Coma hiperosmolar hiperglicémico
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Sinónimos
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Estado hiperosmolar hiperglicémico, coma hiperosmolar não cetótico, síndrome hiperosmolar glicémica não cetótico[1]
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Especialidade
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Endocrinologia
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Sintomas
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Sinais de desidratação, estado alterado de consciência[2]
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Complicações
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Coagulação intravascular disseminada, isquemia mesentérica, rabdomiólise[2]
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Início habitual
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Dias a semanas[3]
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Duração
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Alguns dias[3]
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Fatores de risco
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Infeções, AVC, trauma, alguns medicamentos, enfarte do miocárdio[4]
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Método de diagnóstico
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Análises ao sangue[2]
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Condições semelhantes
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Cetoacidose diabética[2]
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Tratamento
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Soro, insulina, heparina de baixo peso molecular, antibióticos[3]
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Prognóstico
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Risco de morte ~15%[4]
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Frequência
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Relativamente comum[2]
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Classificação e recursos externos
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CID-10
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E10–E14
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CID-9
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250.2
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CID-11
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463969617
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DiseasesDB
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29213
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MedlinePlus
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000304
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eMedicine
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emerg/264
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MeSH
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D006944
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Leia o aviso médico
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Coma hiperosmolar hiperglicémico (CHH) é uma complicação da diabetes em que a elevada concentração de glicose no sangue resulta em elevada osmolaridade sem cetoacidose significativa.[4] Os sintomas mais comuns são sinais de desidratação, fraqueza, cãibras nas pernas, problemas na visão e um estado alterado de consciência.[2] A condição desenvolve-se ao longo de dias a semanas.[3] Entre as possíveis complicações estão crises epilépticas, coagulação intravascular disseminada, isquemia mesentérica ou rabdomiólise.[2]
O principal fator de risco são antecedentes de diabetes mellitus tipo 2.[4] Em alguns casos pode ocorrer em pessoas sem antecedentes de diabetes ou em pessoas com diabetes mellitus tipo 1.[3][4] Entre os fatores desencadeantes estão infeções, acidente vascular cerebral, trauma, alguns medicamentos e enfarte do miocárdio.[4] O diagnóstico é feito com análises ao sangue para deteção de valores de glicose superiores a 30 mmol/L (600 mg/dL), osmolaridade superior a 320 mOsm/kg e um pH superior a 7,3.[2][3]
O tratamento inicial geralmente consiste na administração de soro para controlar a desidratação, insulina intravenosa em casos de cetonas elevadas, heparina de baixo peso molecular para diminuir o risco de formação de trombos e antibióticos nos casos em que há risco de infeções.[3] O objetivo do tratamento é diminuir progressivamente os níveis de glicose no sangue.[3] Em muitos casos é necessária a administração de potássio à medida que são corrigidos os problemas metabólicos.[3] Também são importantes medidas para prevenir úlceras do pé diabético.[3] Geralmente são necessários alguns dias de tratamento para que a pessoa regresse aos valores normais.[3]
A condição é bastante comum, embora ainda não se tenha determinado a sua frequência exata.[2][4] A condição é mais comum entre pessoas idosas.[4] Entre as pessoas afetadas, o risco de morte é de cerca de 15%.[4] A condição foi descrita pela primeira vez na década de 1880.[4]
Referências