) Nota: Se procura pela trilha sonora da versão de 2013, veja Música de Chiquititas (2013).
Chiquititas é a primeira trilha sonora da telenovela brasileira de mesmo nome, lançado no Brasil pela Sony Music, em 1997. As canções fazem parte da primeira temporada da novela, tratando-se de regravações das músicas da versão argentina. Cada uma das dez faixas ganhou um videoclipe que era exibido no decorrer da trama e com fins promocionais, algumas das canções foram enviadas ás rádios como single e o elenco participou de vários programas da televisão brasileira. Um detalhe que tornou-se notável é o fato das canções não serem cantadas pelo próprio elenco e sim por cantores de estúdio, alguns desconhecidos, o crédito aos mesmos é dado no encarte. Obteve sucesso comercial. Em apenas quatro meses do lançamento vendeu mais de 1 milhão de cópias e totalizou com mais de 2 milhões de cópias vendidas no Brasil, tornando-se um dos álbuns mais vendidos daquele ano e o mais vendido entre os seis lançados como trilha da novela que permaneceu no ar até 2001. AntecedentesChiquititas é a versão brasileira da telenovela argentina de mesmo nome, criada e produzida por Cris Morena.[2] A novela é do gênero drama musical, com cenas de dramaturgia intercaladas por videoclipes e performances de canções.[2] A trama narra a história de um grupo de órfãos que vivem em um orfanato chamado como Raio de Luz, cujas vidas são transformadas pela personagem Carolina, interpretada por Flávia Monteiro.[2] Assim como a versão argentina, a adaptação brasileira apresenta músicas originalmente compostas por Cris Morena e Carlos Zulisber Nilson, com tradução para o português brasileiro realizada por Cayon Gadia.[3] O Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), inspirado pelo sucesso da trilha sonora original argentina—que vendeu 200 mil cópias em sua primeira edição, 330 mil na segunda e 200 mil na terceira em apenas um mês—planejou uma trilha sonora específica para a versão brasileira da novela.[4] Produção e gravaçãoA produção musical ficou sob a responsabilidade de Arnaldo Saccomani.[3] Uma das canções, a intitulada "Berlinda" ("A Berlín"), presente no segundo álbum da versão argentina,[5] foi incluída na trilha sonora no lugar de "Blue Jeans Baby Tatuá," que aparece no álbum Chiquititas 2, de 1998, da versão brasileira.[6] Diferentemente da versão argentina, as canções da adaptação brasileira foram interpretadas por cantores profissionais desconhecidos do grande público, enquanto os atores da novela apenas dublavam as músicas nos videoclipes.[7] A esse respeito, a atriz Fernanda Souza, que interpretava a personagem Mili, comentou: "Era muito difícil achar 20 crianças que cantassem, dançassem e atuassem, então eles escolheram só os dois últimos e a gente dublou mesmo".[7] Um exemplo é a canção "Mentirinhas", gravada pela cantora Lais Yasmin.[8] Em entrevista ao canal Chiquititas Fãs Anos Depois, Yasmin relatou que, durante as gravações de seu primeiro álbum de estúdio pela gravadora Paradoxx Music,[8] o produtor César Augusto foi informado por Saccomani sobre a necessidade de encontrar crianças cantoras para a trilha sonora.[9] Após ouvir uma de suas canções, Yasmin foi selecionada.[9] A cantora Maria Diniz, responsável pela voz de Mili, revelou que, aos 32 anos, já era mãe e tinha uma carreira consolidada gravando jingles e coros para outros artistas.[10] Convidada pelo produtor Arnaldo Saccomani, ela realizou as gravações em um estúdio em São Paulo, sem saber que seriam para uma novela.[10] Diniz também comentou que precisou adaptar sua voz para um timbre mais jovem, adequado à personagem interpretada por Fernanda Souza.[10] Com relação a parte gráfica do projeto, a atriz Renata del Bianco afirmou em seu podcast, Tudo Tudo Pod, sobre o fato de ser a única a não aparecer com uma foto sorrindo (ela aparece dando língua).[11] Segundo a atriz ela tirou várias fotos sorrindo, até que o diretor pediu uma foto fazendo careta, a segunda pose que ela fez é a foto que foi a escolhida para integrar o encarte.[11] Lançamento e promoçãoUm single da música "Tudo Tudo" foi enviado as rádios, com fins promocionais.[1] Além disso, o elenco infantil, junto com a atriz Flávia Monteiro participaram de programas do SBT, tais como o Domingo Legal, do apresentador Gugu Liberato,[12] Jô Soares Onze e Meia e Programa Livre.[13] Nas primeiras apresentações o elenco executava um megamix com as músicas: "Remexe" (tema de abertura), "Mentirinhas", "Até Dez", "Era uma Vez" e "Tudo Tudo". Foi a partir dessas viagens para divulgação que o elenco tomou conhecimento do sucesso da novela no Brasil, pois elas estavam morando na Argentina.[14] Os videoclipes, que eram exibidos exclusivamente na novela, foram fundamentais para que o público conhecessem as faixas do CD, embora algumas delas tenham sido editadas, as exceções são: "Berlinda",[15] "Mentirinhas",[16] "Sinais" (a faixa de menor duração de todos os CDs)[15] e "Até Dez" (que possui uma introdução adicional).[17] Recepção comercialObteve sucesso, superando as expectativas de funcionários da emissora e da gravadora. Em dois meses o álbum vendeu 780 mil cópias.[18] A nível de comparação, enquanto a novela argentina vendeu cerca de 800 mil cópias com os três primeiros CDs juntos,[19] a trilha nacional vendeu mais de 1 milhão de cópias em apenas três meses.[20] Flávia Bravo, gerente de marketing especial da Sony, revelou em entrevista: "Particularmente, sempre esperei que o CD fosse um sucesso, pois o mercado fonográfico tem poucos produtos voltados exclusivamente para as crianças. Só não imaginei que o disco ia estourar tão rápido".[21] Na lista de CDs mais vendidos da semana, do jornal Folha de S.Paulo, auditada pela Nopem, atingiu a primeira posição, na semana de 4 de novembro de 1997.[22] A ABPD o certificou como disco de platina triplo, após audição de mais de 750 mil cópias vendidas no Brasil.[23] Fontes divergem quanto as vendas totais do álbum. De acordo com a revista estadunidense Billboard o álbum vendeu 2 milhões de cópias no Brasil apenas em 1997, tornando-se o segundo álbum mais vendido daquele ano, atrás apenas do álbum homônimo do grupo Só pra Contrariar que atingiu 3 milhões de cópias.[24] Outras fontes falam em 1,2 milhões de cópias.[25][26] Lista de faixas
Tabelas
Certificações e vendas
Notas e referências
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